Quando procurar um fonoaudiólogo?
A comunicação é fundamental para as relações humanas, seja ela verbal ou não verbal; oral, escrita ou por sinais. A humanidade somente existe pelo desenvolvimento de linguagens que permitem um indivíduo se comunicar com outros. Para isso, utilizamos diversas linguagens, e as principais delas são a fala e a escrita. Desse modo, quaisquer alterações nos órgãos da fala e audição podem trazer problemas de desenvolvimento e aprendizagem. Por isso muitas vezes é necessário procurar um fonoaudiólogo.
A fonoaudiologia clínica age para melhorar, facilitar ou permitir a comunicação, atuando na prevenção, na avaliação e na correção de problemas de fala e/ou audição. Aperfeiçoando e adequando a comunicação de acordo com as necessidades pessoais ou profissionais de cada paciente.
Qual o papel e quando procurar um fonoaudiólogo?
O fonoaudiólogo é o profissional que pesquisa, diagnostica, previne e trata distúrbios de comunicação oral e escrita. Ele atua no atendimento a pacientes com problemas de gagueira, voz, alterações de fala ou que apresentam dificuldades no aprendizado da linguagem.
Ele pode atuar em diversas áreas, como:
Motricidade oral
Trabalha a musculatura da face, da boca e da língua, com o objetivo de corrigir problemas relacionadas à sucção, mastigação, deglutição, respiração e fala.
Para tratar a motricidade oral, o fonoaudiólogo intervém no modo como o paciente posiciona a língua ou engole, como (e se) empurra os dentes com a língua, contribuindo, assim, para o mau posicionamento dentário. Também pode tratar respiração bucal, promovendo a respiração nasal, mais eficiente e saudável.
Pessoas que sofreram traumatismo craniano, derrame ou paralisia cerebral ou são portadoras de síndromes que resultam em alteração da musculatura da face e das funções vitais também podem ser auxiliadas por esse profissional.
Saúde da voz
Nesse sentido, age na prevenção dos distúrbios de voz e também no seu tratamento, sendo responsável pelo aperfeiçoamento da voz de profissionais como cantores, professores, atores, locutores, advogados e telefonistas.
Em muitos problemas relacionados à voz, o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. Por isso, pessoas que utilizam muito a voz devem estar atentos a quaisquer alterações, como tosse ou rouquidão persistente (com duração de mais de 15 dias) e buscar ajuda rapidamente.
Disfagia (dificuldade para engolir)
A disfagia tem como principal sintoma a sensação de comida “presa” na garganta ou no esôfago. As causas incluem a obstrução mecânica e os distúrbios na mobilidade dos músculos da cavidade oral, da faringe ou esôfago. É útil distinguir a disfagia causada por doenças que afetam a orofaringe daquela que é devida a distúrbios esofágicos. Disfagias causadas por doenças são persistentes e duram mais de duas semanas.
Linguagem e fala
O fonoaudiólogo pode atuar diretamente em casos de alterações ou desordens comunicativas – dificuldades na pronúncia, alterações na voz, gagueira (disfluência ou gagueira), entre outras. Nesse campo, pode, ainda, atender crianças ou pessoas adultas que por qualquer razão apresentem atraso no desenvolvimento da linguagem, com alterações em sua aquisição ou a perda dela devido à enfermidade ou lesão cerebral.
Como é feito o tratamento fonoaudiólogo e para quem é indicado?
Ao procurar um fonoaudiólogo é importante entender que o trabalho está intimamente relacionado com a atividade otorrinolaringológica e normalmente é muito comum estes dois profissionais trabalharem em equipe tanto no diagnóstico como no tratamento.
O tratamento é indicado a pessoas de todas as idades que apresentem problemas da fala – seja por danos funcionais do organismo ou não; atraso na aquisição de linguagem (escrita ou oral); dificuldades para engolir; ou para pessoas que falam muito no seu dia a dia (profissionais que utilizam a fala como instrumento de trabalho) e precisam prevenir o surgimento de doenças relacionadas à voz.
Em um primeiro momento, é feita uma entrevista – conversa – a fim de se entender o problema e traçar um plano de ação de acordo com os dados observados e as queixas dos pacientes.
O diagnóstico é realizado depois elencar os sintomas e, sempre que possível, depois de definida a causa do déficit apresentado, seja ele de comunicação oral e/ou escrita.
No entanto, em muitos casos, é preciso realizar algumas sessões antes de definir a origem do problema, pois nem sempre os sintomas e queixas dos pacientes são consistentes para avaliação.
Em geral, são feitas duas ou três sessões semanais com duração média de 30 minutos para crianças e de 50 minutos para adultos. Mas tanto a frequência quanto a duração das sessões podem variar, sendo definidas de acordo com as necessidades de cada tratamento.