gripe em idosos

Por que a gripe costuma ser pior nos idosos?

As formas de contágio de gripes, assim como a taxa de contágio, são as mesmas, independentemente da idade. A gripe é uma infecção viral causada pelo vírus influenza (o qual possui inúmeros subtipos, como o influenza B, o H1N1 e o H5N1), que acomete as vias respiratórias. É uma doença bastante comum e, na maioria dos casos, não deixa sequelas nem oferece riscos à saúde. Porém, a gripe em idosos pode ser pior, já que as infecções respiratórias (causadas por gripes, resfriados e até por quadros alérgicos recorrentes) podem trazer complicações graves, levando o paciente à internação hospitalar e, em casos mais graves, ao óbito.

Segundo relatório do Ministério da Saúde, em 2019, o Brasil teve 1.109 óbitos decorrentes de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) causada por influenza, ou seja, por complicação de gripe. Do total de óbitos, 54,6% foram de pessoas com mais de 60 anos; 35,9% de pacientes com doenças cardiovasculares; 27,6% de pessoas com diabetes.

POR QUE A GRIPE COSTUMA SER MAIS GRAVE EM IDOSOS?

Com o passar dos anos, o organismo vai perdendo células, e algumas células têm sua função reduzida e isso prejudica diversos processos as células do corpo. Após os 60 anos, há uma queda na produção de interferon, principal proteína
produzida pelos leucócitos para estimular a atividade de defesa celular. Por essa razão, o sistema imunológico é um dos mais afetados pela idade. Pessoas idosas têm a capacidade de defesa reduzida, ficando mais suscetíveis a possíveis complicações da gripe, como a pneumonia. Além da gripe, o declínio funcional do sistema imunológico dos idosos pode facilitar o desenvolvimento de pneumonia bacteriana, além de agravar condições crônicas, como insuficiência cardíaca e renal, diabetes e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Desse modo, a gripe em idosos nunca deve ser vista como uma doença corriqueira. É preciso redobrar os cuidados com hidratação e alimentação, ficar atento aos sintomas e buscar ajuda médica a qualquer sinal de complicação,
como: febre alta e persistente durante dois ou três dias, superior a 38,5ºC; reaparecimento de febre alta após um período de ausência; dificuldade para respirar / falta de ar; alteração do estado de consciência; confusão mental; prostração; expetoração com sangue; náusea ou vômitos.

IDOSOS E CORONAVÍRUS

O funcionamento do coronavírus Sars-CoV-2, responsável pela covid-12, ainda é novidade para a medicina e demais ciências, pois foi descoberto muito recentemente e há poucos dados sobre seu comportamento ao longo do tempo. Porém, estudos iniciais – que tomaram como base dados obtidos após o surto inicial na China – já nos permitem afirmar que, embora a taxa de contágio seja a mesma para todas as faixas etárias, os pacientes idosos são os que mais sofrem com a doença.

A Revista Nature, na edição de março de 2020, publicou uma pesquisa que constatou que pessoas com covid-19 com mais de 59 anos têm cinco vezes mais chances de morrer da doença que pacientes entre 30 e 58 anos. É importante
considerar que a taxa de mortalidade entre os idosos com covid-19, assim como na gripe, também se deve à perda das funções do sistema imunológico, e à presença de comorbidades, comuns da idade.

PREVENÇÃO CONTRA GRIPE

Por serem os mais sensíveis ao vírus da gripe, os idosos são priorizados no programa anual de vacinação contra a gripe. E, devido às mutações e à ação da vacina, é fundamental que uma nova dose seja aplicada a cada ano. Essa é a única maneira de se combater a gripe. Mas vale ressaltar que há inúmeros subtipos de influenza, e as vacinas disponíveis no Brasil são trivalentes (protegem contra três cepas do vírus) ou tetravalentes (protegem contra quatro cepas do vírus).

Por isso, além de se vacinarem anualmente, é preciso que os o idosos mantenham uma alimentação saudável, tenham o hábito de ingerir água e de se exercitarem regularmente, pois essas medidas ajudam a fortalecer o sistema
imunológico. É recomendado, ainda, que se evite lugares fechados e/ou com muita gente (principalmente enquanto durar a pandemia causada pelo coronavírus).

 

Você escuta, mas não entende direito o que foi dito? Pode ser Distúrbio do Processamento Auditivo Central

Em consultórios de otorrinolaringologia, é comum a queixa de pacientes que conseguem escutar, porém não entendem o que escutam ou têm dificuldade para localizar de onde vem o som. Geralmente, essas queixas vêm acompanhadas de dificuldade de concentração, que, muitas vezes, está relacionada ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e isso pode dificultar o diagnóstico do Distúrbio do Processamento Auditivo Central (DPAC).

Embora traga a palavra “auditivo” no nome, o Distúrbio do Processamento Auditivo Central (DPAC) é uma alteração neurológica, que prejudica a capacidade de conectar informações ouvidas. Como o nome indica, trata-se de uma falha no processamento do que é escutado. No entanto, o médico torrinolaringologista tem importante papel tanto no diagnóstico do distúrbio quanto como parte da equipe multidisciplinar para o tratamento do problema.

QUAIS AS CAUSAS DO DISTÚRBIO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL?

Não existe uma causa única, e há algumas divergências sobre o assunto, mas o DPAC está relacionado a alterações neurológicas nas regiões do cérebro ou do sistema nervoso central que controlam o processamento auditivo. E entre as possíveis causas, as mais comuns são: problemas genéticos, lesões cerebrais (causadas por traumatismo craniano), perdas auditivas não tratadas corretamente, envelhecimento celular devido à idade. Nascimentos prematuros, anóxia (ausência de oxigênio, principalmente no cérebro), abuso de álcool ou drogas pela mãe durante a gestação e otites por repetição durante a infância também são algumas causas possíveis.

QUAIS OS PRINCIPAIS SINTOMAS DO DISTÚRBIO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL?

Para pessoas com DPAC, algumas tarefas simples podem se tornar muito difíceis e até impossíveis de serem realizadas. Alguns sinais devem ser observados, pois são sintomas comuns do DPAC:

•Dificuldade de aprendizagem;
•Dificuldade de memorização e desatenção;
•Cansaço rápido e agitação ao assistir aulas;
•Dificuldade para ouvir e prestar atenção em lugares barulhentos;
•Necessidade constante de pedir para repetir;
•Dificuldade para realizar uma sequência de tarefas solicitadas;
•Parecer não ouvir/entender bem;
•Dificuldade em conversar com mais de uma pessoa ao mesmo tempo;
•Demora para escutar e/ou compreender o que foi dito;
•Dificuldade para localizar de onde o som está vindo;
•Dificuldade para entender conceitos abstratos.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DO DPAC?

Para que o diagnóstico seja consistente, é preciso uma ação conjunta entre médicos (pediatras, otorrinos e  neurologistas, por exemplo) e outros profissionais, como fonoaudiólogos, professores e psicopedagogos. Ao otorrinolaringologista cabe avaliar o histórico do paciente, examiná-lo e solicitar os exames de auditivos e de processamento auditivo, que podem confirmar o diagnóstico e descartar outros problemas.

O fonoaudiólogo deve avaliar a relação entre audição e fala, audição e escrita, ritmo da fala etc. Já o professor é, geralmente, o primeiro a apontar os problemas relacionados ao DPAC. Isso ocorre ao perceber a dificuldade da criança em memorizar palavras e comandos, trocar palavras durante a escrita ou uma dificuldade maior que a de outras crianças com o aprendizado de um idioma ou de uma música, por exemplo.

Embora estejamos falando de crianças, é importante salientar que os sintomas do Distúrbio do Processamento Auditivo Central podem ser detectados em todas as idades.

QUAL O TRATAMENTO INDICADO PARA O DISTÚRBIO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL?

Após o diagnóstico, é preciso formar uma equipe multidisciplinar, composta, normalmente, por neurologistas, psiquiatras, otorrinolaringologistas, audiologistas, fonoaudiólogos, psicólogos, pedagogos e profissionais da educação. A abordagem deve ser individualizada, de maneira a corrigir as dificuldades do paciente. O primeiro passo é iniciar o treinamento auditivo, para que, então, seja possível desenvolver as habilidades acadêmicas e sociais do indivíduo.

Mitos e verdades sobre a gripe

Uma das doenças típicas do inverno, a gripe acomete pessoas de todas as idades e causa dores, desconfortos e, embora seja bastante comum, requer alguns cuidados para que não haja complicações, principalmente entre idosos. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2019, 2122 pessoas morreram vítimas de algum tipo de influenza (vírus causador da gripe).

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, a gripe tipo C é o mais comum no Brasil, mas por causar danos leves e não ter relação com surtos, não causa impacto na saúde pública. Já H1N1 é um subtipo da variação A, que causa danos mais graves e tem potencial epidêmico, pois é capaz de infeccionar grande parcela da população de um lugar, como aconteceu em diversos países em 2009 e 2010.

Mas, antes de falar dos mitos e verdades sobre a gripe, é importante explicar, primeiramente, o que é gripe e o que é resfriado.

Qual a diferença entre gripe e resfriado?

Ambas são infecções virais que acometem as vias respiratórias e apresentam sintomas semelhantes, o que difere as duas doenças é a duração e a intensidade dos sintomas, e o fato de que a gripe pode desencadear problemas sérios de saúde.

A gripe é causada pelo vírus influenza (o qual possui inúmeros subtipos, como o influenza B, o H1N1 e o H5N1), já os resfriados têm com causa vírus denominados rinovírus ou coronavírus (que não deve ser confundido com o Covid-19 / SarsCov-2, responsável pela pandemia que estamos atravessando).

Em bebês, idosos e pessoas com baixa imunidade, a gripe pode apresentar complicações pulmonares e até cardíacas. Já pessoas com asma, sinusite crônica e outros problemas respiratórios podem ter a condição agravada tanto em decorrência de gripes quanto de resfriados. Os sintomas mais comuns – tanto nas gripes quanto nos resfriados – são: tosse, congestão nasal, coriza, dor de cabeça e dor de garganta. A gripe pode provocar, ainda dores no corpo.

MITOS E VERDADES SOBRE A GRIPE

 

Aumentar a ingestão de vitamina C ajuda a prevenir a gripe

MITO. Não há estudos que comprovem essa teoria. No entanto, é sabido que uma alimentação rica em vitaminas e minerais (aliada a outros hábitos de vida saudáveis) ajuda o sistema imunológico. Assim, o organismo fica mais resistente à infecções. Por isso, inclua, sim, vegetais ricos em vitamina C, como frutas cítricas, morangos e brócolis no cardápio.

Remédios para gripe ajudam a aliviar os sintomas, mas não são capazes de eliminar o vírus

VERDADE. Os vírus que provocam gripe são altamente mutáveis, por isso é quase impossível desenvolver um medicamento capaz de combater o vírus antes que o próprio sistema imunológico responda contra o agente invasor. Porém, há inúmeros remédios que ajudam a aliviar os sintomas da gripes, esses, sim, costumam ter bons resultados.

A vacina contra o influenza causa gripe

MITO. Atualmente, há dois tipos de vacinas disponíveis no Brasil e ambas utilizam vírus atenuado ou inativo, ou seja, incapazes de causar infecção. Entretanto, a vacina costuma demorar cerca de duas semanas para fazer efeito em nesse intervalo, é possível que a pessoa que foi vacinada contraia gripe.

Quem se vacina contra influenza está imunizado para sempre

MITO. Além da alta mutabilidade do vírus da gripe, os anticorpos adquiridos com a vacina enfraquecem e diminuem ao longo do tempo. Por isso, é necessário tomar uma nova dose de vacina a cada ano.

É preciso tomar antibióticos para tratar gripe

MITO. O uso de antibióticos é recomendado somente quando houver infecção bacteriana. É importante ressaltar que nenhum antibiótico deve ser tomado sem recomendação médica!

Beber água ajuda a combater o vírus da gripe

VERDADE. Aumentar a ingestão de água ajuda na eliminação de secreções e melhora a expectoração e a tosse, ajudando a elimina os vírus através do catarro.

Resfriado mal curado pode virar gripe

MITO. Como já vimos, o vírus que causa o resfriado não é o mesmo que causa gripe. Porém, não é raro que ocorra uma infecção pelo influenza após um resfriado, e isso acontece devido à baixa imunidade. Vale reforçar que, mesmo sendo uma doença comum, a gripe merece atenção, principalmente durante a pandemia do covid-19. Caso haja sintomas persistentes (após três dias) e febre, busque orientação médica!

Existe idade certa para um bebê começar a falar? Saiba quando é preciso fazer exames de audição em bebês

A primeira palavra de um bebê é um momento muito esperado por pais, mães, avós. “Ele já fala?” é uma frase repetida por amigos e familiares que que, algumas vezes pode até causar ansiedade e preocupação, caso o bebê demore a falar. Na maioria das vezes, essa “demora” é normal, afinal, cada bebê tem seu ritmo de desenvolvimento. Entretanto, há casos em que os pais precisam ficar atentos, pois a ausência, o atraso na fala dos bebês ou a deficiência no falar pode estar relacionada a um problema de audição ou neurológico, ou a outras condições como autismo, deficiências cognitivas ou má formação no aparelho fonador.

A audição é fundamental para a aquisição da linguagem, e esse processo começa ainda no período gestacional. O bebê começa a ouvir sons por volta da 12ª semana de gestação, e a partir da 24ª semana, é capaz responder com movimentos aos estímulos sonoros (principalmente à voz materna). Poucos dias após o nascimento, inicia-se o reconhecimento das vozes e de outros sons, que evolui continuamente até que o bebê comece a balbuciar e, meses depois, a emitir as primeiras palavras.

COMO DEVE SE DAR O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM EM BEBÊS

Como já foi falado, a aquisição da linguagem não é um processo que ocorre da mesma forma em todos os bebês. Há diversos fatores que influenciam um bebê falar mais cedo ou mais tarde. De maneira geral, espera-se que o bebê:

Entre zero e três meses: consiga prestar atenção nos sons, se acalmar com a voz dos pais e pessoas mais próximas e emitir alguns sons;
Entre três e seis meses: emita sons com diferentes entonações, com uma conversa, e imite alguns sons;
Entre seis e doze meses: entenda o significado de palavras curtas e muitas vezes repetidas, como “não” e “tchau”, e comece a falar sílabas, como “mamã” e “papa”;
Entre um ano e um ano e meio: seja capaz de combinar palavras simples;
Entre um ano e meio e dois anos: combine palavras e tenha um vocabulário com cerca de 20 palavras.

POSSÍVEIS CAUSAS DE ATRASO NA FALA DOS BEBÊS

São várias as possíveis causas pelo atraso da fala em bebês. Elas podem ser sensoriais, como problemas auditivos; alterações do neurodesenvolvimento, como deficiência intelectual e autismo; distúrbios específicos de linguagem ou apraxia da fala, que é quando a criança sabe que quer dizer, mas há uma espécie de falha no cérebro, que não a permite programar a sequência de movimentos para produzir sons da fala.

PROBLEMAS AUDITIVOS PODEM CAUSAR ATRASO NA FALA DOS BEBÊS OU ATÉ AUSÊNCIA DE FALA

A audição é fundamental no processo de aquisição da linguagem. Quando a criança não tem esse sentido desenvolvido corretamente acaba perdendo não somente a capacidade de adquirir linguagem como, dependendo da demora em se iniciar o tratamento (ou inadequação do tratamento), pode sofrer déficits cognitivos.

Por isso, o diagnóstico correto e precoce é essencial para que se inicie o tratamento adequado e para que a criança se desenvolva sem prejuízos motores e cognitivos. Uma das maneiras de diagnosticar precocemente deficiência auditiva em bebês é pelo “teste da orelhinha”, o teste de emissões otoacústicas, realizado ainda na maternidade, nas primeiras horas após o nascimento. Esse teste é obrigatório, rápido e indolor.

Os distúrbios de audição em bebês e crianças merecem atenção, pois, quando não tratados corretamente, afetam o desenvolvimento educacional, emocional e social dos pequenos, afetando seu bem-estar e qualidade de vida.

QUAL O TRATAMENTO PARA CRIANÇAS COM ATRASO NO DESENVOLVIMENTO DA FALA

Após avaliação e diagnóstico, é possível começar o tratamento, que, obviamente, depende da causa do atraso. Geralmente, a primeira consulta é feita por um médico pediatra, que encaminha o paciente para um otorrinolaringologista ou para um neurologista.

Quando a causa é auditiva, podem ser necessário o uso de aparelhos auditivos ou implante coclear e o tratamento conjunto com fonoaudiólogos, psicopedagogos e psicoterapeutas.

[Leia também: Como funcionam e para que servem os aparelhos auditivos]

Qual a diferença entre gripe e Covid-19?

A pandemia de coronavírus ainda provoca muitas dúvidas e isso se deve por ser um fato recente, pela grande quantidade de informações sem fundamento circulando pela internet e também por não haver, ainda, estudos conclusivos sobre todas as características do vírus e os problemas causados por ele.
Preparamos este pequeno guia para que você possa tirar dúvidas sobre coronavírus e Covid-19 e saiba buscar ajuda se necessário.

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE CORONAVÍRUS E COVID-19 O QUE É CORONAVÍRUS?

Coronavírus é uma grande família de vírus, muitos deles causam doenças em animais e em seres humanos. Nos humanos, são responsáveis por infecções respiratórias, que podem variar de um simples resfriado a doenças graves, como a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e a síndrome respiratória aguda grave (SARS). O coronavírus que tem sido notícia desde o fim do ano passado é o Sars-CoV-2, que causa a Covid-19.

O QUE É COVID-19?

Covid-19 é o nome dado à doença causada pelo novo coronavírus, o Sars-CoV-2. Trata-se de uma doença infecciosa, que atinge principalmente o sistema respiratório e é altamente contagiosa. O primeiro caso registrado de covid-19 se deu em Wuhan, China, em dezembro de 2019.

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINTOMAS DE COVID-19?

Os sintomas mais comuns são: febre, cansaço e tosse seca. Porém, alguns pacientes relatam dores pelo corpo, congestão nasal, dor de garganta , dor abdominal e diarreia. Em geral, os sintomas surgem gradualmente, em até 14 dias após a contaminação. No entanto, há muitos casos assintomáticos (pessoas contaminadas que não apresentam sintomas). A maioria das pessoas contaminadas pelo coronavírus se recupera da doença sem precisar de tratamento especial, mas idosos e pessoas com comorbidades com pressão alta, problemas cardíacos ou diabetes, têm alta probabilidade de desenvolver a forma mais grave da covid-19.

QUAIS AS SEMELHANÇAS E AS DIFERENÇAS ENTRE GRIPE E COVID-19?

A gripe é provocada por vírus do gênero Influenza. O Influenza é dividido em subtipos, por exemplo, o H1N1 é do tipo A, e o Yamagata, do tipo B. Já a covid-19 é causada por um tipo de coronavírus. Tanto a gripe quanto a covid-19 são transmitidas por saliva ou muco infectados, principalmente por tosse e espirro ou pelo contato da mão contaminada com olhos, boca ou nariz. O período de incubação da gripe é de cerca de cinco dias, enquanto o da Covid-19 pode chegar a 14 dias.

Outra grande diferença entre os vírus é a taxa básica de reprodução / contágio: o coronavírus é mais contagioso e alguns estudos indicam que exige, no mínimo, 65 vezes mais hospitalizações.

É POSSÍVEL CONTRAIR A COVID-19 EM CONTATO COM UMA PESSOA QUE NÃO APRESENTA NENHUM SINTOMA?

Sim. Embora o risco seja mais baixo, ele não deve ser descartado. Como não sabemos quem está infectado, o distanciamento e o isolamento social são indicados.

QUEM CORRE MAIOR RISCO DE DESENVOLVER DOENÇA GRAVE POR CAUSA DE CONTAMINAÇÃO PELO CORONAVÍRUS?

Por ser um problema muito recente, médicos e pesquisadores da área da saúde ainda estão aprendendo sobre o coronavírus, mas já se sabe que o número de óbitos é maior entre pessoas acima de 60 anos e/ou com condições médicas pré-existentes (pressão alta, cardiopatias ou diabetes). No entanto, todos devem ter cuidado!

JÁ EXISTE UMA VACINA, MEDICAMENTO OU TRATAMENTO PARA A COVID-19?

Ainda não há vacina nem medicamento antiviral para prevenir ou tratar a Covid-2019. Vários estudos estão sendo desenvolvidos com resultados promissores e esperam-se para breve notícias positivas tanto para vacinas quanto para
medicamentos que possam ser utilizados no controle desta doença. Mas as pessoas doentes podem receber tratamentos médicos para alívio dos sintomas. Os casos mais graves são tratados em ambiente hospitalar.

DEVO USAR UMA MÁSCARA PARA ME PROTEGER DO COVID-19?

Em abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um guia recomendando a utilização de máscaras por pessoas com ou sem sintomas de covid-19. A organização determinou que todas as pessoas que precisem sair de casa, seja em lugares abertos ou, principalmente, fechados, utilizem máscara de proteção cobrindo totalmente a boca e nariz e bem alinhada ao rosto, sem deixar espaço entre o tecido e a pele.

FUMANTES CORREM MAIOR RISCO DE INFECÇÃO PELO CORONAVÍRUS?

Sim. O tabagismo causa danos aos pulmões, aumentando o risco de desenvolvimento da forma mais grave da Covid-19.

COMO SE PROTEGER E EVITAR A PROPAGAÇÃO DO CORONAVÍRUS?

– Lavar bem as mãos e com frequência, usando água e sabão;
– Higienizar as mãos com álcool em gel ou álcool 70% quando não puder lavá-las;
– Manter distância mínima (um metro e meio) de outras pessoas, mesmo quando estiver de máscara;
– Evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca;
– Não compartilhar utensílios;
– Sair de casa somente quando for necessário;
– Buscar orientações nos órgãos de saúde;
– Não compartilhar notícias sem embasamento científico ou fake news.

Em casos de suspeita de covid-19, moradores de Florianópolis devem buscar orientações no Alô Saúde Floripa, serviço disponibilizado pela secretaria de saúde do município, disponível 24 horas, todos os dias, pelo telefone 0800-333-3233, pelo aplicativo ou por chat no site.

Otoplastia: Tudo que você precisa saber sobre cirurgia para corrigir “orelhas de abano”

Talvez você desconheça o termo “otoplastia”, mas certamente já ouviu falar em cirurgia para corrigir “orelhas de abano”. Pois, otoplastia é o termo usado para a cirurgia nas orelhas. Além de indicada para pessoas com orelhas proeminentes (de abano), a otoplastia pode tratar demais problemas, como ausência congênita de orelhas, orelhas constritas, outras malformações ou sequelas de traumas.

INDICAÇÕES DA OTOPLASTIA

A cirurgia de correção de orelha é indicada em casos de assimetria na forma, no tamanho e/ou na angulação; malformações congênitas; ou deformidades pós-traumáticas. O foco é tanto estético quanto funcional, e o cirurgião preza pela a forma das orelhas, pelo volume e pela posição, de modo que harmonize com o rosto do paciente. No caso das orelhas proeminentes, elas são classificadas de acordo com o grau de angulação de alterações anatômicas da orelha, entre leve, moderado e grave, e a cirurgia pode ser realizada em qualquer grau, dependendo do quanto essa condição incomoda o paciente.

Do mesmo modo, o incômodo do paciente com relação às suas orelhas é o que determina a necessidade de otoplastia para corrigir casos de macrotia (orelhas com tamanho acima do normal). Já nas malformações que possam causar prejuízos funcionais às orelhas externas (cujas funções principais são captar e amplificar os sons), a cirurgia passa a ser recomendada, pois há uma necessidade além da questão estética.

A PARTIR DE QUAL IDADE PODE SER FEITA A CIRURGIA DE CORREÇÃO DAS ORELHAS

Orelhas de abano ou com outra malformação pode provocar episódio bullying, prejudicando a autoestima de crianças e adultos. Geralmente, o bullying começa a acontecer ainda na pré-escola e pode atrapalhar até o rendimento escolar da criança. Como na idade pré-escolar o crescimento das orelhas chega a quase 100% do tamanho final, a otoplastia pode ser realizada a partir dos seis anos.

O cirurgião responsável pela cirurgia saberá dizer, depois de examinar as estruturas das orelhas, se a criança pode se submeter ao procedimento ou se precisa esperar mais um pouco para que o crescimento das orelhas e estabilize. Por mais que seja uma cirurgia estética, a otoplastia tem, também, uma função social, pois age no psicológico do paciente, devolvendo-lhe a autoestima e a qualidade de vida.

COMO É FEITA A OTOPLASTIA

Normalmente, a otoplastia é realizada com o paciente sedado e com anestesia local, e tem duração média de uma hora. A cirurgia deve ser realizada em ambiente hospitalar. O procedimento é realizado por uma incisão atrás da orelha, seguindo a dobra natural da pele. Através desse pequeno corte, é feita a retirada do excesso de pele e o ligamento da cartilagem, para que fique mais flexível. Dependendo do caso, pode ser necessária a retirada de parte da cartilagem – para diminuir o tamanho da orelha.

A cirurgia é finalizada com pontos de fixação (geralmente, internos e absorvíveis). Os pontos têm a função de manter a nova anatomia da orelha e de fechar o corte.

CUIDADOS PÓS-CIRÚRGICOS

Internação: Regra geral, o paciente permanece entre oito e doze horas em observação após a cirurgia.

Curativos: Costuma-se cobrir a incisão com curativos feitos com pomadacicatrizante e gaze. O curativo deve ser retirado (no consultório, pelo médico) entre 24 ae48 horas após a cirurgia. Caso seja necessário, o médico pode recomendar ao paciente ou responsável, a manutenção do curativo. Nos casos de correção de orelha de abano, o paciente deverá usar uma faixa de tecido compressiva específica por um mês. A faixa deve ser retirada apenas para o banho.

Dor: As queixas de dor no pós-operatório da otoplastia são raras. Caso ocorra, o médico deve ser avisado. Normalmente, a dor passa com o uso de analgésico prescrito pelo médico.

Retorno às atividades normais e exercícios físicos

Em crianças, é recomendado aguardar uma semana para voltarem à escola. Já os adultos podem voltar às atividades dois dias após a cirurgia, sempre com o cuidado de proteger o local operado. O uso de óculos pode ser feito por cima do curativo, desde que a haste não aperte de mais a região.

Retorno ao consultório médico

O primeiro retorno é em 24 a 48 horas, para remoção do curativo e avaliação médica, e então serão combinados os próximos retornos.

Ronco e apneia do sono têm tratamento! Consulte os especialistas do Centro Otorrinolaringológico de Florianópolis e ganhe qualidade de vida

De acordo com um estudo realizado no Laboratório do Sono da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 76% dos brasileiros têm ao menos uma queixa com relação à qualidade do sono. Entre os problemas mais comuns estão o ronco e a apneia obstrutiva do sono. Embora o senso comum associe o ronco a um sono pesado (e bom), ele é um dos sintomas da apneia do sono.

Segundo a Associação Brasileira do Sono, quatro em cada dez pessoas acima dos 40 anos ronca regularmente. Já entre as pessoas com mais de 60 anos, o número é de seis em cada dez. pessoas roncam. Após os 60 anos, esse número aumenta para seis em cada dez pessoas. Entre 70% e 90% das pessoas que sofrem com apneia obstrutiva do sono, o ronco é um dos sintomas mais presentes.

AFINAL, O QUE É O RONCO?

O ronco é provocado pela vibração das vias aéreas superiores (palato e garganta). O barulho (que pode ser de diversos tipos) acontece em razão da dificuldade da passagem de ar nas vias aéreas durante o sono. Isso afeta a qualidade da respiração, podendo causar apneia obstrutiva e, por consequência, do sono.

E O QUE É APNEIA DO SONO?

Apneia obstrutiva do sono é quando há interrupção da respiração por conta do bloqueio das vias aéreas superiores. A obstrução pode ocorrer por diversos motivos, como falta / fadiga de tônus muscular da região da faringe e da laringe, excesso de tecido na língua, amigdala aumentada, adenoide, doenças respiratórias pré-existentes (como sinusite e rinite), formato do palato ou, ainda, disfunção da mandíbula.

QUAIS OS PERIGOS DO RONCO E DA APNEIA DO SONO À SAÚDE?

A apneia do sono pode causar inúmeros episódios de despertares noturnos, pois o organismo compensa o bloqueio do oxigênio com descargas de adrenalina. A interrupção do sono prejudica funções cognitivas, como a memória e a capacidade de manter a atenção. Despertar durante o sono, mesmo que rapidamente – muitas vezes, quem sofre de apneia obstrutiva nem percebe que acordou tantas vezes em uma madrugada – atrapalha o rendimento nos estudos e no trabalho, e aumenta o risco de desenvolver transtorno de ansiedade e depressão.

Quando os episódios de apneia são mais intensos (alguns podem ultrapassar dez segundos), pode haver a redução do fluxo de oxigênio para o coração e para o cérebro, aumentando a pressão arterial e pulmonar. Isso eleva as chances de desenvolver processos inflamatórios e aumenta o risco de infarto e de acidente vascular cerebral (AVC).

COMO TRATAR O RONCO E A APNEIA DO SONO?

Atualmente, há diversos tratamentos capazes de reduzir o roncos e a apneia do sono, que variam de acordo com a causa do problema. A apneia é classificada em leve (entre 5 e 15 interrupções por noite), moderada (de 15 a 30 interrupções) ou severo (acima de 30 interrupções por noite), e orientar a escolha do tratamento mais adequado é fundamental.

O acompanhamento médico e a realização de exames, para que o especialista possa determinar qual o tratamento adequado é a atitude mais correta.

Métodos comportamentais

Alguns tratamentos têm como foco a mudança de hábitos que causam flacidez na musculatura na região da laringe, como a ingestão de bebidas alcoólicas e o tabagismo. O sobrepeso e a obesidade também são causas comuns do ronco e da apneia do sono, assim, a diminuição da ingestão calórica e a prática de exercícios físicos ajudam a reduzir e até acabar com o problema.

Tratamento de doenças pré-existentes

Quando a causa do ronco e da apneia for uma doença pré-existente, como rinite, adenoide, sinusite e hipotireoidismo, é preciso tratá-las. Em alguns casos, uma cirurgia pode ser necessária para resolver ou minimizar o problema.

Dispositivos orais

Aparelhos dentários e outros dispositivos, como o CPAP – uma espécie de máscara nasal que funciona como um respirador, enviando o ar sob pressão para o nariz do paciente podem ser necessários.

Para que servem e como funcionam os aparelhos auditivos?

Aparelhos auditivos são dispositivos eletrônicos utilizados dentro ou atrás da orelha. Eles têm a função de emitir sons mais altos para que pessoas com perda auditiva possam ouvir, se comunicarem e participarem ativamente de atividades cotidianas. Popularmente chamados de “aparelhos para surdez”, esses dispositivos possuem – atualmente – tecnologia que permite amplificar sons de fala ao mesmo tempo em que filtram ruídos do ambiente, tornando a comunicação mais clara.

PARA QUE SERVEM OS APARELHOS AUDITIVOS?

Os aparelhos auditivos melhoram a qualidade de audição de pacientes com perda auditiva. Consequentemente, trazem mais autonomia, melhoram a saúde, promovem a socialização e dão mais qualidade de vida a pessoas com problemas de audição.

QUEM DEVE USAR APARELHO AUDITIVO?

Os aparelhos auditivos devem ser indicados por um médico otorrinolaringologista para pacientes com perda auditiva, seja ela por desgaste do sistema auditivo ou por alguma doença (congênita ou adquirida) que dificulte a audição. Entre esses problemas, os mais comuns são: sequelas de otite crônica; alterações estruturais causadas por doenças ou traumatismos; danos causados às células dos ouvidos por excesso de ruídos; degeneração celular em função da idade (presbiacusia); tumores.

Qualquer perda auditiva deve ser avaliada pelo otorrinolaringologista. O médico, com auxílio de exames, é capaz de avaliar o tipo de surdez e indicar ou não o uso e aparelho auditivo e qual tipo. Há casos em que é necessário o uso de algum medicamento e, ainda, casos em que seja preciso realizar intervenção cirúrgica. Em caso de surdez severa (neurossensorial ou quando não há melhora com o uso de aparelho auditivo), o otorrino pode recomendar um implante coclear – dispositivo que estimula diretamente o nervo auditivo através de eletrodos que transportam os sinais elétricos até o cérebro.

TIPOS MAIS COMUNS DE APARELHOS AUDITIVOS E SUAS INDICAÇÕES

Há diferentes tipos de aparelho auditivo, e eles evoluem constantemente, acompanhando as transformações tecnológicas. Isso torna esses equipamentos mais eficientes e confortáveis, fazendo com que os deficientes auditivos sintam os sons de forma mais natural e nítidos. Atualmente, há diversos modelos de aparelhos auditivos disponíveis, cada modelo atende a necessidades específicas, que variam de acordo com o grau de perda auditiva e o estilo de vida do paciente.

COMO FUNCIONAM OS APARELHOS AUDITIVOS

Os aparelhos auditivos são compostos, basicamente, por três partes: microfone, amplificador e receptor. O som externo é captado pelo microfone, que transforma esse som em sinais elétricos e os envia ao amplificador. O amplificador tem a função de aumentar a potência dos sinais e enviá-los ao ouvido através do receptor. Os modelos atuais proporcionam audição mais nítida e clara, captam a direção do som; diferenciam os sons da fala e dos ruídos; distinguem um ruído contínuo de repentinos; focam o som automaticamente; reduzem sons que possam causar desconforto.

Comunicado Importante nº3 – Covid-19

Prezados médicos, colaboradores e clientes,

Considerando o DECRETO N. 21.444, DE 12 DE ABRIL DE 2020 – QUE PRORROGA AS MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO À COVID-19, ALTERA O DECRETO N. 21.340, DE 2020, SUSPENDE OS EFEITOS DO DECRETO N. 12.374, DE 2013,

O Centro Otorrinolaringológico Florianópolis – COF, CNPJ n° 05.164.542/0001-13, no uso de suas atribuições e por meio de sua diretoria, COMUNICA que:

1 – Os atendimentos do COF permanecerão suspensos por período indeterminado, ressaltando que a equipe administrativa, jurídica e de médicos especialistas, estão analisando diariamente as decisões dos Poderes Públicos Estaduais, Municipais e Federais, a fim de retomar as atividades com segurança;

2 – As nossas telefonistas, juntamente com as recepcionistas, farão os contatos necessários com pacientes e reagendando para datas posteriores;

3 – Colocamos à disposição de nossos clientes um canal de atendimento pelo e-mail [email protected], para dúvidas, solicitações de reagendamento e retorno, após a retomada das atividades;

4 – Reafirmamos nosso compromisso com pacientes e população em geral, cumprindo com as determinações das autoridades locais, podendo ocorrer a retomada das atividades a qualquer momento, oportunidade em que todos serão avisados por meio das redes sociais e ferramentas disponíveis.

Florianópolis, 15 de Abril de 2020.

Emissão otoacústica: Como e quando realizar o “teste da orelhinha”?

Quando um bebê nasce, há uma série de exames e procedimentos que devem ser feitos nas primeiras horas (ou dias) de vida. Muitos desses testes são obrigatórios, e a realização deles é fundamental para avaliar a saúde geral do bebê e detectar possíveis problemas congênitos, que devem ser tratados o quanto antes, para que se alcancem resultados mais consistentes. Os principais testes realizados em recém-nascidos são:

– Teste do pezinho, capaz de detectar seis doenças, como anemia falciforme e fibrose cística, entre outras;
– Teste do olhinho, que avalia a saúde do globo ocular, do fundo de olho e do nervo óptico;
– Tipagem sanguínea;
– Teste do coraçãozinho, que identifica o nível de oxigênio no sangue e a existência de doenças cardíacas;
– Teste do quadril, que detecta possível encurtamento de membros;
– Teste da linguinha, realizado por um fonoaudiólogo, responsável por avaliar alterações funcionais na língua, que possam prejudicar a fala, a mastigação e a amamentação;
– Teste da orelhinha, o qual, basicamente, detecta problemas auditivos.

TESTE DA ORELHINHA: QUANDO DEVE SER FEITO?

O teste da orelhinha ou exame de emissão otoacústica deve ser realizado no segundo ou terceiro dia de vida do recém-nascido, na maternidade, ou até o terceiro mês, em bebês nascidos fora de um hospital / maternidade, e tem como função avaliar a integridade auditiva em bebês.

Em adultos, o exame de emissão otoacústica pode ser solicitado para pesquisar as condições de funcionamento da orelha interna em paciente com queixas relacionadas à audição, como dor, zumbido, irritação e hipoacusia (perda parcial ou total da audição).

COMO É FEITO O TESTE DA ORELHINHA?

Emissões otoacústicas (EOAs) são sons gerados dentro da cóclea normal, espontaneamente ou em resposta à estimulação acústica. Há dois fenômenos básicos de EOAs, as emissões otacústicas espontâneas; e as emissões otoacústicas evocadas, esta última são as provocadas durante a realização do exame.

As emissões otoacústicas evocadas são uma resposta a um estímulo acústico e depende de propriedades ativas da cóclea. Essas emissões constituem um índice muito sensível da integridade do mecanismo auditivo, uma vez que a resposta desaparece quando existe qualquer anomalia funcional significativa no ouvido interno ou médio.

Esse eco, ou EOA, pode ser captado por um microfone acoplado a uma sonda colocado no conduto auditivo externo. As EOA avaliam a integridade coclear. Ou seja: o médico ou fonoaudiólogo coloca um aparelho de emissões otoacústicas evocadas próximo à orelha do bebê. Esse aparelho produz estímulos sonoros bastante leves e mede o retorno dos estímulos. Desse modo, é possível avaliar as estruturas do ouvido interno. O exame é indolor e deve ser feito enquanto o bebê está dormindo.

PRINCIPAIS CAUSAS DE PROBLEMAS AUDITIVOS EM BEBÊS

Caso o teste da orelhinha detecte algum problema, há indicação de exames complementares, que devem ser realizados para avaliar a gravidade desse problema. A incidência de problemas auditivos em bebês é de seis casos para mil nascidos vivos, de acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde da Atenção Primária à Saúde (BVS APS).

As causas dos problemas auditivos em bebês são malformações congênitas, doenças genéticas e doenças infecciosas das gestantes (durante a gravidez), como rubéola e toxoplasmose).

IMPORTÂNCIA DO TESTE DA ORELHINHA

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 288 milhões de pessoas sofrem com perdas auditivas de grau moderado a profundo, dessas, 80% vivem em países em desenvolvimento. Ainda de acordo com a OMS, metade desses casos poderia ser prevenida e seus efeitos minimizados se a intervenção fosse iniciada precocemente, pois são raros os casos que não têm tratamento.

Por isso, é fundamental detectar precocemente quaisquer má formações ou doenças no sistema auditivo, isso permite que a criança seja tratada corretamente e tenha o acompanhamento de médico e fonoaudiólogo, minimizando os danos ao desenvolvimento psicomotor e à aquisição da fala.