O que você precisa saber sobre o coronavírus: sintomas, transmissão e prevenção

Uma nova ameaça à saúde humana ganhou destaque nos noticiários nos últimos dias. O número crescente de pessoas infectadas com o coronavírus, que, em poucas semanas, matou mais de 300 pessoas na Ásia e vem gerando medo nos quatro cantos do planeta. Mas, afinal, o que é coronavírus e quais cuidados devem ser tomados para que não vire uma epidemia mundial?

O correto é falar no plural, já que não há um único tipo de coronavírus. Os coronavírus (CoV) são parte de uma grande família viral descoberta na década de 1960 e causam infecções nas vias respiratórias, apresentando sintomas semelhantes aos de um resfriado. Ao longo das últimas duas décadas, alguns tipos de coronavírus, como o SARS-CoV, que causa uma grave síndrome respiratória e levou a óbito quase 1.000 pessoas entre os anos 2002 e 2003. Ele foi controlado no ano seguinte, a ponto de não haver mais notificações de infecção por essa variedade.

O coronavírus que vem assustando o mundo desde dezembro de 2019 é chamado de 2019-nCoV. Ainda não existem estudos definitivos a respeito do que motivou o surto. Acredita-se que o primeiro contágio aconteceu entre outros animais e seres humanos. Há quem fale que a contaminação se deu por morcegos. Porém, há fortes indícios de que possa ter sido causada por frutos do mar.  Os primeiros casos foram notificados na de Wuhan, capital da província de Hubei, na China, país onde o coronavírus 2019-nCoV fez, até o momento, praticamente 100% das vítimas. 

No entanto, a contaminação entre pessoas tem acontecido de forma bastante rápida. Afinal, o vírus tem como característica se disseminar pelo ar. A Ásia é o continente com maior índice de casos confirmados, mas até o dia 2 de fevereiro de 2020, havia 11 casos confirmados na América do Norte (EUA e Canadá), e cerca de 20 na Europa. No Brasil, 16 pacientes estão sendo monitorados com suspeita de infecção, mas nenhum caso foi confirmado. Por isso, não há razão para pânico no país.

 

QUAIS OS SINTOMAS DA INFECÇÃO POR CORONAVÍRUS?

As manifestações clínicas costumam aparecer entre dois e 12 dias após a contaminação. Elas envolvem principalmente tosse, febre e falta de ar. Idosos e pessoas com doenças cardiopulmonares podem apresentar pneumonia.

 

COMO OCORRE A TRANSMISSÃO DO CORONAVÍRUS 2019-nCoV?

O período de transmissibilidade dura enquanto persistirem os sintomas, e a contaminação entre humanos acontece pelas vias respiratórias, do mesmo modo que gripes e resfriados.

 

COMO PREVENIR E TRATAR INFECÇÕES POR CORONAVÍRUS?

Por ser um tipo muito recente de mutação, ainda não há vacina que previna a infecção pelo coronavírus 2019-nCoV. 

Como a transmissão se dá pelo contato, pelas vias respiratórias, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é tomar os mesmos cuidados que se tem para prevenir a propagação do vírus da gripe, por exemplo: 

  • Lavar as mãos com água e sabão frequentemente, principalmente depois de ir ao banheiro; antes de comer; e depois de assoar o nariz, tossir ou espirrar;
  • Caso não haja disponibilidade de água e sabão, utilizar álcool (mínimo de 60%);
  • Evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca;
  • Usar um lenço de papel descartável ao tossir ou espirrar e descartá-lo imediatamente em uma lixeira;
  • Evitar lugares fechados e/ou com aglomeração de pessoas;
  • Desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência usando produto de limpeza doméstico e pano descartável;
  • Não compartilhar utensílios como copos, talheres e toalhas.

 

Ainda não existe um tratamento antiviral específico para tratar infecção por 2019-nCoV. As pessoas infectadas vêm recebendo cuidados de suporte que ajudam a aliviar os sintomas. Pacientes em estado grave são tratados de modo a preservar as funções vitais dos órgãos.

Qualquer pessoa que possa ter tido contato com alguém contaminado – principalmente em voos internacionais – deve buscar ajuda médica imediatamente caso apresente os sintomas listados anteriormente.

Rinosseptoplastia: O que é e para que serve essa cirurgia?

A rinosseptoplastia é um procedimento que une técnicas de rinoplastia (correção estética do nariz) com técnicas cirúrgicas para a correção da obstrução nasal. Por isso, é indicada tanto para quem não está satisfeito com o aspecto do seu nariz quanto para quem sofre com a sensação constante de nariz entupido, causada entre outros fatores pelo desvio de septo.

 Antes de responder às principais questões a respeito da rinosseptoplastia, é preciso esclarecer o que é desvio de septo.

[Leia mais: Dor de ouvido no avião: como prevenir?]

 

O QUE É DESVIO DE SEPTO?

O septo nasal é uma “parede” formada por osso, cartilagem e mucosa que divide o nariz em duas partes, chamadas fossas nasais. Em algumas pessoas, essa estrutura não é reta, podendo interferir na respiração – bloqueando parcial ou totalmente a passagem do ar por uma das narinas.

Esse problema pode ser congênito, surgir na infância (durante o desenvolvimento dos ossos da face), ser resultado de um processo inflamatório, infeccioso ou alérgico ou, ainda, causado por acidente.

É comum as pessoas chegarem à idade adulta sem saberem que têm desvio de septo, pois se acostumaram respirar mal e/ou a utilizar a respiração bucal para compensar a obstrução.

 

QUAIS AS INDICAÇÕES DA RINOSSEPTOPLASTIA?

Como já foi dito, a rinosseptoplastia é uma intervenção que une técnicas cirúrgicas para corrigir a obstrução nasal e harmonizar esteticamente o nariz. Desse modo, ela é indicada para pessoas com obstrução nasal e que desejam aproveitar  o procedimento para melhorar a estética nasal.

Traz como vantagens unir os procedimentos em uma só internação, uma só anestesia e um período só de recuperação além de diminuição de custos.

É importante ressaltar que, como toda intervenção cirúrgica, a rinosseptoplastia deve ser indicada e realizada por um médico especialista – nesse caso, um otorrinolaringologista. 

 

QUAIS OS CUIDADOS COM O PRÉ-OPERATÓRIO? 

No pré-operatório da rinosseptoplastia, o médico deve avaliar a necessidade de solicitar alguns exames como tomografia da face – para analisar as estruturas internas -, exame de sangue e eletrocardiograma , em casos de pacientes com histórico familiar de doenças cardíacas. Nesse momento, é realizada, também, a consulta com um anestesista, que informa ao paciente sobre a necessidade ou não de jejum e dá as orientações necessárias para cada indivíduo.

 

COMO É A CIRURGIA?

Há dois tipos de rinosseptoplastia: aberta ou fechada. No primeiro tipo, é feita uma incisão na pele, para que o médico possa visualizar melhor a área que será operada. A cirurgia aberta é indicada para casos mais complexos e a cicatriz é praticamente imperceptível. Já no tipo fechado, não há incisões externas e o acesso é realizado pela  procedimento é realizado pela parte interna do nariz. 

Em ambos os casos, o primeiro passo é fazer a correção do desvio de septo e outras causas de obstrução para, em seguida, partir para o procedimento estético.  

 

CUIDADOS NO PÓS-OPERATÓRIO

Com as técnicas cada vez menos invasivas o pós-operatório de uma rinosseptoplastia passou a ser muito tranquilo.

Com a videocirurgia e equipamentos como o LASER, não há a necessidade de tamponamento nasal.

Não há dor no local. 

Após alguns dias ocorre leve sensação de obstrução nasal que melhora com a primeira visita ao cirurgião.

Leves hematomas em torno do nariz podem ocorrer.

Durante alguns dias, o paciente deve usar um curativo externo para estabilizar as estruturas e proteger contra traumas, no entanto, o tamponamento interno não é mais utilizado.

Normalmente não há necessidade de pernoitar no hospital, sendo a alta realizada ao final do dia.

Videolaringoscopia: O que é e quais as indicações desse exame?

A videolaringoscopia é um exame realizado pelo otorrinolaringologista, em consultório. É utilizado para visualizar regiões da cavidade oral, orofaringe, hipofaringe e laringe. 

 

INDICAÇÕES DA VIDEOLARINGOSCOPIA

Entre as indicações clínicas, a videolaringoscopia é usada para auxiliar no diagnóstico de lesões orgânicas ou funcionais da cavidade oral, orofaringe, hipofaringe e laringe, especialmente, das cordas vocais, em casos de:

 

– Rouquidão, disfonia (alterações na voz) ou afonia por longo período;

– Tosse crônica;

– Tosse com sangue;

– Disfagia (dificuldade para engolir);

– Doença do refluxo gastroesofágico;

– Sensação de glóbus faríngeo (desconforto na garganta);

– Pacientes com histórico de câncer de cabeça ou pescoço;

– Fumantes crônicos; 

– Recém-nascidos que apresentam dificuldades respiratórias.

 

A videolaringoscopia é utilizada para diagnosticar ou acompanhar a evolução de doenças como nódulos ou pólipos nas cordas vocais. Além de laringites crônicas, cistos intracordais, sulcos vocais, edema de Reinke, papilomatose laríngea, paralisias, leucoplasias e neoplasias.

Além da função de exame, a videolaringoscopia pode ser utilizada para realizar intervenções terapêuticas. Entre os casos está a retirada de corpos estranhos e cauterização de lesões.

 

COMO É FEITA A VIDEOLARINGOSCOPIA?

Trata-se de um exame indolor, realizado com a utilização de anestesia local (em spray). Para o paciente, a rotina é de uma consulta comum, pois não exige preparo especial nem restrições às atividades. Ou seja, o paciente pode voltar ao trabalho e outras atividades logo em seguida. Durante o exame, o otorrinolaringologista busca lesões ou outros sinais que possam apontar a existência de doenças na boca, garganta, base da língua e pregas vocais.

O exame é feito com um endoscópio rígido acoplado a um sistema de vídeo. Este capta, amplifica e registra as imagens. O som da voz e a imagem são gravadas em DVD ou em um programa de computador e servem para diagnosticar uma doença. É possível acompanhar sua evolução e para constatar a cura.

Durante todo o procedimento, o paciente fica sentado de maneira confortável. Deve manter a boca aberta de modo que o endoscópio seja corretamente posicionado, e é orientado a respirar normalmente, com calma, e a falar quando for solicitado pelo médico.

Em crianças, é indicada a utilização do nasofibroscópio flexível, feito de material mais confortável para os pequenos e que proporciona a mesma qualidade da voz e das imagens.

Como identificar, diagnosticar e tratar o câncer de laringe  

A laringe é um órgão formado por cartilagens, músculos e membranas que faz parte do sistema respiratório, sendo responsável pela fonação (fala) e por permitir a passagem do ar da faringe para traqueia, impedindo que alimentos e água entrem nas vias aéreas. A laringe é dividida em supraglote, glote e subglote, e o câncer pode ocorrer em qualquer uma das três partes. 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), 60% dos casos de câncer de laringe acometem a glote, e o tipo mais comum (mais de 90% dos pacientes) é o carcinoma de células escamosas. Ainda de acordo com o Inca, a cada ano, são notificados cerca de 7600 novos casos entre mulheres e mais de 1200 casos entre homens. A ocorrência é maior entre 50 e 70 anos.

 

Sintomas do câncer de laringe

O sintoma mais comum – e o primeiro, que geralmente aparece – é a rouquidão (persistente, que dura mais de duas semanas). Além disso, muitos pacientes relatam dor de garganta constante, disfagia (dificuldade para engolir) e sensação de “bola” (como se houvesse um corpo estranho) na garganta. Quando o tumor é na subglote, há também dificuldades para respirar.

 

Como é feito o diagnóstico do câncer de laringe?

Quanto mais cedo se detecta o câncer de laringe, maiores são as chances de o tratamento ser bem sucedido. Por isso, o ideal é que se busque orientação médica assim que os primeiros sintomas surgirem. 

Para o diagnóstico, o médico avalia os sintomas, o histórico pessoal familiar e os hábitos do paciente. Em seguida, são realizados os exames de imagem necessários, como a laringoscopia direta e indireta. De acordo com os resultados, o médico pode solicitar uma biópsia, na qual é retirado um fragmento do tumor para determinar o tipo de lesão (se é maligna ou não), para, então, partir para o tratamento oncológico e funcional.

 

Como é feito o tratamento do câncer de laringe?

O tratamento do câncer de laringe é feito de acordo com o estágio em que a doença se encontra no momento do diagnóstico e a localização do tumor, e pode envolver recursos como quimioterapia, radioterapia e cirurgia.Nos quadros iniciais, as chances de cura são superiores a 90%, de acordo com o Inca.

Para preservar o órgão, em casos mais avançados, o protocolo mais comum é a associação de radioterapia e quimioterapia

 A laringectomia total (retirada da laringe) é indicada somente nos casos mais graves, quando não há resposta satisfatórias aos outros tratamentos.

 

Fatores de riscos e recomendações

Tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas são fatores de risco para o surgimento e desenvolvimento do câncer de laringe. Outros menos frequentes, mas que devem ser considerados, são:

  • Infecção por HPV (papiloma vírus humano);
  • poluição ;
  • Doença do refluxo gastroesofágico;
  • Mau uso da voz 
  • Exposição a substâncias químicas tóxicas (solventes, amianto, fuligem, tintas, agrotóxicos, carvão etc.).

Para reduzir o risco de câncer de laringe, é recomendado que se evite ou reduza a exposição a essas substâncias tóxicas e que se adote uma rotina e hábitos de vida mais saudáveis.

 

Sintomas de diversas doenças, tonturas e enjoos podem ser causados por labirintite

A labirintite atinge cerca de 30% da população mundial. Entre os principais sintomas da labirintite estão tonturas e enjoos, que podem provocar vômitos. Isso atrasa a procura por orientação médica e dificulta o diagnóstico, já que esses sintomas são comuns também a outras doenças além do sistema auditivo, por exemplo: diabetes, hipertensão, reumatismo, infecções intestinais, alterações metabólicas ou hormonais, arterosclerose, traumas, hábitos alimentares inadequados, sedentarismo, estresse, problemas vasculares entre outros.

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Para evitar complicações otológicas e/ou otoneurológicas, é recomendado buscar ajuda de um médico otorrinolaringologista. Principalmente se a tontura e o enjoo forem persistentes e quando vierem acompanhados por zumbido no ouvido, perda auditiva ou sensação de ouvido tampado. Somente após a realização de consulta e exames específicos é possível determinar qual o tratamento mais indicado para cada paciente.

 

Como se dá o equilíbrio do corpo humano?

O ouvido é o órgão responsável pelo equilíbrio do nosso corpo, mais especificamente, uma pequena estrutura dentro da orelha interna, chamada labirinto (ou aparelho vestibular), formado por pelo utrículo, sáculo e pelos canais semicirculares. O utrículo e o sáculo estão localizados acima da cóclea, e têm o aspecto de bolsas cheias de substância gelatinosa, com paredes constituídas por células sensoriais. Sobre essas células existem minúsculos grãos de carbonato de cálcio chamados de otólitos.

 Quando o corpo se movimenta, a força da gravidade atrai os otólitos, que encostam nas células sensoriais e geram impulsos nervosos até cérebro. Com isso, o cérebro consegue determinar qual a posição da cabeça em relação à força gravitacional. E é assim que sabemos em que posição estamos. 

Os canais semicirculares são formados por três regiões dilatadas que se localizam acima do utrículo. Nessas regiões existem células sensoriais ciliadas cobertas por um líquido viscoso. Quando giramos o corpo, o líquido no interior dos canais semicirculares pressiona as células sensoriais ciliadas, gerando estímulos que são enviados ao cérebro.Ao pararmos, o líquido continua o movimento, por inércia, ou seja, as células sensoriais continuam recebendo estímulos mesmo com o corpo parado, mas nossos olhos “sabem” que o corpo não está mais girando. Isso provoca a sensação de tontura.

 Resumidamente, o labirinto é o órgão responsável por mandar para o cérebro os impulsos de deslocamento, e os olhos mostram o modo como o corpo está posicionado. Além disso, a pele, os músculos e as articulações também participam do equilíbrio corporal. Quando as informações (impulsos nervosos) geradas pelo ouvido e pelos olhos se opõem, ocorre a tontura e o enjoo.

Como tratar tonturas e enjoos causados por labirintite

Somente um médico otorinolaringologista pode prescrever o tratamento adequado para labirintite. 

Dependendo da causa do problema, pode ser necessário o uso de medicamentos anti-histamínicos, antieméticos, benzodiazepinas, antibióticos e anti-inflamatórios. A reabilitação vestibular, um método terapêutico para reparar o distúrbio de equilíbrio corporal, pode ser indicado em associação a outros métodos. 

 É possível, ainda mapear as causas das crises de labirintite para evitá-las. Com isso, o médico pode sugerir alteração dos hábitos alimentares e a prática de exercícios físicos. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e a exposição a lugares excessivamente barulhentos também pode ser indicado.