Amigdalite: como prevenir, reconhecer os sintomas e tratar

As amígdalas palatinas são gânglios linfáticos existentes na lateral da garganta que têm a função proteger o organismo contra vários germes.

Amigdalite é uma inflamação que causa dor de garganta, pus, mau hálito, febre e inchaço nas amígdalas. A doença afeta especialmente crianças, mas é comum também entre adultos. Crianças e adolescentes são os que mais sofrem com amigdalite porque as amígdalas, por serem praticamente a primeira barreira de proteção do sistema imunológico contra micro-organismos patológicos, acabam sendo mais vulneráveis e suscetíveis a infecções.

A classificação das amigdalites varia quanto à forma de infecção, podendo ser bacterianas, que exigem tratamento à base de antibióticos; ou virais, que são mais comuns e podem ser tratadas com cuidados mais simples. Além desses tipos, a doença de se divide em subtipos quanto à ocorrência: amigdalite crônica, caracterizada por infecções recorrentes (algumas pessoas têm mais de cinco episódios por ano); e amigdalite aguda, que são infecções pontuais, as quais, geralmente, ocorrem no inverno.

PRINCIPAIS SINTOMAS DA AMIGDALITE

– Inchaço e/ou vermelhidão nas amígdalas;
– Presença de placas brancas ou amareladas;
– Dor de garganta;
– Disfagia (dificuldade e dor ao engolir);
– Febre;
– Nódulos linfáticos no pescoço;
– Mau hálito;
– Apneia do sono;
– Cefaleia (Dor de cabeça).

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA AMIGDALITE

Em consultório, o médico otorrinolaringologista considera o histórico, as queixas e avalia clinicamente o paciente em busca de inchaço, placas e nódulos linfáticos. Para auxílio diagnóstico o médico pode solicitar alguns exames, como: teste rápido para detecção do Estreptococo; cultura da secreção da garganta; teste de mononucleose; e contagem de células sanguíneas.

TRATAMENTO DA AMIGDALITE

O tratamento para amigdalite é feito à base de medicamentos anti-inflamatórios (caso seja viral) e antibióticos (caso seja bacteriana) e para o alívio da dor. A remoção cirúrgica das amígdalas pode ser indicada em caso de infecções crônicas ou recorrentes.

Durante o tratamento, é importante:

– Repousar;
– Beber líquidos leves e dar preferência a bebidas mornas;
– Evitar o uso de ar-condicionado ou outros aparelhos que retiram a umidade do ar;
– Lavar as mãos frequentemente;
– Evitar compartilhar talheres, copos ou outros utensílios;
– Manter-se em casa, quando possível, para evitar a propagação do vírus ou da bactéria;
– Substituir a escova de dentes;
– Não tomar remédios (nem pastilhas) sem prescrição médica.

O que você precisa saber sobre o coronavírus: sintomas, transmissão e prevenção

Uma nova ameaça à saúde humana ganhou destaque nos noticiários nos últimos dias. O número crescente de pessoas infectadas com o coronavírus, que, em poucas semanas, matou mais de 300 pessoas na Ásia e vem gerando medo nos quatro cantos do planeta. Mas, afinal, o que é coronavírus e quais cuidados devem ser tomados para que não vire uma epidemia mundial?

O correto é falar no plural, já que não há um único tipo de coronavírus. Os coronavírus (CoV) são parte de uma grande família viral descoberta na década de 1960 e causam infecções nas vias respiratórias, apresentando sintomas semelhantes aos de um resfriado. Ao longo das últimas duas décadas, alguns tipos de coronavírus, como o SARS-CoV, que causa uma grave síndrome respiratória e levou a óbito quase 1.000 pessoas entre os anos 2002 e 2003. Ele foi controlado no ano seguinte, a ponto de não haver mais notificações de infecção por essa variedade.

O coronavírus que vem assustando o mundo desde dezembro de 2019 é chamado de 2019-nCoV. Ainda não existem estudos definitivos a respeito do que motivou o surto. Acredita-se que o primeiro contágio aconteceu entre outros animais e seres humanos. Há quem fale que a contaminação se deu por morcegos. Porém, há fortes indícios de que possa ter sido causada por frutos do mar.  Os primeiros casos foram notificados na de Wuhan, capital da província de Hubei, na China, país onde o coronavírus 2019-nCoV fez, até o momento, praticamente 100% das vítimas. 

No entanto, a contaminação entre pessoas tem acontecido de forma bastante rápida. Afinal, o vírus tem como característica se disseminar pelo ar. A Ásia é o continente com maior índice de casos confirmados, mas até o dia 2 de fevereiro de 2020, havia 11 casos confirmados na América do Norte (EUA e Canadá), e cerca de 20 na Europa. No Brasil, 16 pacientes estão sendo monitorados com suspeita de infecção, mas nenhum caso foi confirmado. Por isso, não há razão para pânico no país.

 

QUAIS OS SINTOMAS DA INFECÇÃO POR CORONAVÍRUS?

As manifestações clínicas costumam aparecer entre dois e 12 dias após a contaminação. Elas envolvem principalmente tosse, febre e falta de ar. Idosos e pessoas com doenças cardiopulmonares podem apresentar pneumonia.

 

COMO OCORRE A TRANSMISSÃO DO CORONAVÍRUS 2019-nCoV?

O período de transmissibilidade dura enquanto persistirem os sintomas, e a contaminação entre humanos acontece pelas vias respiratórias, do mesmo modo que gripes e resfriados.

 

COMO PREVENIR E TRATAR INFECÇÕES POR CORONAVÍRUS?

Por ser um tipo muito recente de mutação, ainda não há vacina que previna a infecção pelo coronavírus 2019-nCoV. 

Como a transmissão se dá pelo contato, pelas vias respiratórias, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é tomar os mesmos cuidados que se tem para prevenir a propagação do vírus da gripe, por exemplo: 

  • Lavar as mãos com água e sabão frequentemente, principalmente depois de ir ao banheiro; antes de comer; e depois de assoar o nariz, tossir ou espirrar;
  • Caso não haja disponibilidade de água e sabão, utilizar álcool (mínimo de 60%);
  • Evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca;
  • Usar um lenço de papel descartável ao tossir ou espirrar e descartá-lo imediatamente em uma lixeira;
  • Evitar lugares fechados e/ou com aglomeração de pessoas;
  • Desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência usando produto de limpeza doméstico e pano descartável;
  • Não compartilhar utensílios como copos, talheres e toalhas.

 

Ainda não existe um tratamento antiviral específico para tratar infecção por 2019-nCoV. As pessoas infectadas vêm recebendo cuidados de suporte que ajudam a aliviar os sintomas. Pacientes em estado grave são tratados de modo a preservar as funções vitais dos órgãos.

Qualquer pessoa que possa ter tido contato com alguém contaminado – principalmente em voos internacionais – deve buscar ajuda médica imediatamente caso apresente os sintomas listados anteriormente.