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Otoplastia: Tudo que você precisa saber sobre cirurgia para corrigir “orelhas de abano”

Talvez você desconheça o termo “otoplastia”, mas certamente já ouviu falar em cirurgia para corrigir “orelhas de abano”. Pois, otoplastia é o termo usado para a cirurgia nas orelhas. Além de indicada para pessoas com orelhas proeminentes (de abano), a otoplastia pode tratar demais problemas, como ausência congênita de orelhas, orelhas constritas, outras malformações ou sequelas de traumas.

INDICAÇÕES DA OTOPLASTIA

A cirurgia de correção de orelha é indicada em casos de assimetria na forma, no tamanho e/ou na angulação; malformações congênitas; ou deformidades pós-traumáticas. O foco é tanto estético quanto funcional, e o cirurgião preza pela a forma das orelhas, pelo volume e pela posição, de modo que harmonize com o rosto do paciente. No caso das orelhas proeminentes, elas são classificadas de acordo com o grau de angulação de alterações anatômicas da orelha, entre leve, moderado e grave, e a cirurgia pode ser realizada em qualquer grau, dependendo do quanto essa condição incomoda o paciente.

Do mesmo modo, o incômodo do paciente com relação às suas orelhas é o que determina a necessidade de otoplastia para corrigir casos de macrotia (orelhas com tamanho acima do normal). Já nas malformações que possam causar prejuízos funcionais às orelhas externas (cujas funções principais são captar e amplificar os sons), a cirurgia passa a ser recomendada, pois há uma necessidade além da questão estética.

A PARTIR DE QUAL IDADE PODE SER FEITA A CIRURGIA DE CORREÇÃO DAS ORELHAS

Orelhas de abano ou com outra malformação pode provocar episódio bullying, prejudicando a autoestima de crianças e adultos. Geralmente, o bullying começa a acontecer ainda na pré-escola e pode atrapalhar até o rendimento escolar da criança. Como na idade pré-escolar o crescimento das orelhas chega a quase 100% do tamanho final, a otoplastia pode ser realizada a partir dos seis anos.

O cirurgião responsável pela cirurgia saberá dizer, depois de examinar as estruturas das orelhas, se a criança pode se submeter ao procedimento ou se precisa esperar mais um pouco para que o crescimento das orelhas e estabilize. Por mais que seja uma cirurgia estética, a otoplastia tem, também, uma função social, pois age no psicológico do paciente, devolvendo-lhe a autoestima e a qualidade de vida.

COMO É FEITA A OTOPLASTIA

Normalmente, a otoplastia é realizada com o paciente sedado e com anestesia local, e tem duração média de uma hora. A cirurgia deve ser realizada em ambiente hospitalar. O procedimento é realizado por uma incisão atrás da orelha, seguindo a dobra natural da pele. Através desse pequeno corte, é feita a retirada do excesso de pele e o ligamento da cartilagem, para que fique mais flexível. Dependendo do caso, pode ser necessária a retirada de parte da cartilagem – para diminuir o tamanho da orelha.

A cirurgia é finalizada com pontos de fixação (geralmente, internos e absorvíveis). Os pontos têm a função de manter a nova anatomia da orelha e de fechar o corte.

CUIDADOS PÓS-CIRÚRGICOS

Internação: Regra geral, o paciente permanece entre oito e doze horas em observação após a cirurgia.

Curativos: Costuma-se cobrir a incisão com curativos feitos com pomadacicatrizante e gaze. O curativo deve ser retirado (no consultório, pelo médico) entre 24 ae48 horas após a cirurgia. Caso seja necessário, o médico pode recomendar ao paciente ou responsável, a manutenção do curativo. Nos casos de correção de orelha de abano, o paciente deverá usar uma faixa de tecido compressiva específica por um mês. A faixa deve ser retirada apenas para o banho.

Dor: As queixas de dor no pós-operatório da otoplastia são raras. Caso ocorra, o médico deve ser avisado. Normalmente, a dor passa com o uso de analgésico prescrito pelo médico.

Retorno às atividades normais e exercícios físicos

Em crianças, é recomendado aguardar uma semana para voltarem à escola. Já os adultos podem voltar às atividades dois dias após a cirurgia, sempre com o cuidado de proteger o local operado. O uso de óculos pode ser feito por cima do curativo, desde que a haste não aperte de mais a região.

Retorno ao consultório médico

O primeiro retorno é em 24 a 48 horas, para remoção do curativo e avaliação médica, e então serão combinados os próximos retornos.

Para que servem e como funcionam os aparelhos auditivos?

Aparelhos auditivos são dispositivos eletrônicos utilizados dentro ou atrás da orelha. Eles têm a função de emitir sons mais altos para que pessoas com perda auditiva possam ouvir, se comunicarem e participarem ativamente de atividades cotidianas. Popularmente chamados de “aparelhos para surdez”, esses dispositivos possuem – atualmente – tecnologia que permite amplificar sons de fala ao mesmo tempo em que filtram ruídos do ambiente, tornando a comunicação mais clara.

PARA QUE SERVEM OS APARELHOS AUDITIVOS?

Os aparelhos auditivos melhoram a qualidade de audição de pacientes com perda auditiva. Consequentemente, trazem mais autonomia, melhoram a saúde, promovem a socialização e dão mais qualidade de vida a pessoas com problemas de audição.

QUEM DEVE USAR APARELHO AUDITIVO?

Os aparelhos auditivos devem ser indicados por um médico otorrinolaringologista para pacientes com perda auditiva, seja ela por desgaste do sistema auditivo ou por alguma doença (congênita ou adquirida) que dificulte a audição. Entre esses problemas, os mais comuns são: sequelas de otite crônica; alterações estruturais causadas por doenças ou traumatismos; danos causados às células dos ouvidos por excesso de ruídos; degeneração celular em função da idade (presbiacusia); tumores.

Qualquer perda auditiva deve ser avaliada pelo otorrinolaringologista. O médico, com auxílio de exames, é capaz de avaliar o tipo de surdez e indicar ou não o uso e aparelho auditivo e qual tipo. Há casos em que é necessário o uso de algum medicamento e, ainda, casos em que seja preciso realizar intervenção cirúrgica. Em caso de surdez severa (neurossensorial ou quando não há melhora com o uso de aparelho auditivo), o otorrino pode recomendar um implante coclear – dispositivo que estimula diretamente o nervo auditivo através de eletrodos que transportam os sinais elétricos até o cérebro.

TIPOS MAIS COMUNS DE APARELHOS AUDITIVOS E SUAS INDICAÇÕES

Há diferentes tipos de aparelho auditivo, e eles evoluem constantemente, acompanhando as transformações tecnológicas. Isso torna esses equipamentos mais eficientes e confortáveis, fazendo com que os deficientes auditivos sintam os sons de forma mais natural e nítidos. Atualmente, há diversos modelos de aparelhos auditivos disponíveis, cada modelo atende a necessidades específicas, que variam de acordo com o grau de perda auditiva e o estilo de vida do paciente.

COMO FUNCIONAM OS APARELHOS AUDITIVOS

Os aparelhos auditivos são compostos, basicamente, por três partes: microfone, amplificador e receptor. O som externo é captado pelo microfone, que transforma esse som em sinais elétricos e os envia ao amplificador. O amplificador tem a função de aumentar a potência dos sinais e enviá-los ao ouvido através do receptor. Os modelos atuais proporcionam audição mais nítida e clara, captam a direção do som; diferenciam os sons da fala e dos ruídos; distinguem um ruído contínuo de repentinos; focam o som automaticamente; reduzem sons que possam causar desconforto.

Emissão otoacústica: Como e quando realizar o “teste da orelhinha”?

Quando um bebê nasce, há uma série de exames e procedimentos que devem ser feitos nas primeiras horas (ou dias) de vida. Muitos desses testes são obrigatórios, e a realização deles é fundamental para avaliar a saúde geral do bebê e detectar possíveis problemas congênitos, que devem ser tratados o quanto antes, para que se alcancem resultados mais consistentes. Os principais testes realizados em recém-nascidos são:

– Teste do pezinho, capaz de detectar seis doenças, como anemia falciforme e fibrose cística, entre outras;
– Teste do olhinho, que avalia a saúde do globo ocular, do fundo de olho e do nervo óptico;
– Tipagem sanguínea;
– Teste do coraçãozinho, que identifica o nível de oxigênio no sangue e a existência de doenças cardíacas;
– Teste do quadril, que detecta possível encurtamento de membros;
– Teste da linguinha, realizado por um fonoaudiólogo, responsável por avaliar alterações funcionais na língua, que possam prejudicar a fala, a mastigação e a amamentação;
– Teste da orelhinha, o qual, basicamente, detecta problemas auditivos.

TESTE DA ORELHINHA: QUANDO DEVE SER FEITO?

O teste da orelhinha ou exame de emissão otoacústica deve ser realizado no segundo ou terceiro dia de vida do recém-nascido, na maternidade, ou até o terceiro mês, em bebês nascidos fora de um hospital / maternidade, e tem como função avaliar a integridade auditiva em bebês.

Em adultos, o exame de emissão otoacústica pode ser solicitado para pesquisar as condições de funcionamento da orelha interna em paciente com queixas relacionadas à audição, como dor, zumbido, irritação e hipoacusia (perda parcial ou total da audição).

COMO É FEITO O TESTE DA ORELHINHA?

Emissões otoacústicas (EOAs) são sons gerados dentro da cóclea normal, espontaneamente ou em resposta à estimulação acústica. Há dois fenômenos básicos de EOAs, as emissões otacústicas espontâneas; e as emissões otoacústicas evocadas, esta última são as provocadas durante a realização do exame.

As emissões otoacústicas evocadas são uma resposta a um estímulo acústico e depende de propriedades ativas da cóclea. Essas emissões constituem um índice muito sensível da integridade do mecanismo auditivo, uma vez que a resposta desaparece quando existe qualquer anomalia funcional significativa no ouvido interno ou médio.

Esse eco, ou EOA, pode ser captado por um microfone acoplado a uma sonda colocado no conduto auditivo externo. As EOA avaliam a integridade coclear. Ou seja: o médico ou fonoaudiólogo coloca um aparelho de emissões otoacústicas evocadas próximo à orelha do bebê. Esse aparelho produz estímulos sonoros bastante leves e mede o retorno dos estímulos. Desse modo, é possível avaliar as estruturas do ouvido interno. O exame é indolor e deve ser feito enquanto o bebê está dormindo.

PRINCIPAIS CAUSAS DE PROBLEMAS AUDITIVOS EM BEBÊS

Caso o teste da orelhinha detecte algum problema, há indicação de exames complementares, que devem ser realizados para avaliar a gravidade desse problema. A incidência de problemas auditivos em bebês é de seis casos para mil nascidos vivos, de acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde da Atenção Primária à Saúde (BVS APS).

As causas dos problemas auditivos em bebês são malformações congênitas, doenças genéticas e doenças infecciosas das gestantes (durante a gravidez), como rubéola e toxoplasmose).

IMPORTÂNCIA DO TESTE DA ORELHINHA

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 288 milhões de pessoas sofrem com perdas auditivas de grau moderado a profundo, dessas, 80% vivem em países em desenvolvimento. Ainda de acordo com a OMS, metade desses casos poderia ser prevenida e seus efeitos minimizados se a intervenção fosse iniciada precocemente, pois são raros os casos que não têm tratamento.

Por isso, é fundamental detectar precocemente quaisquer má formações ou doenças no sistema auditivo, isso permite que a criança seja tratada corretamente e tenha o acompanhamento de médico e fonoaudiólogo, minimizando os danos ao desenvolvimento psicomotor e à aquisição da fala.

Carnaval com saúde: não descuide da sua voz e da audição

Milhões de brasileiros se preparam o ano todo para o Carnaval. Seja planejando uma viagem ou escolhendo as fantasias para os blocos e as festas. Porém, é comum que se esqueçam de planejar um Carnaval com saúde. E isso inclui tanto má alimentação e excesso de bebidas alcoólicas quanto a falta de atenção com a saúde da voz e dos ouvidos. Isso coloca em risco o funcionamento do organismo em curto, médio e longo prazo. 

 

Como o Carnaval afeta a audição?

Em festas como as do Carnaval, costuma-se ouvir música em volume muito alto. Um indivíduo exposto de maneira contínua a ruídos acima de 50 decibéis pode ter danos na audição. 70 decibéis são suficientes para produzir efeitos fisiológicos, como a diminuição da resistência imunológica. E, para finalizar, poucos minutos de exposição a 100 decibéis podem ser suficientes para causar surdez irreversível. Para se ter uma noção do risco para a audição no Carnaval: um trio elétrico circula com som até 110 decibéis.

Em clubes ou festas em ambientes fechados, o dano pode ser ainda maior. Afinal, alguns aparelhos de som podem chegar a 120 decibéis. Além dos problemas nos ouvidos, como  zumbido, distúrbio no labirinto e perda auditiva, ruídos muito altos podem causar:

  • Crises de ansiedade

  • Hipertensão

  • Impotência sexual

A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) alerta que “o ouvido humano suporta até 85 decibéis. Exposições acima desse índice já podem acarretar em lesões ao ouvido muitas vezes irreversíveis, levando à perda auditiva”. De acordo com a ABORL-CCF, entre 30 e 35% das perdas de audição registradas no Brasil são causadas por exposição a sons intensos.

 

Carnaval com saúde: cuide da sua voz

Nos dias de festa, é comum as pessoas falarem muito mais alto do que o estão habituadas. Isso, aliado ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, bebidas muito geladas e o tabagismo, torna-se um fator bastante nocivo para a saúde da laringe. Isso pode causar ou piorar lesões nas pregas vocais, como pólipos, calos e nódulos.

Quando o dano é recorrente, aumenta o risco de se desenvolver câncer na laringe. Essa doença, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) , afeta em torno de dez mil brasileiros todos os anos. O Brasil aparece em segundo lugar no ranking mundial da Organização Mundial da Saúde (OMS) entre os países com maior incidência de câncer de laringe.

 

Dicas para cuidar da saúde da voz e da audição durante o Carnaval

Para evitar que a folia acabe em problemas de ouvido e garganta, é importante tomar alguns cuidados, como:

 

– Não fique próximo a trios elétricos ou caixas de som;

– Em ambientes fechados, use um tampão auricular para reduzir o volume do som;

– Procure não gritar em ambientes ruidosos;

– Evite ingerir bebidas ou alimentos extremamente gelados, principalmente se o seu corpo estiver muito quente;

– Não fume;

– Pigarrear e sussurrar podem causar prejuízos às pregas vocais;

– Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas;

– Não consuma balas ou pastilhas com efeito calmante ou anestésico;

– Beba muita água;

– Alimente-se de maneira leve e saudável;

– Evite permanecer em ambientes com ar-condicionado por muito tempo;

– Prefira locais sem muita aglomeração;

– Não se automedique;

– Procure um médico otorrinolaringologista se sintomas como dor de garganta, rouquidão, tosse, pigarro, dificuldade para engolir e cansaço ao falar permanecerem após o Carnaval.

Sintomas de diversas doenças, tonturas e enjoos podem ser causados por labirintite

A labirintite atinge cerca de 30% da população mundial. Entre os principais sintomas da labirintite estão tonturas e enjoos, que podem provocar vômitos. Isso atrasa a procura por orientação médica e dificulta o diagnóstico, já que esses sintomas são comuns também a outras doenças além do sistema auditivo, por exemplo: diabetes, hipertensão, reumatismo, infecções intestinais, alterações metabólicas ou hormonais, arterosclerose, traumas, hábitos alimentares inadequados, sedentarismo, estresse, problemas vasculares entre outros.

[Rinite alérgica no verão? Saiba como tratar]

Para evitar complicações otológicas e/ou otoneurológicas, é recomendado buscar ajuda de um médico otorrinolaringologista. Principalmente se a tontura e o enjoo forem persistentes e quando vierem acompanhados por zumbido no ouvido, perda auditiva ou sensação de ouvido tampado. Somente após a realização de consulta e exames específicos é possível determinar qual o tratamento mais indicado para cada paciente.

 

Como se dá o equilíbrio do corpo humano?

O ouvido é o órgão responsável pelo equilíbrio do nosso corpo, mais especificamente, uma pequena estrutura dentro da orelha interna, chamada labirinto (ou aparelho vestibular), formado por pelo utrículo, sáculo e pelos canais semicirculares. O utrículo e o sáculo estão localizados acima da cóclea, e têm o aspecto de bolsas cheias de substância gelatinosa, com paredes constituídas por células sensoriais. Sobre essas células existem minúsculos grãos de carbonato de cálcio chamados de otólitos.

 Quando o corpo se movimenta, a força da gravidade atrai os otólitos, que encostam nas células sensoriais e geram impulsos nervosos até cérebro. Com isso, o cérebro consegue determinar qual a posição da cabeça em relação à força gravitacional. E é assim que sabemos em que posição estamos. 

Os canais semicirculares são formados por três regiões dilatadas que se localizam acima do utrículo. Nessas regiões existem células sensoriais ciliadas cobertas por um líquido viscoso. Quando giramos o corpo, o líquido no interior dos canais semicirculares pressiona as células sensoriais ciliadas, gerando estímulos que são enviados ao cérebro.Ao pararmos, o líquido continua o movimento, por inércia, ou seja, as células sensoriais continuam recebendo estímulos mesmo com o corpo parado, mas nossos olhos “sabem” que o corpo não está mais girando. Isso provoca a sensação de tontura.

 Resumidamente, o labirinto é o órgão responsável por mandar para o cérebro os impulsos de deslocamento, e os olhos mostram o modo como o corpo está posicionado. Além disso, a pele, os músculos e as articulações também participam do equilíbrio corporal. Quando as informações (impulsos nervosos) geradas pelo ouvido e pelos olhos se opõem, ocorre a tontura e o enjoo.

Como tratar tonturas e enjoos causados por labirintite

Somente um médico otorinolaringologista pode prescrever o tratamento adequado para labirintite. 

Dependendo da causa do problema, pode ser necessário o uso de medicamentos anti-histamínicos, antieméticos, benzodiazepinas, antibióticos e anti-inflamatórios. A reabilitação vestibular, um método terapêutico para reparar o distúrbio de equilíbrio corporal, pode ser indicado em associação a outros métodos. 

 É possível, ainda mapear as causas das crises de labirintite para evitá-las. Com isso, o médico pode sugerir alteração dos hábitos alimentares e a prática de exercícios físicos. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e a exposição a lugares excessivamente barulhentos também pode ser indicado.

 

otite externa

Otite externa: entenda o que é e como tratar corretamente essa doença bastante comum no verão

Otite é o nome dado a toda infecção no ouvido (orelha externa, orelha média e orelha interna). A otite externa acomete a orelha externa, que consiste no pavilhão auricular (popularmente chamada de “orelha”) e no conduto auditivo, que termina no tímpano. Durante o verão aumentam os casos de “dores de ouvido” após banhos de mar ou de piscinas. Geralmente, essas dores têm como causa a otite externa, uma infecção relativamente comum, na pele do canal do ouvido externo, causada por bactérias presentes na água – ou que têm a água como meio propício para proliferação.

As dores podem ser bastante intensas, principalmente em crianças, e podem levar à perda parcial de audição. Normalmente, esses sintomas cessam logo nos primeiros dias de tratamento.

 

PRINCIPAIS CAUSAS

A causa mais comum desse tipo de dor de ouvido é a infecção por bactérias e fungos. Na maior parte das vezes, esses micro-organismos penetram por meio de lesões na pele que recobre a orelha externa provocadas por objetos (cotonetes, grampos, por exemplo), por atritos ao coçar ou secar o ouvido e pelo contato com água contaminada (mar, piscina, banhos). O contato frequente com a água pode facilitar a remoção da cera que serve de proteção para o canal auditivo. Por isso, a otite externa também é conhecida como otite dos nadadores.

 

SINTOMAS E DIAGNÓSTICO

Os sintomas tendem a aparecer logo no primeiro dia de infecção. As principais características são:

– Dor intensa, latejante;

– Sensação de entupimento do ouvido;

– Perda parcial da audição;

– Secreção;

– Coceira.

O diagnóstico deve ser feito pelo médico otorrinolaringologista, com a avaliação dos sintomas e por exame otológico, que permite visualizar as estruturas do ouvido.

 

COMO É FEITO O TRATAMENTO CONTRA OTITE?

O tratamento da otite externa é simples e consiste em analgésicos (via oral ou de uso tópico), antibióticos ou antifúngicos (dependendo do tipo de micro-organismo causador da infecção) em gotas de uso tópico.

Em alguns casos pode ser necessário aspirar a secreção do meato auditivo externo. No entanto, esse procedimento somente pode ser feito por médico otorrinolaringologista.

 

FORMAS DE PREVENÇÃO

Para evitar otite externa e outras doenças nos ouvidos, é importante tomar alguns cuidados, como:

– Não utilizar hastes de algodão (cotonetes) para limpar ou coçar os ouvidos;

[LEIA MAIS: Como limpar os ouvidos corretamente]

– Não introduzir objetos que possam machucar a pele dos ouvidos;

– Enxugar as orelhas com uma toalha macia e limpa, tomando o cuidado de não pressionar nem inserir profundamente.

– Nunca pingar nos ouvidos soluções caseiras sem o conhecimento médico.

 

Alerta de verão: o cloro da piscina pode afetar ouvidos, nariz e garganta

Nos dias mais quentes, um divertido e refrescante banho de piscina costuma ser o programa ideal para muitas pessoas. No entanto, o contato com o cloro – substância mais utilizada para a limpeza da água de piscinas – pode causar alguns problemas de saúde, principalmente reações otorrinolaringológicas (ouvidos, nariz e garganta) e na pele.

[Leia mais: Zumbido no ouvido: causas e tratamentos]

 O cloro é um elemento químico altamente tóxico e irritante. Ele age rapidamente sobre a pele, as mucosas e os olhos, podendo causar danos graves e irreversíveis. Quando usada em piscinas, essa substância se dissolve na água e se dissocia, formando subprodutos, como o ácido hipocloroso (HOCl) e o íon hipoclorito (OCl), que matam micro-organismos presentes na água das piscinas e agem sobre os lipídios (gordura) presentes na pele humana, oxidando-os. Dessa forma, a gordura da pele não “alimenta” os micro-organismos da água. 

O cloro ainda é a substância mais utilizada para manter a limpeza e a qualidade da água de piscinas, principalmente as de clubes e condomínios, e quando usado corretamente, não costuma oferecer risco à saúde de pessoas saudáveis e com o sistema imunológico fortalecido. O problema é que nem sempre quem cuida das piscinas atenta para o modo correto de aplicação do cloro e acaba usando uma dose muito maior ou muito menor que a indicada pelo fabricante, e é aí que mora o perigo à saúde humana.

Por isso, é importante ficar atento à qualidade da água e evitar tomar banho em piscinas com cheiro muito forte de cloro e/ou onde se desconhece a rotina e o protocolo de limpeza da água. Se, mesmo com esses cuidados, você ou alguém de sua família apresentar reações na pele, nos ouvidos, nos olhos, no nariz ou na garganta após um banho de piscina, busque orientação médica.

 

COMO O CLORO PODE AFETAR O NARIZ E A GARGANTA

Em contato com a água, o cloro libera gases cloraminas que são altamente irritantes da mucosa das vias respiratórias (fossas nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios), causando ou agravando casos de rinite alérgica, asma, tosse com chiado e outras reações alérgicas.

Isso se torna um problema principalmente em crianças com histórico de alergias respiratórias, que apresentam como sintomas:

 

– dificuldades para respirar / falta de ar,

– tosse seca que se intensifica à noite;

– espirros;

– chiado e aperto no peito;

– espirros;

– coriza;

– congestão nasal;

– coceira / irritação na garganta.

O médico faz o diagnóstico com base em avaliação feita no próprio consultório. O tratamento indicado depende dos sintomas, e consiste, basicamente, em medicamentos para controlar os sintomas.

Quando os sintomas persistirem por três dias ou mais, é recomendado buscar orientação médica!

Dor de ouvido no avião: saiba como prevenir

É comum sentir pressão e dor no ouvido durante uma viagem de avião. Essa sensação pode aparecer até mesmo em viagens de carro para lugares altos, como serras. Isso ocorre em função da mudança brusca de pressão durante a decolagem e o pouso. Há pessoas que, além da dor no ouvido, sentem outros incômodos, como dor ou pressão na cabeça, nos dentes e na face (principalmente em torno do nariz).
De maneira geral, todo esse desconforto cessa em alguns minutos após o fim da viagem. Mas dependendo da duração do voo, esse incômodo pode se tornar um suplício. Para evitar esses sintomas, é possível realizar uma série de manobras que aliviam ou acabam com a dor e a pressão no ouvido e na cabeça.

CINCO DICAS PARA EVITAR A DOR DE OUVIDO DURANTE O VOO

Fazer a Manobra de Valsalva

Esse método aumenta a pressão intratorácica e foi criado para equalizar a pressão dos ouvidos. É muito utilizado por fonoaudiólogos e dentistas, para verificar se há comunicação buco-sinusal. Pela sua eficiência em equilibrar a pressão interna do ouvido com a pressão externa e pela facilidade de realização, esse método é o mais indicado para quem sofre de dores no ouvido durante viagens de avião.

A Manobra de Valsalva consiste em inspirar, manter a boca fechada e apertar as narinas com os dedos enquanto força a saída de ar pelo nariz, tomando o cuidado de controlar a força do ar para não piorar ainda mais a dor.

Mastigar

Mascar chicletes ou alimentos, de preferência duros, como maçã ou cenoura, é excelente para ajudar a equilibrar a pressão no ouvido e evitar a dor. A mastigação força os músculos do rosto a se movimentarem. A deglutição ajuda a diminuir a sensação de ouvido tampado.

Provocar bocejo

Forçar bocejos é um movimento que ativa os ossos e músculos da face, liberando a tuba auditiva e favorecendo o equilíbrio da pressão.
Para usar esse método com crianças, crie brincadeiras para que elas façam caretas ou imitem animais conhecidos por abrirem muito a boca, como jacarés ou leões.

 

Usar compressa quente

Fazer compressa quente no ouvido por cerca de dez minutos costuma aliviar muito a dor causada pela pressão. Por mais estranho que isso possa parecer, é possível solicitar água morna e um paninho ou lenço para os comissários de bordo. Acredite, eles estão acostumados a receberem esse pedido!

Utilizar spray nasal

O uso de spray nasal pode ser indicado pelo otorrinolaringologista a pessoas que viajam constantemente e que sofrem com dores causadas pela diferença de pressão. O spray serve para ajudar na passagem do ar para o ouvido, assim, a pressão se reequilibra mais facilmente. No entanto, é preciso que seu uso seja feito conforme recomendação médica, para evitar outros problemas.

E QUANDO A DOR NÃO PASSA?

Essas estratégias podem ser feitas inúmeras vezes até o alívio da pressão e da dor.
Pessoas com gripes, resfriados, sinusites ou outros problemas que impedem a circulação do ar no organismo e/ou causem congestão dos seios da face podem ter dificuldade para aliviar a dor, em alguns casos, ela não passa.
Se você costuma sofrer com dores no ouvido persistentes durante viagens de avião, procure ajuda médica.

 

BEBÊS E CRIANÇAS DE COLO SÃO OS QUE MAIS SOFREM EM VIAGENS DE AVIÃO

Bebês e crianças pequenas (o mesmo vale para pessoas com deficiência que não são capazes de realizar voluntariamente as técnicas para aliviar a pressão) devem ser estimuladas a abrirem e fecharem a boca, após a decolagem ou pouso. Para isso, os pais podem realizar os movimentos que devem ser imitados ou oferecer alimentos para serem mastigados.
É indicado manter os pequenos sentados durante a decolagem e o pouso, para evitar engasgos ou aumento de pressão no ouvido.

 

Zumbido no ouvido: Conheça as causas e os tratamentos para esse problema

Enxame de abelhas, apito, chiado de chaleira, cigarras etc. Esses são alguns dos sons usados por paciente para classificar o zumbido no ouvido. Esse problema acomete quase 30 milhões de pessoas somente no Brasil e cerca de 20% da população mundial, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Geralmente o zumbido no ouvido surge ou se intensifica sem nenhuma causa detectável ou aparente.

Durante o funcionamento normal da audição, a vibração dos sons no ambiente é captada pelas vias auditivas e enviada – como impulso elétrico – para o cérebro. Em pessoas que sofrem com o distúrbio do zumbido no ouvido, as vias auditivas enviam impulsos elétricos ao cérebro mesmo quando não há vibração sonora no ambiente. Ou seja, a pessoa não consegue mais “escutar o silêncio”, e isso causa transtornos como ansiedade, estresse e insônia.

Os zumbidos são, normalmente, agudos e baixos – entre três e sete decibéis (db). O que causa o desconforto na maioria dos pacientes são a constância e a permanência desse ruído. Como a sensação de desconforto não é algo que pode ser medido, pois varia de acordo com a tolerância de cada um, é necessário avaliar caso a caso a forma como os pacientes lidam com o zumbido e amenizar as consequências enquanto trata a causa do problema.

QUAIS AS CAUSAS DO ZUMBIDO NO OUVIDO?

O zumbido no ouvido não é uma doença, e sim um sintoma de algum problema ou disfunção do sistema auditivo, e nem sempre é uma tarefa simples diagnosticar a causa do zumbido, o que, em muitos casos, dificulta o tratamento. Somente um médico otorrinolaringologista pode diagnosticar a causa desse problema. Entre as causas mais comuns, estão:

– Prespiacusia ( perda da acuidade auditiva relacionada com a idade );
– Excesso de cera;
– Infecções;
– Trauma acústico;
– Uso de alguns medicamentos;
– Hipertensão;
– Perfuração de tímpano;
– Acúmulo de líquidos no ouvido;
– Índice alto de triglicerídeos;
– Diabetes;
– Estresse;
– Poluição sonora.

Além dessas causas, é preciso avaliar outros fatores que, em um primeiro momento, parecem não ter relação com problemas no sistema auditivo, por exemplo: desvios de coluna, alterações cardiovasculares, disfunções da ATM (articulação temporomandibular); consumo excessivo de cafeína, álcool e tabaco.

Ainda não se sabe ao certo a razão pela qual o zumbido no ouvido acomete mais mulheres que homens.
É sabido que esse não é um problema necessariamente relacionado à idade. O fato de que a maioria dos diagnósticos acontece em pessoas idosas se explica pela perda auditiva, comum na terceira idade, que faz com que o zumbido fique mais evidente e/ou se torne um problema a ponto de buscar ajuda médica.

DOENÇA DE MÉNIÈRE PROVOCA ZUMBIDO NO OUVIDO E MERECE ATENÇÃO

A doença de Ménière é uma doença crônica, que ainda não tem cura, e que caracteriza por crises súbitas e que podem durar até algumas horas, causando vertigem severa, náuseas e vômitos.

As causas exatas da doença de Ménière ainda são desconhecidas, mas especialistas acreditam que uma das razões que podem desencadear as crises é o aumento da pressão de líquido dentro do ouvido.

Os sintomas variam de pessoa para pessoa. Em geral, nos estágios iniciais da doença, as vertigens e o zumbido no ouvido são as queixas mais comuns.

À medida que o problema avança, é possível ter perda auditiva de baixa e alta frequência, sendo que a pessoa tem a sensação frequente de desequilíbrio.

 

[Leia mais sobre causas e tratamentos da Doença de Ménière]

 

QUAIS OS TRATAMENTOS PARA ZUMBIDO NO OUVIDO?

Muita gente acredita que o zumbido no ouvido é incurável. Entretanto, isso é um mito, já que, dependendo da causa, é possível, sim, tratá-lo, eliminando esse sintoma tão desconfortável.

Após a realização de exames, o otorrino é capaz de indicar o tratamento mais adequado para cada caso, que pode envolver desde o uso de medicamentos até terapias.