Como identificar, diagnosticar e tratar o câncer de laringe  

A laringe é um órgão formado por cartilagens, músculos e membranas que faz parte do sistema respiratório, sendo responsável pela fonação (fala) e por permitir a passagem do ar da faringe para traqueia, impedindo que alimentos e água entrem nas vias aéreas. A laringe é dividida em supraglote, glote e subglote, e o câncer pode ocorrer em qualquer uma das três partes. 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), 60% dos casos de câncer de laringe acometem a glote, e o tipo mais comum (mais de 90% dos pacientes) é o carcinoma de células escamosas. Ainda de acordo com o Inca, a cada ano, são notificados cerca de 7600 novos casos entre mulheres e mais de 1200 casos entre homens. A ocorrência é maior entre 50 e 70 anos.

 

Sintomas do câncer de laringe

O sintoma mais comum – e o primeiro, que geralmente aparece – é a rouquidão (persistente, que dura mais de duas semanas). Além disso, muitos pacientes relatam dor de garganta constante, disfagia (dificuldade para engolir) e sensação de “bola” (como se houvesse um corpo estranho) na garganta. Quando o tumor é na subglote, há também dificuldades para respirar.

 

Como é feito o diagnóstico do câncer de laringe?

Quanto mais cedo se detecta o câncer de laringe, maiores são as chances de o tratamento ser bem sucedido. Por isso, o ideal é que se busque orientação médica assim que os primeiros sintomas surgirem. 

Para o diagnóstico, o médico avalia os sintomas, o histórico pessoal familiar e os hábitos do paciente. Em seguida, são realizados os exames de imagem necessários, como a laringoscopia direta e indireta. De acordo com os resultados, o médico pode solicitar uma biópsia, na qual é retirado um fragmento do tumor para determinar o tipo de lesão (se é maligna ou não), para, então, partir para o tratamento oncológico e funcional.

 

Como é feito o tratamento do câncer de laringe?

O tratamento do câncer de laringe é feito de acordo com o estágio em que a doença se encontra no momento do diagnóstico e a localização do tumor, e pode envolver recursos como quimioterapia, radioterapia e cirurgia.Nos quadros iniciais, as chances de cura são superiores a 90%, de acordo com o Inca.

Para preservar o órgão, em casos mais avançados, o protocolo mais comum é a associação de radioterapia e quimioterapia

 A laringectomia total (retirada da laringe) é indicada somente nos casos mais graves, quando não há resposta satisfatórias aos outros tratamentos.

 

Fatores de riscos e recomendações

Tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas são fatores de risco para o surgimento e desenvolvimento do câncer de laringe. Outros menos frequentes, mas que devem ser considerados, são:

  • Infecção por HPV (papiloma vírus humano);
  • poluição ;
  • Doença do refluxo gastroesofágico;
  • Mau uso da voz 
  • Exposição a substâncias químicas tóxicas (solventes, amianto, fuligem, tintas, agrotóxicos, carvão etc.).

Para reduzir o risco de câncer de laringe, é recomendado que se evite ou reduza a exposição a essas substâncias tóxicas e que se adote uma rotina e hábitos de vida mais saudáveis.

 

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