Quedas em idosos

Quedas em idosos: a relação com a falta de equilíbrio

A expectativa de vida dos brasileiros está em 76 anos, conforme pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística) divulgada em julho de 2018. O crescimento da população idosa reflete no aumento de problemas de saúde entre as pessoas dessa faixa etária. Hoje vamos falar sobre uma situação comum entre os mais velhos: a falta de equilíbrio. Mais do que trazer o desconforto, estar com o equilíbrio comprometido pode influenciar diretamente em casos mais sérios, como as quedas, que muitas vezes causam fraturas graves. Dependendo da situação, fraturas podem comprometer de forma permanente a saúde do idoso e até o seu convívio social.

 

 

Por que perdemos o equilíbrio quando ficamos mais velhos?

Apesar de não ser uma exclusividade dos idosos, a perda do equilíbrio aparece com mais destaque nessa população. Isso acontece porque há uma atrofia neurológica quando envelhecemos e isso vai, aos poucos, reduzindo nossa sensibilidade e a percepção do equilíbrio.

Essas alterações são bastante comuns e aparecem com frequência nos consultórios de otorrinolaringologia. Entre os sintomas relatados para a falta de equilíbrio são: tontura e vertigem que podem, ou não, estarem associados à náusea e vômito. Apesar de muitas vezes esses sintomas serem confundidos, é importante lembrar que:

Tontura: caracteriza-se por uma sensação rotatória

Vertigem: é caracterizada por uma sensação de queda iminente

Por isso é importante que a pessoa – independente da idade – preste atenção a esses sintomas e busque ajuda médica.

 

Como tratar a perda de equilíbrio?

É possível trabalhar o equilíbrio em pacientes idosos não patológicos e oferecer uma melhoria na qualidade de vida dessas pessoas. São tratamentos modernos que unem uma equipe multidisciplinar com médicos otorrinolaringologistas e fisioterapeutas.

“Utilizamos imagens virtuais para a melhora da marcha dos pacientes. Aliado aos exercícios de reabilitação conseguimos resultados fantásticos. Muitas vezes é possível até retirar o apoio do paciente para que ele volte a caminhar com segurança”, pontua o médico otorrinolaringologista do COF Florianópolis, Henrique Zuccalmaglio.

Outra vantagem dos tratamentos mais modernos para a perda de equilíbrio é o uso cada vez menor de medicamentos. “Muitas vezes conseguimos administrar os medicamentos somente nos momentos de crise e, aos poucos, trabalhar apenas com os exercícios e a reabilitação para oferecer uma melhor qualidade de vida ao paciente”, destaca Henrique Zuccalmaglio.

 

Quando procurar ajuda médica?

É importante trabalhar com a prevenção quando o assunto está relacionado às doenças do equilíbrio. Principalmente no caso dos idosos, essa é uma atitude que pode evitar problemas mais graves causados pelas quedas.

Por isso, sempre que o paciente perceber que está com dificuldade de caminhar e se sentir inseguro, deve realizar uma avaliação labiríntica.

O exame mais comum neste caso é o Vectoeletronistagmografia, que analisa todos os sistemas envolvidos na manutenção do equilíbrio do corpo: orelha interna; sistema visual e sistema propioceptivo (músculos, articulações e tendões). A partir do exame é possível analisar as possíveis alterações do equilíbrio, incluindo doenças conhecidas popularmente como “labirintite”.

Outro exame completo que pode avaliar as doenças relacionadas à falta de equilíbrio é o V-HIT. Este, além da avaliação labiríntica, associa manobras fisioterápicas que por vezes já são terapêuticas, ideais para pacientes da terceira idade.

 

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