Artigos e noticias relacionadas ao ouvido e orelhas

Bonebridge

Implante auditivo de condução óssea: entenda como funciona o Bonebridge

Pessoas com perda auditiva mista, perda auditiva após cirurgia de ouvido médio, malformações, perda auditiva condutiva ou surdez unilateral podem ser beneficiadas pelo Bonebridge. O implante ativo de condução óssea é uma tecnologia austríaca que permite ao paciente voltar a receber as ondas sonoras que são transmitidas diretamente ao ouvido interno, onde são processadas como o som natural.

O implante pode ser colocado em adultos e crianças a partir dos cinco anos. Diferente de outros sistemas, o Bonebridge reduz as chances de irritação na pele, já que ele mantém a pele intacta e fica invisível.

Como funciona o implante de condução óssea

No caso de pessoas com perda auditiva condutiva ou mista, o som não segue o caminho natural do ouvido externo, passando pelo médio até chegar ao interno. Com o implante de condução óssea, as ondas sonoras são transmitidas diretamente do osso do crânio até o ouvido interno, onde o som é processado e o paciente volta a ouvir.

A colocação do implante é feita por meio de cirurgia. O procedimento é considerado minimamente invasivo e dura de 30 minutos a 1 hora. O implante é colocado sob a pele, que é mantida intacta, o que reduz o risco de complicações.

Depois da cirurgia o sistema já começa a funcionar, mas dependendo do caso, o paciente precisa passar por um acompanhamento com fonoaudiólogo para realizar os ajustes necessários na intensidade e volume do som.

Como é o sistema Bonebridge

O Bonebridge é composto por duas unidades distintas: a interna, que é formada por uma antena receptora, imã, demodulador e FTM. Já a externa consiste no processador de fala, microfone e a bateria. Esse sistema é chamado de SAMBA, que é colocado sob o cabelo e faz a conexão com a unidade interna.

A tecnologia foi desenvolvida para que o processador de áudio seja o mais fino possível, consequentemente, torna-se confortável durante o uso.

Entre outros benefícios do implante ainda está a possibilidade de atualização do processador, mesmo após a sua colocação. Isso garante que o sistema estará sempre funcionando conforme as tecnologias mais recentes lançadas.

Bonebridge
Quedas em idosos

Quedas em idosos: a relação com a falta de equilíbrio

A expectativa de vida dos brasileiros está em 76 anos, conforme pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística) divulgada em julho de 2018. O crescimento da população idosa reflete no aumento de problemas de saúde entre as pessoas dessa faixa etária. Hoje vamos falar sobre uma situação comum entre os mais velhos: a falta de equilíbrio. Mais do que trazer o desconforto, estar com o equilíbrio comprometido pode influenciar diretamente em casos mais sérios, como as quedas, que muitas vezes causam fraturas graves. Dependendo da situação, fraturas podem comprometer de forma permanente a saúde do idoso e até o seu convívio social.

 

 

Por que perdemos o equilíbrio quando ficamos mais velhos?

Apesar de não ser uma exclusividade dos idosos, a perda do equilíbrio aparece com mais destaque nessa população. Isso acontece porque há uma atrofia neurológica quando envelhecemos e isso vai, aos poucos, reduzindo nossa sensibilidade e a percepção do equilíbrio.

Essas alterações são bastante comuns e aparecem com frequência nos consultórios de otorrinolaringologia. Entre os sintomas relatados para a falta de equilíbrio são: tontura e vertigem que podem, ou não, estarem associados à náusea e vômito. Apesar de muitas vezes esses sintomas serem confundidos, é importante lembrar que:

Tontura: caracteriza-se por uma sensação rotatória

Vertigem: é caracterizada por uma sensação de queda iminente

Por isso é importante que a pessoa – independente da idade – preste atenção a esses sintomas e busque ajuda médica.

 

Como tratar a perda de equilíbrio?

É possível trabalhar o equilíbrio em pacientes idosos não patológicos e oferecer uma melhoria na qualidade de vida dessas pessoas. São tratamentos modernos que unem uma equipe multidisciplinar com médicos otorrinolaringologistas e fisioterapeutas.

“Utilizamos imagens virtuais para a melhora da marcha dos pacientes. Aliado aos exercícios de reabilitação conseguimos resultados fantásticos. Muitas vezes é possível até retirar o apoio do paciente para que ele volte a caminhar com segurança”, pontua o médico otorrinolaringologista do COF Florianópolis, Henrique Zuccalmaglio.

Outra vantagem dos tratamentos mais modernos para a perda de equilíbrio é o uso cada vez menor de medicamentos. “Muitas vezes conseguimos administrar os medicamentos somente nos momentos de crise e, aos poucos, trabalhar apenas com os exercícios e a reabilitação para oferecer uma melhor qualidade de vida ao paciente”, destaca Henrique Zuccalmaglio.

 

Quando procurar ajuda médica?

É importante trabalhar com a prevenção quando o assunto está relacionado às doenças do equilíbrio. Principalmente no caso dos idosos, essa é uma atitude que pode evitar problemas mais graves causados pelas quedas.

Por isso, sempre que o paciente perceber que está com dificuldade de caminhar e se sentir inseguro, deve realizar uma avaliação labiríntica.

O exame mais comum neste caso é o Vectoeletronistagmografia, que analisa todos os sistemas envolvidos na manutenção do equilíbrio do corpo: orelha interna; sistema visual e sistema propioceptivo (músculos, articulações e tendões). A partir do exame é possível analisar as possíveis alterações do equilíbrio, incluindo doenças conhecidas popularmente como “labirintite”.

Outro exame completo que pode avaliar as doenças relacionadas à falta de equilíbrio é o V-HIT. Este, além da avaliação labiríntica, associa manobras fisioterápicas que por vezes já são terapêuticas, ideais para pacientes da terceira idade.

 

Quedas em idosos

perda auditiva

Perda auditiva: quais as principais causas e tratamentos possíveis?

Assim como acontece com a visão, os seres humanos também apresentam perdas auditivas com o passar dos anos. A redução da capacidade de ouvir acontece a partir dos 50 anos, mas há casos – normalmente por alterações genéticas – em que as pessoas podem apresentar deficiência na audição a partir dos 20, 30 anos de idade.

Nos casos relacionados ao envelhecimento normalmente há alterações na cóclea, que é o principal órgão relacionado à audição. Entretanto, a exposição intensa a ruídos também pode ocasionar a perda auditiva de forma temporária e até mesmo severa.

A perda auditiva pode acontecer de forma aguda, causada por um trauma acústico. “Normalmente essa situação é registrada quando o paciente é submetido a um som muito alto, como uma explosão de fogos de artifício ou a um show. Se o ruído for muito alto, imediatamente acontece uma perda auditiva nesta pessoa”, explica o médico otorrinolaringologista do COF, Eduardo Stefani.

A exposição frequente a ruídos também pode ocasionar a perda auditiva. Normalmente são casos em que o paciente trabalha em um ambiente com ruídos intensos ou utiliza fones de ouvido com volume muito alto.

 

 

Fones de ouvido podem prejudicar a audição?

Antes de explicar como o fone de ouvido deve ser utilizado de maneira segura para evitar problemas auditivos, é importante entender como o nosso ouvido funciona.

O nosso ouvido tem um mecanismo de ampliação sonora, ou seja, quando o som entra no canal do ouvido ele é amplificado em torno de 20 vezes. “Esse sistema de amplificação garante a qualidade da captação do som”, explica o médico otorrinolaringologista do COF, Juliano Cardoso.

Uma vez que a pessoa gera uma intensidade muito alta de som que vai entrar no ouvido, isso faz com que o corpo acione um mecanismo de proteção sonora. “Isso acontece quando os ruídos são acima dos 60 decibéis. Nesse momento o sistema de defesa do nosso aparelho auditivo entra em ação e bloqueia a amplificação do som”, completa o médico.

Ao utilizar fones de ouvido com som muito alto, a pessoa pode fazer com que o sistema entre em fadiga e, neste momento, o ouvido fica suscetível à lesão.

 

Como usar fones de ouvido de forma segura?

Agora que você entende como funciona o sistema de amplificação sonora, pode colocar em prática uma forma de usar o fone de ouvido sem prejudicar a sua audição. Para isso, a recomendação é colocar o volume do fone mais baixo no início do seu uso e esperar que o sistema de amplificação do ouvido se ajuste, depois é possível ir aumentando aos poucos o som. “Dessa forma o sistema fará a proteção e não vai entrar em fadiga”, explica o médico otorrinolaringologista, Juliano Cardoso.

 

Doenças relacionadas à perda de audição

A perda de audição também pode acontecer por causa de doenças. Entre as mais comuns estão as otites recorrentes; doenças no ouvido interno de origem infecciosa como a meningite; e até casos de labirintite podem levar à perda auditiva.

No caso dos bebês, doenças relacionadas ao período de nascimento (seja por problemas na gestação ou mesmo no nascimento) podem comprometer a audição de forma severa. Por isso, essas doenças devem ser diagnosticadas o mais cedo possível. Nos bebês, o Teste da Orelinha deve ser feito no segundo ou terceiro dia de vida. Se for encontrada alguma alteração, o recém-nascido deve ser encaminhado imediatamente para um acompanhamento especializado.

Durante toda a infância os pais e responsáveis devem acompanhar a criança para perceber se ela tem atrasos na fala, se não ouve bem os comandos ou só assiste televisão com volume mais alto. “Muitas vezes a criança pode ter alguma secreção dentro do ouvido que está atrapalhando a passagem de som. Por isso é importante sempre procurar um médico para uma avaliação assertiva”, destaca o médico otorrinolaringologista, Eduardo Stefani.

 

Procure um otorrinolaringologista e certifique-se da saúde da sua audição

É fundamental que a pessoa realize exames para ter certeza que a sua audição está funcionando. Uma audimetria e a avaliação do otorrinolaringologista podem trazer os diagnósticos para o paciente.

“Muitas vezes a pessoa tem uma deficiência em apenas um ouvido, mas o outro está bom. O problema disso é que o lado que não está ouvindo adequadamente pode anular as frequências que são enviadas para aquela parte do cérebro, que não é mais estimulada e pode até ser perdida”, sinaliza o médico otorrinolaringologista, Juliano Cardoso.

Em sua maioria, os testes de audição são simples, rápidos e indolores e vão dar a percepção se o paciente tem ou não algum problema para ouvir.

 

Tecnologia a favor da reabilitação de perdas auditivas

Quando se fala em perdas auditivas o correto é mencionar a reabilitação em vez de tratamento. Afinal, o objetivo é devolver a função de normalidade auditiva para o paciente.

Hoje, com a ajuda da tecnologia, é possível fazer o resgate auditivo e a correção de muitas sequelas na audição. Os aparelhos auditivos estão muito mais modernos e com recursos que incluem até conectividade com celulares e televisores.

Próteses auditivas implantáveis também estão entre os principais recursos da medicina para devolver o estímulo do som para o cérebro. Essas próteses são implantadas na cabeça e permitem que o paciente possa voltar a ouvir.

Entre elas está o implante coclear, a mais conhecida das próteses, é um eletrodo colocado dentro da cóclea que envia estímulos para devolver a audição para uma pessoa que normalmente não ouvia nada.

 

perda auditiva