Nariz entupido? Saiba quando a cirurgia é indicada para tratar a congestão nasal

A sensação de nariz entupido é tão comum quanto incômoda. Você, provavelmente, sofre com nariz entupido pelo menos por alguns dias ao ano, e isso acontece porque a congestão nasal é causada por inúmeros fatores, como poeira e mudança de temperatura, e, tende a durar algumas horas, sem grandes complicações. No entanto, há quem conviva com a congestão nasal diariamente ou por longos períodos, e isso causa transtornos de sono, desconforto e prejuízos nas atividades diárias, afetando na qualidade de vida.

Quando o nariz entupido passa a ser um problema frequente, é preciso investigar as causas, a fim de minimizar os efeitos, que podem ser irreversíveis. Por exemplo, crianças com congestão nasal crônica acabam desenvolvendo respiração bucal, que afeta o desenvolvimento da arcada dentária e dos ossos da face.

Quando a congestão nasal durar mais de duas semanas ou vier acompanhada de outros sintomas, como apneia do sono, dor de cabeça constante, dor de garganta, dificuldade para engolir e febre, é necessário buscar atendimento de um médico otorrinolaringologista.

PRINCIPAIS CAUSAS DA CONGESTÃO NASAL

A congestão nasal é causada, principalmente, por processos infecciosos, sejam eles virais ou bacterianos, que geralmente ocorrem em decorrência de resfriado, gripe ou sinusite; ou pela presença de agente irritante, como poeira, mofo ou fumaça. Nesses casos, a condição é passageira, e a respiração volta ao normal após alguns dias.
Os casos persistentes de congestão nasal podem estar relacionados a alergias, rinite alérgica, desvio de septo, pólipos ou tumores. Em crianças, as causas mais comuns de obstrução nasal são: Rinite alérgica e adenóides.

Outras causas:

– Sinusite;
– Síndrome de Churg-Strauss;
– Enxaqueca;
– Clima frio e seco;
– Uso excessivo de descongestionante nasal;
– Desvio de septo;
– Toxicodependência;
– Hipertrofia de adenoides;
– Corpo estranho no nariz;
– Alterações hormonais;
– Uso de alguns medicamentos;
– Alergias;
– Intolerância à lactose;
– Pólipos nasais;
– Rinite não alérgica;
– Asma;
– Estresse;
– Distúrbios da tireoide;
– Granulomatose de Wegener.

QUAIS OS TRATAMENTOS INDICADOS PARA COMBATER A CONGESTÃO NASAL

A congestão nasal não é propriamente uma doença, e, sim, um sintoma. Desse modo, é importante descobrir a causa do problema para tratá-la corretamente. Há inúmeros medicamentos disponíveis para tratar inflamações na mucosa nasal, como anti-histamínicos (antialérgicos), anti-inflamatórios e descongestionantes (em comprimido ou spray de uso local), porém, o uso desses medicamentos deve ser feito conforme orientação médica, para não mascarar outros sintomas nem piorar o problema. Os sprays descongestionantes devem ser utilizados com cautela e nunca sem o conhecimento do seu médico, pois podem causar dependência e agravar o entupimento nasal e a falta de ar. Em alguns casos, o uso indiscriminado de descongestionante nasal pode causar hipertensão, arritmia cardíaca e danos aos pulmões.

EM QUAIS CASOS A CIRURGIA É INDICADA?

O médico otorrinolaringologista deve avaliar cada caso e considerar a cirurgia quando a obstrução nasal for persistente. O exame clínico Otorrinolaringológico e os exames de imagem são importantes tanto para a indicação quanto para o planejamento da cirurgia. O procedimento e o pós-operatório é cada vez mais simples, por conta de técnicas videoendoscópicas e de equipamentos cada vez mais modernos como LASER, Radiofrequência e Argônio.

Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Em caso de dor de garganta persistente ou febre, procure um médico otorrinolaringologista.

Comunicado Importante nº2 – Covid-19

Prezados médicos, colaboradores e clientes,

– Considerando os esforços mundiais para conter a propagação da pandemia causada pelo novo Coronavírus;
– Considerando a orientação da ANS publicada em 17/03/2020 em que consultas, exames ou cirurgias que não se enquadrem em casos de urgência e emergência sejam adiadas;
– Considerando a necessidade de toda população adotar o isolamento social, a fim de manter a segurança e integridade física;
– Considerando que o Decreto 515, de 17-03-2020, do Governo do Estado de Santa Catarina decretando estado de emergência, foi prorrogado até o dia 02 de Abril;
– Considerando, ainda, a Nota 01, de 18/03/2020, do CRM-SC, onde há a orientação para que: ”os profissionais médicos devem ter seus serviços suspensos temporariamente”;

O Centro Otorrinolaringológico Florianópolis – COF, CNPJ n° 05.164.542/0001-13, por meio de sua diretoria, COMUNICA que:

1 – A clínica estará fechada a partir de do dia 19 de março (quinta), até o dia 7 de Abril de 2020 (terça), oportunidade em que será reavaliada a situação de risco e desde que respeitadas as determinações governamentais e institucionais,

2 – Todos os atendimentos estarão suspensos, inclusive os PA’s;

3 – As nossas telefonistas, juntamente com as recepcionistas, farão os contatos necessários com pacientes e reagendando para datas posteriores;

4 – As portas, garagem e portões, ficarão trancados nesse período;

5 – Reafirmamos nosso compromisso com pacientes e população em geral, cumprindo com as determinações das autoridades locais, podendo ocorrer a retomada das atividades a qualquer momento, oportunidade em que todos serão avisados por meio das redes sociais e ferramentas disponíveis.

Florianópolis, 25 de março de 2020.

Como prevenir e tratar doenças típicas do outono e do inverno

A queda das temperaturas – mais acentuadas nas cidades do Sul e do Sudeste brasileiros – traz com ela muitas coisas boas, como o aconchego das cobertas e as deliciosas comidas e bebidas quentes, mas também é responsável pela propagação de doenças de outono e doenças de inverno e que atingem, principalmente, as vias respiratórias. 

Além das temperaturas mais frias, o ar tende a ficar mais seco no outono e no inverno, e, por consequência, mais carregado de partículas de poluição, de pólen e de poeira, que prejudicam o funcionamento do sistema respiratório. Isso, somado ao fato de que permanecemos mais tempo em ambientes fechados (sem a circulação correta do ar) e, muitas vezes, dividimos o espaço com outras pessoas, aumenta as chances de contato com agentes patológicos, do mesmo modo que há maior chance de contágio entre indivíduos.

DOENÇAS TÍPICAS DO OUTONO E DO INVERNO: CAUSAS E PREVENÇÃO

As doenças “oportunistas” do frio são, geralmente, causadas pela combinação de queda de imunidade com maior exposição a agentes poluentes e alérgenos (como fungos e ácaros), e seu surgimento pode ser prevenido com alguns cuidados, como:

  • Evitar exposição a temperaturas muito baixas sem estar corretamente agasalhado;
  • Cuidar com o choque térmico (mudanças bruscas de temperatura), provocado, principalmente, pelo uso de aquecedores;
  • Evitar aglomerações e locais fechados;
  • Abrir as janelas para manter os ambientes arejados;
  • Não ficar em contato com pessoas contaminadas;
  • Lavar as mãos várias vezes durante o dia, principalmente antes das refeições e depois de tossir ou espirrar;
  • Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel descartável e jogá-lo fora após o uso;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal;
  • Higienizar brinquedos das crianças;
  • Não fumar;
  • Evitar a ingestão de bebidas geladas;
  • Manter uma alimentação equilibrada;
  • Manter o organismo bem hidratado.

 

DOENÇAS COMUNS NAS ESTAÇÕES MAIS FRIAS

Resfriado

Os resfriados são bastante comuns, inclusive podendo ocorrer mais algumas vezes durante o inverno – especialmente em pessoas com imunidade baixa. 

Trata-se de uma infecção viral do trato respiratório superior (nariz e garganta). Apresenta sintomas como coriza, dor de garganta, tosse, congestão nasal, dor de cabeça e mal-estar, que tendem a passar em uma semana. 

Gripe

A gripe é causada pelo vírus Influenza, transmitido por secreções das vias respiratórias (ao falar, tossir ou espirrar ou pelo contato com mãos e objetos contaminados). Os sintomas são semelhantes aos de um resfriado, mas com intensidade maior, e os pacientes podem apresentar, ainda, febre alta, dor de cabeça forte, dores nas articulações e musculares. 

A gripe pode ser prevenida por vacina, que é gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para pessoas acima de 60 anos, crianças entre seis meses e cinco anos, indígenas, gestantes, professores da rede pública, funcionários da área da saúde, portadores de doenças crônicas não transmissíveis, pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional. Mas qualquer pessoa pode se vacinar contra a gripe em clínicas e hospitais particulares ou por alguns convênios.

Fique atento ao calendário de vacinação contra gripe deste ano e previna-se!

Rinite e asma brônquica

São problemas bastante comuns desencadeados por reações alérgicas que tendem a piorar nos dias mais frios. Isso acontece porque o contato com agentes alérgenos aumenta no outono e no inverno. Os sintomas mais comuns da rinite são coriza, espirros e coceira intensa no nariz, nos olhos e na garganta. 

Já a asma brônquica causa inflamação nos brônquios, dificultando a passagem do ar para os pulmões e provocando tosse, falta de ar e cansaço excessivo. 

Sinusite

A sinusite é uma inflamação dos seios paranasais e pode ocorrer por infecção bacteriana ou ser causada por um resfriado, gripe ou crise alérgica mal curada. Essa inflamação causa acúmulo de muco, pois impede a drenagem correta da secreção, provocando congestão ou obstrução nasal, dor intensa, pressão e inchaço ao redor dos olhos, corrimento nasal ou na garganta e fortes dores de cabeça e no rosto.

Quando não tratada corretamente, a sinusite pode se tornar crônica, exigindo maiores cuidados. 

Otite 

É bastante comum em crianças. Trata-se de uma infecção no ouvido causada por uma bactéria ou vírus. Em geral, a otite acontece juntamente ou em decorrência de uma gripe ou resfriado. Além de causar dor de ouvido (que se intensifica ao deitar), a otite pode provocar perda de equilíbrio, febre, presença de secreção e perda parcial da audição. 

É importante ressaltar a necessidade de se realizar o tratamento adequadamente, seguindo recomendações médicas, pois uma otite mal curada pode evoluir causando danos irreversíveis, como perda da audição.

Gripes, resfriados e quadros alérgicos costumam ter duração de sete a dez dias. Ao persistirem os sintomas ou se houver agravamento deles, como febre persistente, é fundamental buscar ajuda médica!

 

Comunicado Importante – Covid-19

Prezados médicos, colaboradores e clientes,

– Considerando os esforços mundiais para conter a propagação da pandemia causada pelo novo Coronavírus;
– Considerando a necessidade de toda população adotar o isolamento social, a fim de manter a segurança e integridade física;
– Considerando o Decreto 515, de 17-03-2020, do Governo do Estado de Santa Catarina decretando estado de emergência;
– Considerando a Nota 01, de 18/03/2020, do CRM-SC, onde há a orientação para que: ”os profissionais médicos devem ter seus serviços suspensos temporariamente”;
– Considerando, ainda, a orientação da ANS publicada em 17/03/2020 em que consultas, exames ou cirurgias que não se enquadrem em casos de urgência e emergência sejam adiadas;
O Centro Otorrinolaringológico Florianópolis – COF, CNPJ n° 05.164.542/0001-13, por meio de
sua diretoria, COMUNICA que:

1 – A clínica estará fechada a partir do dia 19 de março (quinta), até o dia 27 de março de 2020 (sexta), oportunidade em que será reavaliada a situação de risco e desde que respeitadas as determinações governamentais e institucionais;
2 – Todos os atendimentos estarão suspensos, inclusive os PA’s;
3 – As nossas telefonistas, juntamente com as recepcionistas, farão os contatos necessários com pacientes e  reagendando para datas posteriores;
4 – As portas, garagem e portões, ficarão trancados nesse período;
5 – Durante os próximos dias, faremos o monitoramento diuturno das condições externas ao COF e decidiremos os próximos passos.

O COF, preocupado com a segurança de todos, roga que permaneçam em segurança, para sua proteção e de seus familiares.

Prevenção é a melhor maneira de combater a Covid-19

Com a pandemia da Covid-19 em ascensão, os cuidados para minimizar o impacto da doença precisam ser redobrados. A alta disseminação do novo coronavírus tem apresentado dados alarmantes e que já atingem todo o globo, inclusive o Brasil. Por isso, com o aumento de casos, a melhor maneira de se prevenir é estar bem informado e evitar ao máximo a aglomeração de pessoas, contato físico e exposição sem necessidade. Saiba mais:

 

QUAIS OS SINTOMAS DA INFECÇÃO POR CORONAVÍRUS?

As manifestações clínicas costumam aparecer entre dois e 12 dias após a contaminação. Elas envolvem principalmente tosse, febre e falta de ar. Idosos e pessoas com doenças cardiopulmonares podem apresentar pneumonia.

 

COMO OCORRE A TRANSMISSÃO DO Covid-19?

O período de transmissibilidade dura enquanto persistirem os sintomas, e a contaminação entre humanos acontece pelas vias respiratórias, do mesmo modo que gripes e resfriados. O contágio se dá através do  contato próximo com alguém infectado, através de gotículas de saliva, espirro, tosse e até mesmo um aperto de mão.

 

COMO PREVENIR E TRATAR INFECÇÕES POR CORONAVÍRUS?

Por ser um tipo muito recente de mutação, ainda não há vacina que previna a infecção pela Covid-19.

Como a transmissão se dá pelo contato, pelas vias respiratórias, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é tomar os mesmos cuidados que se tem para prevenir a propagação do vírus da gripe, por exemplo:

  • Lavar as mãos com água e sabão frequentemente, principalmente depois de ir ao banheiro; antes de comer; e depois de assoar o nariz, tossir ou espirrar;
  • Caso não haja disponibilidade de água e sabão, utilizar álcool (mínimo de 60%);
  • Evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca;
  • Usar um lenço de papel descartável ao tossir ou espirrar e descartá-lo imediatamente em uma lixeira;
  • Evitar lugares fechados e/ou com aglomeração de pessoas;
  • Desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência usando produto de limpeza doméstico e pano descartável;
  • Não compartilhar utensílios como copos, talheres e toalhas.

 

Ainda não existe um tratamento antiviral específico para tratar infecção pela Covid-19. As pessoas infectadas vêm recebendo cuidados e suporte que ajudam a aliviar os sintomas. Pacientes em estado grave são tratados de modo a preservar as funções vitais dos órgãos.

Qualquer pessoa que possa ter tido contato com alguém contaminado – principalmente em voos internacionais – deve buscar ajuda médica imediatamente caso apresente os sintomas listados anteriormente.

Amigdalite: como prevenir, reconhecer os sintomas e tratar

As amígdalas palatinas são gânglios linfáticos existentes na lateral da garganta que têm a função proteger o organismo contra vários germes.

Amigdalite é uma inflamação que causa dor de garganta, pus, mau hálito, febre e inchaço nas amígdalas. A doença afeta especialmente crianças, mas é comum também entre adultos. Crianças e adolescentes são os que mais sofrem com amigdalite porque as amígdalas, por serem praticamente a primeira barreira de proteção do sistema imunológico contra micro-organismos patológicos, acabam sendo mais vulneráveis e suscetíveis a infecções.

A classificação das amigdalites varia quanto à forma de infecção, podendo ser bacterianas, que exigem tratamento à base de antibióticos; ou virais, que são mais comuns e podem ser tratadas com cuidados mais simples. Além desses tipos, a doença de se divide em subtipos quanto à ocorrência: amigdalite crônica, caracterizada por infecções recorrentes (algumas pessoas têm mais de cinco episódios por ano); e amigdalite aguda, que são infecções pontuais, as quais, geralmente, ocorrem no inverno.

PRINCIPAIS SINTOMAS DA AMIGDALITE

– Inchaço e/ou vermelhidão nas amígdalas;
– Presença de placas brancas ou amareladas;
– Dor de garganta;
– Disfagia (dificuldade e dor ao engolir);
– Febre;
– Nódulos linfáticos no pescoço;
– Mau hálito;
– Apneia do sono;
– Cefaleia (Dor de cabeça).

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA AMIGDALITE

Em consultório, o médico otorrinolaringologista considera o histórico, as queixas e avalia clinicamente o paciente em busca de inchaço, placas e nódulos linfáticos. Para auxílio diagnóstico o médico pode solicitar alguns exames, como: teste rápido para detecção do Estreptococo; cultura da secreção da garganta; teste de mononucleose; e contagem de células sanguíneas.

TRATAMENTO DA AMIGDALITE

O tratamento para amigdalite é feito à base de medicamentos anti-inflamatórios (caso seja viral) e antibióticos (caso seja bacteriana) e para o alívio da dor. A remoção cirúrgica das amígdalas pode ser indicada em caso de infecções crônicas ou recorrentes.

Durante o tratamento, é importante:

– Repousar;
– Beber líquidos leves e dar preferência a bebidas mornas;
– Evitar o uso de ar-condicionado ou outros aparelhos que retiram a umidade do ar;
– Lavar as mãos frequentemente;
– Evitar compartilhar talheres, copos ou outros utensílios;
– Manter-se em casa, quando possível, para evitar a propagação do vírus ou da bactéria;
– Substituir a escova de dentes;
– Não tomar remédios (nem pastilhas) sem prescrição médica.

Saiba quais são os problemas causados pela respiração bucal

A respiração é uma das funções que realizamos automaticamente e, na maioria das vezes nem nos damos conta de como fazemos. É normal não pensarmos na respiração, tanto que quase nunca ligamos disfunções respiratórias a problemas como mau hálito e dificuldade de concentração. Mesmo sem se darem conta, pessoas que respiram pela boca tendem a se sentir desconfortáveis e, muitas vezes, têm a sensação de que o ar inspirado nunca é suficiente. Isso ocorre porque a respiração bucal não é natural, ou seja, o caminho que o ar faz para chegar até os pulmões sofre interferência.

Pelo processo natural (nasal), o ar entra pelas narinas, onde é filtrado, aquecido e umidificado. Desse modo, chega em boas condições aos pulmões. Além disso, a respiração nasal faz com que os pulmões se mantenham mais dilatados. Desse modo, a respiração flui, os alvéolos se inflam corretamente com ar inspirado e se esvaziam na expiração, assim, o processo se completa. 

A respiração pela boca acontece quando – por alguma razão – há uma obstrução ou desvio que dificulta ou impede a respiração pelo nariz e, muitas vezes, ela começa ainda na primeira infância sem que os pais percebam e busquem ajuda para tratar essa disfunção. Isso pode acarretar consequências como alterações na face e na arcada dentária, apneia do sono (e má qualidade do sono), maior predisposição a infecções respiratórias. 

Quem tem respiração bucal, geralmente sofre com sensação de boca seca, halitose (mau hálito), ronco, sono intermitente, voz anasalada, tosse seca, pausas durante a alimentação, cansaço frequente, irritabilidade, dificuldade de concentração. Esses sintomas podem ser passageiros – quando a respiração bucal for causada por um quadro de alergia, gripe ou de infecção ou inflamação nas vias respiratórias. Nesses casos, a respiração voltará ao normal depois do tratamento. No entanto, há casos em que a respiração bucal é crônica, e é necessário buscar atendimento de um médico otorrinolaringologista.

 QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS DA RESPIRAÇÃO BUCAL?

Em geral, as pessoas respiram pela boca em função de:

– Rinite alérgica;

– Aumento da adenoide;

– Desvio do septo nasal;

– Sinusite;

– Presença de pólipos nasais;

– Má formação da face.

 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS PESSOAS QUE RESPIRAM PELA BOCA

Alteração no crescimento/ desenvolvimento da face: A respiração bucal provoca alterações adaptativas  no posicionamento da língua e no desenvolvimento do palato ( céu da boca ) e, assim, prejudica o crescimento da cavidade nasal e dos seios paranasais ocasionando mais obstrução nasal ainda e maior predisposição a sinusites.

Cansaço e dificuldade de manter a atenção: A falta de filtragem do ar – feita pelo nariz – prejudica a qualidade do oxigênio inalado e causa obstrução respiratória durante o sono ( apnéias e hipopnéias). Desse modo, há uma redução nas horas dormidas e a qualidade do sono fica comprometida, interferindo nas atividades do dia a dia, principalmente as que requerem concentração. 

Alterações na dentição: Quem respira pela boca sofre alterações ortodônticas adaptativas como palato alto ( ogival) e mordida aberta. Estas alterações são mais facilmente  corrigidas pelo ortodontista quando a obstrução nasal já foi corrigida pelo Otorrinolaringologista.

Problemas de coluna causados pela má postura: Pessoas com respiração bucal tendem a projetar a cabeça para frente, para facilitar a passagem do ar pela traqueia. Com isso, acabam desenvolvendo problemas como cifose na cervical e outras alterações na coluna e nos ombros. 

 QUANDO BUSCAR AJUDA MÉDICA?

É importante que os pais busquem orientação médica assim que perceberem que seu filho respira pela boca. O mesmo vale para pessoas adultas. 

Quando o tratamento é realizado na infância, as chances de sucesso são bastante grandes. Com o passar dos anos, no entanto, alguns problemas causados pela respiração bucal podem se tornar irreversíveis. Mesmo assim, com o acompanhamento médico, é possível minimizar e, em alguns casos, neutralizar totalmente os danos e dar mais qualidade de vida aos pacientes.

 

Carnaval com saúde: não descuide da sua voz e da audição

Milhões de brasileiros se preparam o ano todo para o Carnaval. Seja planejando uma viagem ou escolhendo as fantasias para os blocos e as festas. Porém, é comum que se esqueçam de planejar um Carnaval com saúde. E isso inclui tanto má alimentação e excesso de bebidas alcoólicas quanto a falta de atenção com a saúde da voz e dos ouvidos. Isso coloca em risco o funcionamento do organismo em curto, médio e longo prazo. 

 

Como o Carnaval afeta a audição?

Em festas como as do Carnaval, costuma-se ouvir música em volume muito alto. Um indivíduo exposto de maneira contínua a ruídos acima de 50 decibéis pode ter danos na audição. 70 decibéis são suficientes para produzir efeitos fisiológicos, como a diminuição da resistência imunológica. E, para finalizar, poucos minutos de exposição a 100 decibéis podem ser suficientes para causar surdez irreversível. Para se ter uma noção do risco para a audição no Carnaval: um trio elétrico circula com som até 110 decibéis.

Em clubes ou festas em ambientes fechados, o dano pode ser ainda maior. Afinal, alguns aparelhos de som podem chegar a 120 decibéis. Além dos problemas nos ouvidos, como  zumbido, distúrbio no labirinto e perda auditiva, ruídos muito altos podem causar:

  • Crises de ansiedade

  • Hipertensão

  • Impotência sexual

A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) alerta que “o ouvido humano suporta até 85 decibéis. Exposições acima desse índice já podem acarretar em lesões ao ouvido muitas vezes irreversíveis, levando à perda auditiva”. De acordo com a ABORL-CCF, entre 30 e 35% das perdas de audição registradas no Brasil são causadas por exposição a sons intensos.

 

Carnaval com saúde: cuide da sua voz

Nos dias de festa, é comum as pessoas falarem muito mais alto do que o estão habituadas. Isso, aliado ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, bebidas muito geladas e o tabagismo, torna-se um fator bastante nocivo para a saúde da laringe. Isso pode causar ou piorar lesões nas pregas vocais, como pólipos, calos e nódulos.

Quando o dano é recorrente, aumenta o risco de se desenvolver câncer na laringe. Essa doença, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) , afeta em torno de dez mil brasileiros todos os anos. O Brasil aparece em segundo lugar no ranking mundial da Organização Mundial da Saúde (OMS) entre os países com maior incidência de câncer de laringe.

 

Dicas para cuidar da saúde da voz e da audição durante o Carnaval

Para evitar que a folia acabe em problemas de ouvido e garganta, é importante tomar alguns cuidados, como:

 

– Não fique próximo a trios elétricos ou caixas de som;

– Em ambientes fechados, use um tampão auricular para reduzir o volume do som;

– Procure não gritar em ambientes ruidosos;

– Evite ingerir bebidas ou alimentos extremamente gelados, principalmente se o seu corpo estiver muito quente;

– Não fume;

– Pigarrear e sussurrar podem causar prejuízos às pregas vocais;

– Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas;

– Não consuma balas ou pastilhas com efeito calmante ou anestésico;

– Beba muita água;

– Alimente-se de maneira leve e saudável;

– Evite permanecer em ambientes com ar-condicionado por muito tempo;

– Prefira locais sem muita aglomeração;

– Não se automedique;

– Procure um médico otorrinolaringologista se sintomas como dor de garganta, rouquidão, tosse, pigarro, dificuldade para engolir e cansaço ao falar permanecerem após o Carnaval.