Riscos da labirintite para idosos

As quedas são um problema bastante comum na terceira idade. Provavelmente você já ouviu casos ou tem algum parente próximo que precisou ser internado após cair na rua ou mesmo em casa. Entre os principais motivos que levam ao aumento desse risco após certa idade está o que se costuma chamar de labirintite. 

O termo labirintite é usado erroneamente, como veremos a seguir, mas de maneira geral essa doença costuma se manifestar após os 40 ou 50 anos, em razão de alterações metabólicas e vestibulares. O aumento dos níveis de colesterol, triglicérides e ácido úrico pode reduzir a circulação de sangue  no cérebro e labirinto. 

 

O que é a labirintite

As pessoas costumam associar qualquer problema relacionado ao ouvido interno à labirintite, quando o correto seria dizer labirintopatia ou vestibulopatia (a labirintite é apenas uma delas). Essa doença compromete as estruturas responsáveis pela audição (cóclea) e pelo equilíbrio (vestíbulo) e pode ter como causa processos inflamatórios ou infecciosos como otites ou meningites, alterações metabólicas e o próprio envelhecimento.  

Alguns fatores ajudam a aumentar as chances de uma pessoa desenvolver labiritinte como a hipoglicemia, diabetes, colesterol alto, hipertensão, estresse, má alimentação e consumo excessivo de álcool ou café. Somados a eles está o uso de certos medicamentos como antibióticos, anti-inflamatórios e remédios para estresse e ansiedade. 

Os principais sintomas da labirintite são as tonturas (sensação de desequilíbrio e instabilidade, como se estivéssemos pisando no vazio) e as vertigens (impressão de que o ambiente gira em torno de nosso corpo). Eles podem estar associados ainda a outros sinais, como:

 

  •         Náuseas e vômitos;
  •         Sudorese;
  •         Alterações gastrintestinais;
  •         Perda de audição;
  •         Desequilíbrio;
  •         Zumbidos no ouvido;
  •         Audição reduzida.

 

A avaliação clínica e o exame otoneurológico realizados por um especialista são fundamentais para o diagnóstico rápido e correto. Isso porque existem algumas doenças que podem ser confundidas com a labirintite. É o caso hipertensão, diabetes, reumatismo, esclerose múltipla e tumores no nervo auditivo. Devem ser realizados ainda a tomografia computadorizada, a ressonância magnética e testes labirínticos. 

 

Por que a labirintite em idosos é perigosa

A labirintite é considerada uma doença do envelhecimento, pois costuma se manifestar em pessoas a partir dos 40 anos, comprometendo sua qualidade de vida e causando transtornos físicos e muitas vezes emocionais. As tonturas e vertigens são as principais reclamações de indivíduos acima dos 65 anos. Os distúrbios do equilíbrio e a falta de estabilidade podem ter sérias consequências. Uma das mais graves, sem dúvida, é a queda, que pode causar a fratura de ossos importantes, fator de alto risco na terceira idade. 

As medidas preventivas são essenciais para evitar o desenvolvimento da doença. Algumas atitudes que ajudam a evitar as crises incluem uma dieta saudável, atividades físicas, a ingestão de líquidos e reduzir o intervalo entre as refeições. Não fumar, abolir ou diminuir o consumo de bebidas alcóolicas e recusar bebidas gaseificadas também previnem o aparecimento do problema.  

A labirintite é tratada com o uso de remédios como os vasodilatadores e labirinto-supressores. É importante ressaltar que a medicação deve ser receitada por um especialista, que vai indicar a dosagem correta e duração do tratamento. A automedicação é uma prática perigosa e pode trazer graves consequências. 

 

labirintite