Carnaval com saúde: não descuide da sua voz e da audição

Milhões de brasileiros se preparam o ano todo para o Carnaval. Seja planejando uma viagem ou escolhendo as fantasias para os blocos e as festas. Porém, é comum que se esqueçam de planejar um Carnaval com saúde. E isso inclui tanto má alimentação e excesso de bebidas alcoólicas quanto a falta de atenção com a saúde da voz e dos ouvidos. Isso coloca em risco o funcionamento do organismo em curto, médio e longo prazo. 

 

Como o Carnaval afeta a audição?

Em festas como as do Carnaval, costuma-se ouvir música em volume muito alto. Um indivíduo exposto de maneira contínua a ruídos acima de 50 decibéis pode ter danos na audição. 70 decibéis são suficientes para produzir efeitos fisiológicos, como a diminuição da resistência imunológica. E, para finalizar, poucos minutos de exposição a 100 decibéis podem ser suficientes para causar surdez irreversível. Para se ter uma noção do risco para a audição no Carnaval: um trio elétrico circula com som até 110 decibéis.

Em clubes ou festas em ambientes fechados, o dano pode ser ainda maior. Afinal, alguns aparelhos de som podem chegar a 120 decibéis. Além dos problemas nos ouvidos, como  zumbido, distúrbio no labirinto e perda auditiva, ruídos muito altos podem causar:

  • Crises de ansiedade

  • Hipertensão

  • Impotência sexual

A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) alerta que “o ouvido humano suporta até 85 decibéis. Exposições acima desse índice já podem acarretar em lesões ao ouvido muitas vezes irreversíveis, levando à perda auditiva”. De acordo com a ABORL-CCF, entre 30 e 35% das perdas de audição registradas no Brasil são causadas por exposição a sons intensos.

 

Carnaval com saúde: cuide da sua voz

Nos dias de festa, é comum as pessoas falarem muito mais alto do que o estão habituadas. Isso, aliado ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, bebidas muito geladas e o tabagismo, torna-se um fator bastante nocivo para a saúde da laringe. Isso pode causar ou piorar lesões nas pregas vocais, como pólipos, calos e nódulos.

Quando o dano é recorrente, aumenta o risco de se desenvolver câncer na laringe. Essa doença, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) , afeta em torno de dez mil brasileiros todos os anos. O Brasil aparece em segundo lugar no ranking mundial da Organização Mundial da Saúde (OMS) entre os países com maior incidência de câncer de laringe.

 

Dicas para cuidar da saúde da voz e da audição durante o Carnaval

Para evitar que a folia acabe em problemas de ouvido e garganta, é importante tomar alguns cuidados, como:

 

– Não fique próximo a trios elétricos ou caixas de som;

– Em ambientes fechados, use um tampão auricular para reduzir o volume do som;

– Procure não gritar em ambientes ruidosos;

– Evite ingerir bebidas ou alimentos extremamente gelados, principalmente se o seu corpo estiver muito quente;

– Não fume;

– Pigarrear e sussurrar podem causar prejuízos às pregas vocais;

– Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas;

– Não consuma balas ou pastilhas com efeito calmante ou anestésico;

– Beba muita água;

– Alimente-se de maneira leve e saudável;

– Evite permanecer em ambientes com ar-condicionado por muito tempo;

– Prefira locais sem muita aglomeração;

– Não se automedique;

– Procure um médico otorrinolaringologista se sintomas como dor de garganta, rouquidão, tosse, pigarro, dificuldade para engolir e cansaço ao falar permanecerem após o Carnaval.

O que você precisa saber sobre o coronavírus: sintomas, transmissão e prevenção

Uma nova ameaça à saúde humana ganhou destaque nos noticiários nos últimos dias. O número crescente de pessoas infectadas com o coronavírus, que, em poucas semanas, matou mais de 300 pessoas na Ásia e vem gerando medo nos quatro cantos do planeta. Mas, afinal, o que é coronavírus e quais cuidados devem ser tomados para que não vire uma epidemia mundial?

O correto é falar no plural, já que não há um único tipo de coronavírus. Os coronavírus (CoV) são parte de uma grande família viral descoberta na década de 1960 e causam infecções nas vias respiratórias, apresentando sintomas semelhantes aos de um resfriado. Ao longo das últimas duas décadas, alguns tipos de coronavírus, como o SARS-CoV, que causa uma grave síndrome respiratória e levou a óbito quase 1.000 pessoas entre os anos 2002 e 2003. Ele foi controlado no ano seguinte, a ponto de não haver mais notificações de infecção por essa variedade.

O coronavírus que vem assustando o mundo desde dezembro de 2019 é chamado de 2019-nCoV. Ainda não existem estudos definitivos a respeito do que motivou o surto. Acredita-se que o primeiro contágio aconteceu entre outros animais e seres humanos. Há quem fale que a contaminação se deu por morcegos. Porém, há fortes indícios de que possa ter sido causada por frutos do mar.  Os primeiros casos foram notificados na de Wuhan, capital da província de Hubei, na China, país onde o coronavírus 2019-nCoV fez, até o momento, praticamente 100% das vítimas. 

No entanto, a contaminação entre pessoas tem acontecido de forma bastante rápida. Afinal, o vírus tem como característica se disseminar pelo ar. A Ásia é o continente com maior índice de casos confirmados, mas até o dia 2 de fevereiro de 2020, havia 11 casos confirmados na América do Norte (EUA e Canadá), e cerca de 20 na Europa. No Brasil, 16 pacientes estão sendo monitorados com suspeita de infecção, mas nenhum caso foi confirmado. Por isso, não há razão para pânico no país.

 

QUAIS OS SINTOMAS DA INFECÇÃO POR CORONAVÍRUS?

As manifestações clínicas costumam aparecer entre dois e 12 dias após a contaminação. Elas envolvem principalmente tosse, febre e falta de ar. Idosos e pessoas com doenças cardiopulmonares podem apresentar pneumonia.

 

COMO OCORRE A TRANSMISSÃO DO CORONAVÍRUS 2019-nCoV?

O período de transmissibilidade dura enquanto persistirem os sintomas, e a contaminação entre humanos acontece pelas vias respiratórias, do mesmo modo que gripes e resfriados.

 

COMO PREVENIR E TRATAR INFECÇÕES POR CORONAVÍRUS?

Por ser um tipo muito recente de mutação, ainda não há vacina que previna a infecção pelo coronavírus 2019-nCoV. 

Como a transmissão se dá pelo contato, pelas vias respiratórias, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é tomar os mesmos cuidados que se tem para prevenir a propagação do vírus da gripe, por exemplo: 

  • Lavar as mãos com água e sabão frequentemente, principalmente depois de ir ao banheiro; antes de comer; e depois de assoar o nariz, tossir ou espirrar;
  • Caso não haja disponibilidade de água e sabão, utilizar álcool (mínimo de 60%);
  • Evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca;
  • Usar um lenço de papel descartável ao tossir ou espirrar e descartá-lo imediatamente em uma lixeira;
  • Evitar lugares fechados e/ou com aglomeração de pessoas;
  • Desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência usando produto de limpeza doméstico e pano descartável;
  • Não compartilhar utensílios como copos, talheres e toalhas.

 

Ainda não existe um tratamento antiviral específico para tratar infecção por 2019-nCoV. As pessoas infectadas vêm recebendo cuidados de suporte que ajudam a aliviar os sintomas. Pacientes em estado grave são tratados de modo a preservar as funções vitais dos órgãos.

Qualquer pessoa que possa ter tido contato com alguém contaminado – principalmente em voos internacionais – deve buscar ajuda médica imediatamente caso apresente os sintomas listados anteriormente.