Ronco e apneia do sono têm tratamento! Consulte os especialistas do Centro Otorrinolaringológico de Florianópolis e ganhe qualidade de vida

De acordo com um estudo realizado no Laboratório do Sono da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 76% dos brasileiros têm ao menos uma queixa com relação à qualidade do sono. Entre os problemas mais comuns estão o ronco e a apneia obstrutiva do sono. Embora o senso comum associe o ronco a um sono pesado (e bom), ele é um dos sintomas da apneia do sono.

Segundo a Associação Brasileira do Sono, quatro em cada dez pessoas acima dos 40 anos ronca regularmente. Já entre as pessoas com mais de 60 anos, o número é de seis em cada dez. pessoas roncam. Após os 60 anos, esse número aumenta para seis em cada dez pessoas. Entre 70% e 90% das pessoas que sofrem com apneia obstrutiva do sono, o ronco é um dos sintomas mais presentes.

AFINAL, O QUE É O RONCO?

O ronco é provocado pela vibração das vias aéreas superiores (palato e garganta). O barulho (que pode ser de diversos tipos) acontece em razão da dificuldade da passagem de ar nas vias aéreas durante o sono. Isso afeta a qualidade da respiração, podendo causar apneia obstrutiva e, por consequência, do sono.

E O QUE É APNEIA DO SONO?

Apneia obstrutiva do sono é quando há interrupção da respiração por conta do bloqueio das vias aéreas superiores. A obstrução pode ocorrer por diversos motivos, como falta / fadiga de tônus muscular da região da faringe e da laringe, excesso de tecido na língua, amigdala aumentada, adenoide, doenças respiratórias pré-existentes (como sinusite e rinite), formato do palato ou, ainda, disfunção da mandíbula.

QUAIS OS PERIGOS DO RONCO E DA APNEIA DO SONO À SAÚDE?

A apneia do sono pode causar inúmeros episódios de despertares noturnos, pois o organismo compensa o bloqueio do oxigênio com descargas de adrenalina. A interrupção do sono prejudica funções cognitivas, como a memória e a capacidade de manter a atenção. Despertar durante o sono, mesmo que rapidamente – muitas vezes, quem sofre de apneia obstrutiva nem percebe que acordou tantas vezes em uma madrugada – atrapalha o rendimento nos estudos e no trabalho, e aumenta o risco de desenvolver transtorno de ansiedade e depressão.

Quando os episódios de apneia são mais intensos (alguns podem ultrapassar dez segundos), pode haver a redução do fluxo de oxigênio para o coração e para o cérebro, aumentando a pressão arterial e pulmonar. Isso eleva as chances de desenvolver processos inflamatórios e aumenta o risco de infarto e de acidente vascular cerebral (AVC).

COMO TRATAR O RONCO E A APNEIA DO SONO?

Atualmente, há diversos tratamentos capazes de reduzir o roncos e a apneia do sono, que variam de acordo com a causa do problema. A apneia é classificada em leve (entre 5 e 15 interrupções por noite), moderada (de 15 a 30 interrupções) ou severo (acima de 30 interrupções por noite), e orientar a escolha do tratamento mais adequado é fundamental.

O acompanhamento médico e a realização de exames, para que o especialista possa determinar qual o tratamento adequado é a atitude mais correta.

Métodos comportamentais

Alguns tratamentos têm como foco a mudança de hábitos que causam flacidez na musculatura na região da laringe, como a ingestão de bebidas alcoólicas e o tabagismo. O sobrepeso e a obesidade também são causas comuns do ronco e da apneia do sono, assim, a diminuição da ingestão calórica e a prática de exercícios físicos ajudam a reduzir e até acabar com o problema.

Tratamento de doenças pré-existentes

Quando a causa do ronco e da apneia for uma doença pré-existente, como rinite, adenoide, sinusite e hipotireoidismo, é preciso tratá-las. Em alguns casos, uma cirurgia pode ser necessária para resolver ou minimizar o problema.

Dispositivos orais

Aparelhos dentários e outros dispositivos, como o CPAP – uma espécie de máscara nasal que funciona como um respirador, enviando o ar sob pressão para o nariz do paciente podem ser necessários.