Doenças respiratórias agudas

Doenças respiratórias agudas nas vias aéreas superiores: o que são e por que exigem cuidados médicos?

O sistema respiratório é dividido pelas vias aéreas superioes (VAS), formada por nariz, fossas nasais, boca, seios perinasais (seios da face), faringe e laringe; e trato respiratório inferior, constituído por traqueia, pulmões, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares. As doenças respiratórias agudas nas vias aéreas superiores podem ser causadas por diversos fatores, desde um simples resfriado até uma bactéria mais resistente. As mais comuns e recorrentes são:

– Congestão nasal crônica e aguda;

– Sinusite;

– Resfriados;

– Gripes

– Amigdalite;

– Faringite;

– Laringite.

As doenças respiratórias agudas das vias superiores podem se tornar graves quando não tratadas corretamente. As infecções respiratórias agudas (IRA) são a principal causa de mortalidade de crianças brasileiras até cinco anos e responsáveis por cerca de 40% dos atendimentos pediátricos de emergência em todo o mundo, principalmente durante o inverno.

Além das crianças, os idosos também apresentam grande predisposição às IRAs. Por isso, é importante ressaltar que nunca se deve ignorar os sintomas de obstrução nasal, principalmente se apresentarem os seguintes sintomas:

– tosse seca por três dias ou mais;

– secreção nasal espessa esverdeada ou de coloração marrom;

– estado febril;

– Falta de ar (dispineia);

– Dores musculares;

– Dores de cabeça intensas;

– Mal estar.

 

Doenças respiratórias agudas

 

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS AGUDAS: CAUSAS E TRATAMENTOS

 

Sinusite

Causada pela infecção dos seios da face, a sinusite pode ser aguda, subaguda (com duração entre quatro e doze semanas) ou crônica (que dura além de quatro semanas). Os sintomas mais comuns são:

– forte dor de cabeça (que pode ser uni ou bilateral), principalmente atrás dos olhos, podendo irradiar por toda a face, até os dentes;

– secreção espessa (em alguns casos, amarelada ou esverdeada);

– obstrução nasal;

– tosse (com piora do quadro à noite);

– dor de garganta;

– halitose (mau hálito).

O diagnóstico é feito por endoscopia nasal, exames de imagem como tomografoa computadorizada e raio-x, e análise de secreção. O tratamento da sinusite aguda envolve analgésicos, remédios descongestionantes, antibióticos, além de medicações de uso nasal – todos os medicamentos devem ser prescritos por um médico. Para sinusites crônicas, pode haver indicação cirúrgica.

 

Amigdalite

Uma simples dor de garganta pode ser sinal de uma amigdalite – inflamação nas amígdalas causada por vírus ou bactéria. As amigdalites virais normalmente são tratradas com analgésicos e anti-inflamatórios. Já a amidalite bacteriana provoca placas de pus na orofaringe e  febre. Por isso, requer um tratamento mais cuidadoso, com antibiótico específico. Em casos recorrentees da doença, pode ser recomendado o diagnóstico com cultura de bactérias.

A transmissão do agente infeccioso é rápida, por isso a doença é tão comum na infância – espalha-se facilmente entre os alunos da mesma classe, por exemplo.

 

Faringite

Assim como as demais doenças que acometem as vias aéreas superiores, a faringite também pode ser viral ou bacteriana, ser decorrente de um resfriado, gripe ou alergia; da exposição ao clima seco; respiração pela boca; refluxo; à fumaça de cigarro; até mesmo indicar doença mais grave, como gonorreia, tumores ou infecção por HIV.

Seus sintomas mais comuns são: dor de garganta / garganta seca; dificuldade para deglutir; dificuldade para falar; rouquidão; tosse seca. Um otorrinolaringologista deve ser procurado em caso de dores fortes e persistentes na garganta, no ouvido ou na face; febre; ínguas no pescoço; rouquidão por mais de quinze dias.

O diagnóstico clínico e com exames videoendoscópicos, e o tratamento é feito com analgésicos, anti-inflamatórios, sprays nasais e antibióticos.

 

Laringite

A inflamação na laringe tem sintomas muito semelhantes aos da faringite. Laringites agudas podem ser causadas por alergias; sinusite; ingestão excessiva de bebida alcoólica; fumo; doença do refluxo gastroesofágico ou até pelo uso excessivo da voz, acometendo, principalmente, professores, palestrantes e cantores. A laringite crônica (geralmente com duração maior que duas semanas) pode ser causada por lesões na prega vocal, sistos pólipos, nódulos, traumas vocais e até situações de origem congênita.

Sintomas como a dificuldade para respirar e/ou engolir, febre persistente, respiração ruidosa, podem significar quadros mais graves e necessitam de atendimento de urgência.

Para o diagnóstico, além de exames clínicos, o otorrino pode realizar uma videolaringosocopia durante a consuta.

O tratamento pode exigir, além do uso de medicamentos prescritos pelo médico, repouso da voz, melhores hábitos de alimentação (afim de diminuir o refluxo gástrico), maior ingestão de água, abandono do cigarro e de bebidas alcoólicas.

 

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