perda auditiva

Perda auditiva: quais as principais causas e tratamentos possíveis?

Assim como acontece com a visão, os seres humanos também apresentam perdas auditivas com o passar dos anos. A redução da capacidade de ouvir acontece a partir dos 50 anos, mas há casos – normalmente por alterações genéticas – em que as pessoas podem apresentar deficiência na audição a partir dos 20, 30 anos de idade.

Nos casos relacionados ao envelhecimento normalmente há alterações na cóclea, que é o principal órgão relacionado à audição. Entretanto, a exposição intensa a ruídos também pode ocasionar a perda auditiva de forma temporária e até mesmo severa.

A perda auditiva pode acontecer de forma aguda, causada por um trauma acústico. “Normalmente essa situação é registrada quando o paciente é submetido a um som muito alto, como uma explosão de fogos de artifício ou a um show. Se o ruído for muito alto, imediatamente acontece uma perda auditiva nesta pessoa”, explica o médico otorrinolaringologista do COF, Eduardo Stefani.

A exposição frequente a ruídos também pode ocasionar a perda auditiva. Normalmente são casos em que o paciente trabalha em um ambiente com ruídos intensos ou utiliza fones de ouvido com volume muito alto.

 

 

Fones de ouvido podem prejudicar a audição?

Antes de explicar como o fone de ouvido deve ser utilizado de maneira segura para evitar problemas auditivos, é importante entender como o nosso ouvido funciona.

O nosso ouvido tem um mecanismo de ampliação sonora, ou seja, quando o som entra no canal do ouvido ele é amplificado em torno de 20 vezes. “Esse sistema de amplificação garante a qualidade da captação do som”, explica o médico otorrinolaringologista do COF, Juliano Cardoso.

Uma vez que a pessoa gera uma intensidade muito alta de som que vai entrar no ouvido, isso faz com que o corpo acione um mecanismo de proteção sonora. “Isso acontece quando os ruídos são acima dos 60 decibéis. Nesse momento o sistema de defesa do nosso aparelho auditivo entra em ação e bloqueia a amplificação do som”, completa o médico.

Ao utilizar fones de ouvido com som muito alto, a pessoa pode fazer com que o sistema entre em fadiga e, neste momento, o ouvido fica suscetível à lesão.

 

Como usar fones de ouvido de forma segura?

Agora que você entende como funciona o sistema de amplificação sonora, pode colocar em prática uma forma de usar o fone de ouvido sem prejudicar a sua audição. Para isso, a recomendação é colocar o volume do fone mais baixo no início do seu uso e esperar que o sistema de amplificação do ouvido se ajuste, depois é possível ir aumentando aos poucos o som. “Dessa forma o sistema fará a proteção e não vai entrar em fadiga”, explica o médico otorrinolaringologista, Juliano Cardoso.

 

Doenças relacionadas à perda de audição

A perda de audição também pode acontecer por causa de doenças. Entre as mais comuns estão as otites recorrentes; doenças no ouvido interno de origem infecciosa como a meningite; e até casos de labirintite podem levar à perda auditiva.

No caso dos bebês, doenças relacionadas ao período de nascimento (seja por problemas na gestação ou mesmo no nascimento) podem comprometer a audição de forma severa. Por isso, essas doenças devem ser diagnosticadas o mais cedo possível. Nos bebês, o Teste da Orelinha deve ser feito no segundo ou terceiro dia de vida. Se for encontrada alguma alteração, o recém-nascido deve ser encaminhado imediatamente para um acompanhamento especializado.

Durante toda a infância os pais e responsáveis devem acompanhar a criança para perceber se ela tem atrasos na fala, se não ouve bem os comandos ou só assiste televisão com volume mais alto. “Muitas vezes a criança pode ter alguma secreção dentro do ouvido que está atrapalhando a passagem de som. Por isso é importante sempre procurar um médico para uma avaliação assertiva”, destaca o médico otorrinolaringologista, Eduardo Stefani.

 

Procure um otorrinolaringologista e certifique-se da saúde da sua audição

É fundamental que a pessoa realize exames para ter certeza que a sua audição está funcionando. Uma audimetria e a avaliação do otorrinolaringologista podem trazer os diagnósticos para o paciente.

“Muitas vezes a pessoa tem uma deficiência em apenas um ouvido, mas o outro está bom. O problema disso é que o lado que não está ouvindo adequadamente pode anular as frequências que são enviadas para aquela parte do cérebro, que não é mais estimulada e pode até ser perdida”, sinaliza o médico otorrinolaringologista, Juliano Cardoso.

Em sua maioria, os testes de audição são simples, rápidos e indolores e vão dar a percepção se o paciente tem ou não algum problema para ouvir.

 

Tecnologia a favor da reabilitação de perdas auditivas

Quando se fala em perdas auditivas o correto é mencionar a reabilitação em vez de tratamento. Afinal, o objetivo é devolver a função de normalidade auditiva para o paciente.

Hoje, com a ajuda da tecnologia, é possível fazer o resgate auditivo e a correção de muitas sequelas na audição. Os aparelhos auditivos estão muito mais modernos e com recursos que incluem até conectividade com celulares e televisores.

Próteses auditivas implantáveis também estão entre os principais recursos da medicina para devolver o estímulo do som para o cérebro. Essas próteses são implantadas na cabeça e permitem que o paciente possa voltar a ouvir.

Entre elas está o implante coclear, a mais conhecida das próteses, é um eletrodo colocado dentro da cóclea que envia estímulos para devolver a audição para uma pessoa que normalmente não ouvia nada.

 

perda auditiva