Artigos e noticias relacionadas ao ouvido e orelhas

Como limpar os ouvidos corretamente?

Provavelmente, você já ouviu que não se deve colocar nenhum corpo estranho nos ouvidos. O uso de hastes flexíveis (ou cotonetes) pode trazer uma série de problemas e até causar um trauma físico, como o rompimento do tímpano, caso seja inserido de maneira errada ou com excesso de força. Porém, antes de tratar dos possíveis danos causados pelo uso do cotonete, é preciso acabar com o mito de que a cera de ouvido é uma sujeira e, por isso, deve ser limpa.

A cera (ou cerume) é produzida por cerca de 2.000 glândulas ceruminosas, localizadas na parte externa do canal auditivo. Ela tem a função de proteger o ouvido e a audição, formando uma barreira física, com ação antifúngica e antibacteriana, que evita a entrada de excesso de água, de poeira ou de outros agentes externos que possam causar danos à saúde do órgão. Também tem o papel de lubrificar o ouvido, evitando o ressecamento, que pode causar problemas como alergias e prurido.

Em algumas pessoas, a produção de cerume pode se intensificar, formando um excesso de cera que prejudica a audição e pode causar dores ou desconfortos. Mas essa não é uma condição comum. Por isso, em casos de dor de ouvido, sensação de entupimento e/ou de perda auditiva, é fundamental procurar ajuda de um médico otorrinolaringologista. Ao otorrino cabe avaliar as causas da produção excessiva de cerume e a necessidade ou não de remover a cera do local.

 

COMO LIMPAR OS OUVIDOS SEM COLOCAR A AUDIÇÃO EM RISCO?

A maneira correta de limpar os ouvidos é passando suavemente uma toalha limpa e macia após o banho, somente onde o dedo alcança, sem forçar a entrada do canal auditivo. O cotonete deve ser usado somente para a limpeza da orelha externa (pavilhão auricular).

Caso você perceba alguma disfunção na audição que possa ser causada por cera, procure orientação de um médico. Somente o otorrino é capaz de avaliar se há excesso de cera e fazer a remoção com segurança.

 

POR QUE NÃO DEVO USAR COTONETES PARA LIMPAR OS OUVIDOS?

Os cotonetes, quando passados dentro do canal auditivo, removem a proteção natural do ouvido, deixando o órgão mais suscetível a contaminações por agentes patogênicos. Além disso, há sempre o risco de ferir os ouvidos e até causar perfuração de tímpano, caso as hastes flexíveis não sejam usadas corretamente. Na maioria das vezes o cotonete empurra a cera para o interior do canal auditivo ocasionando compactação da cera junto ao tímpano, piorando os sintomas e os riscos.

Do mesmo modo, não se deve, em hipótese alguma, utilizar objetos para coçar os ouvidos nem pingar substâncias como água oxigenada ou cera de vela dentro do canal auditivo.

Em caso de dúvidas, busque sempre orientação médica!

 

Orelhas de abano: quando é o melhor momento para fazer a cirurgia?

O formato da orelha pode se tornar um grande incômodo. Algumas pessoas nascem com as bordas laterais mais distanciadas da cabeça, aparentando serem maiores. Esses casos costumam ser acompanhados do apagamento da anti-hélice (dobra interna da orelha), dando um aspecto de abano, e, por isso, elas costumam ser chamadas de orelha de abano. Existem diferentes graus de orelha de abano e a decisão por uma intervenção cirúrgica vai depender de como essa característica prejudica a vida social e a qualidade de vida do paciente. A otoplastia é a cirurgia que leva à correção dessas alterações, além de tratar outros transtornos como ausência congênita de orelhas, sequelas de traumas e orelhas constritas.

No caso das orelhas de abano, o procedimento visa formar a anti-hélice (curvatura natural) e diminuir a distância entre a face posterior da orelha e o couro cabeludo. A otoplastia é tanto uma cirurgia reparadora, – quando seu intuito é corrigir uma deformidade – quanto estética, se o objetivo é a busca pela harmonia de forma, volume e posição.

 

A partir de qual idade a otoplastia pode ser realizada

A idade considerada ideal pelos especialistas para a correção da orelha de abano é a partir dos 6 anos de idade. Nesta faixa etária, já ocorreu o desenvolvimento total da orelha, ou seja, ela alcançou o tamanho adulto. Dessa forma, a cirurgia não irá interferir de alguma forma neste processo. Além disso, geralmente esta é a época em que a criança inicia o seu período escolar, quando podem começar a aparecer problemas de convívio social.

O procedimento para corrigir a orelha de abano é bastante simples, mas deve ser efetuado apenas após a avaliação do caso por um otorrinolaringologista. Na consulta, serão explicados mais detalhes sobre o problema, o procedimento, o tratamento e os resultados esperados. Antes da intervenção é preciso também seguir os cuidados pré-cirúrgicos adequados, que incluem a realização de alguns exames. A anestesia pode ser local, local com sedação ou até geral quando associado a outros procedimentos cirúrgicos.

 

Como é realizada a cirurgia de orelha

Uma incisão é feita atrás da orelha para a retirada do excesso de pele. A seguir, é realizado o ligamento da cartilagem (em alguns casos a cartilagem é retirada para reduzir o tamanho da orelha). O passo seguinte é fixar novamente a orelha, por meio de alguns pontos. De maneira geral eles são internos e absorvidos pelo próprio corpo, o que dispensa sua retirada pelo médico. Todo esse processo dura de uma a duas horas. O paciente pode receber alta no mesmo dia ou no dia seguinte à cirurgia. O curativo consiste em uma faixa de tecido compressiva, que é retirada geralmente no segundo ou terceiro dia após o procedimento. Depois disso, o paciente segue em controle ambulatorial por meio de consultas médicas e retorna a suas atividades diárias normais muito rapidamente.

 

O COF – Centro Otorrinolaringológico de Florianópolis possui médicos especializados nesse tipo de procedimento. Se você quer saber mais sobre esse ou outros assuntos relacionados à otorrinolaringologia siga acompanhando os conteúdos do nosso blog.

 

Orelhas de abano

Saiba o que é doença de Ménière e como diagnosticá-la

A doença de Ménière, chamada assim em homenagem ao médico francês que a descreveu no século 19, é um distúrbio na orelha interna que leva à tontura, perda de audição e zumbidos. Trata-se de uma doença crônica para a qual até hoje não foi descoberta a cura. As crises costumam ser súbitas e durar de minutos a horas, podendo ser acompanhadas de vertigem severa, náuseas e vômitos.

 

Situações desencadeiam as crises de tontura

Embora as causas exatas da doença de Ménière sejam desconhecidas, os especialistas acreditam que uma das razões que podem desencadear os ataques é o aumento da pressão de líquido dentro do ouvido. Nossa orelha interna contém estruturas tubulares que são preenchidas por fluidos. Esses fluidos, por sua vez, são secretados e reabsorvidos de maneira contínua mantendo-se sempre em quantidade constante. Quando há desequilíbrio podem acontecer as crises, mas até hoje não se sabe como isso acontece.

Os sintomas variam de pessoa para pessoa. De maneira geral, nos estágios iniciais da doença, as vertigens e o zumbido no ouvido são as ocorrências mais comuns. À medida que o problema avança, é possível ter perda auditiva de baixa e alta frequência, sendo que a pessoa tem a sensação frequente de desequilíbrio.

Os pacientes podem apresentar ainda ansiedade ou pânico, diarreia, visão turva, palpitações e tremores. Por seu caráter imprevisível, essa doença pode prejudicar significativamente a qualidade de vida das pessoas afetadas. Dietas ricas em sal, álcool e cafeína ajudam no aparecimento dos ataques, assim como o stress.

 

Como é feito o diagnóstico da doença de Ménière

A doença de Ménière é identificada por meio de análise clínica, baseando-se na presença de sintomas (vertigem, zumbido e plenitude aural), e audiometria quando há perda auditiva. A associação de exames como Eletrococleografia e teste de glicerol aumenta a sensibilidade dos testes, permitindo um melhor diagnóstico.  A Eletrococleografia extratimpânica é realizada em uma sala com tratamento acústico e

eletromagnético. Uma agulha é posicionada no canal auditivo externo ou sobre a membrana timpânica, ajudando a localizar a área de lesão do sistema auditivo. É um exame indolor e não invasivo, pois utiliza um eletrodo de contato, e pode ser realizado, inclusive, em crianças.

Já o teste do glicerol deve ser realizado após a audiometria basal. O paciente ingere, em jejum, 100g de glicerol 95% (diurético osmótico) diluído na mesma quantidade de água ou suco. A audiometria é realizada 90 minutos e três horas após a ingestão da substância. A realização desse teste só é recomendada para pessoas que apresentem perda auditiva na audiometria basal.

 

Como tratar a doença de Ménière?

Apesar de não ter cura, alguns tratamentos ajudam a amenizar os sintomas da doença de Ménière. Os principais esforços são no sentido de reduzir os fluidos corporais. Para isso, os médicos costumam prescrever diuréticos e uma dieta com pouco sal. Ter uma alimentação balanceada, fazer pequenas refeições e manter uma rotina de exercícios físicos também são importantes para aliviar o stress e evitar o aparecimento das crises.

Apenas nos casos mais graves é indicado o uso de medicamentos ou cirurgia do nervo vestibular. Se você apresenta alguns dos sintomas relacionados à doença de Ménière não hesite em procurar um profissional especializado. Somente o médico pode fazer o diagnóstico preciso e indicar o tratamento a ser seguido.

 

Doença de Ménière

Imitanciometria: como é o exame

Hoje em dia existem vários tipos de testes para detectar problemas de audição. Um desses exames é a imitanciometria, também conhecido como impedanciometria. Esse procedimento avalia a mobilidade do sistema tímpano-ossicular e verifica a presença ou ausência de reflexos acústicos. Ele também fornece dados sobre a integridade da orelha média, sendo fundamental como diagnóstico diferencial.

Usado para complementar a audiometria, sua principal função é avaliar as estruturas da orelha média e da tuba auditiva. Ele pode ser recomendado por um especialista durante a consulta médica em casos de suspeita de perda de audição.

Apesar da complexidade do nome, ele é um exame muito comum para analisar a saúde auditiva do paciente. Neste artigo você vai descobrir como é realizado o teste, quem pode fazer e quais são as patologias que ele pode identificar. Continue acompanhando. 

 

Como funciona o exame de imitanciometria

Antes de apresentar como é realizado o exame de imitanciometria é preciso entender um pouco sobre o funcionamento do nosso aparelho auditivo. Quando escutamos um som, seja qual for, as ondas sonoras entram em nosso ouvido fazendo vibrar a membrana timpânica. Essa, por sua vez, movimenta os ossículos do ouvido (martelo, bigorna e estribo). O estímulo que chega à cóclea é transformado em impulsos nervosos que são traduzidos por nosso cérebro.

Dessa forma, a imitanciometria avalia a flacidez ou rigidez (que chamamos de complacência) da membrana timpânica. Ela também analisa os reflexos do tímpano e os ossículos do ouvido médio. O exame é dividido em três etapas: timpanometria, compliância e pesquisa do reflexo estapédico. É rápido, simples e normalmente indolor. Para a preparação, é recomendado apenas que o paciente esteja com os canais auditivos limpos e não ouça sons muito altos horas antes do exame.

Durante o teste, é inserida uma sonda no canal auditivo do paciente. Essa sonda está ligada a um aparelho chamado imitanciômetro (daí o nome do exame), que capta a capacidade de movimentação da membrana timpânica. Há também um canal que fornece o estímulo sonoro e outro que transmite as respostas a esses estímulos e avalia o grau de deslocamento do sistema tímpano-ossicular. O exame é automatizado, não tem contraindicações e pode ser feito por pessoas de todas as idades, até mesmo crianças.

 

Para que casos é recomendada e o que a imitanciometria detecta

A imitanciometria é solicitada em diversos casos e indicada a todo paciente com queixas relacionadas à audição. Ela pode ser prescrita para verificar dores frequentes no ouvido, avaliar o local lesado nas paralisias do nervo facial, zumbidos no ouvido, diagnosticar patologias como alergias respiratórias, entre muitos outros problemas.

Ela detecta ainda otites, perfurações no tímpano, perda auditiva e labirintite. Esse também é o exame de rotina no pré e pós-cirúrgico da orelha média. O COF Florianópolis disponibiliza aos seus pacientes o exame de imitanciometria. Somos uma clínica referência em otorrinolaringologia e estamos preparados para atuar tanto na parte clínica quanto cirúrgica (funcional e estética).

Para mais informações sobre esse e outras temas continue acompanhando nosso blog ou entre em contato com nossa equipe de especialistas. Marque sua consulta no COF Otorrinolaringologia.   

 

imitanciometria

quando consultar um otorrinolaringologista

Quando consultar um otorrinolaringologista?

Embora seja uma especialidade bastante conhecida, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre quando consultar um otorrinolaringologista. O otorrino, como é chamado na maioria das vezes, cuida das doenças relacionadas ao ouvido, nariz e garganta. Entre as suas competências está a investigação e o tratamento de rinites,sinusites, otites, problemas associados ao equilíbrio como a labirintite, apneia do sono, entre muitas outras patologias.  

Os principais sintomas de quem procura um especialista em otorrinolaringologia são dores de cabeça, ouvido ou garganta, rouquidão, tonturas , obstrução nasal e dificuldades auditivas.  Para chegar a um diagnóstico preciso, o médico com formação nesta área avalia aspectos como a respiração, a audição, a deglutição e a voz dos pacientes. A análise feita por um profissional especializado é muito importante para a rapidez na detecção do problema e eficácia do tratamento, que pode ser apenas clínico ou em determinados casos cirúrgico. 

 

Mas, afinal, como saber quando consultar um otorrinolaringologista

O trabalho do otorrino é comumente associado ao tratamento de doenças como rinites, alergias, sinusites , obstrução nasal e dores de garganta, sendo esses os principais motivos que levam as pessoas a procurar um profissional da área. Mas essa especialização é muito mais ampla, envolvendo o estudo de problemas como:

 

Doenças do ouvido

  •         Dificuldade auditiva/surdez;
  •         Zumbido;
  •         Distúrbios do equilíbrio;
  •         Otites;
  •         Perfuração do tímpano.

 

Doenças da garganta e boca

  •         Amigdalite;
  •         Faringite;
  •         Distúrbios da deglutição;
  •         Alterações das pregas vocais;
  •         Câncer de garganta ou laringe;
  •         Nódulos e pólipos na garganta.

 

Doenças do nariz 

  •         Rinites;
  •         Sinusites;
  •         Obstrução nasal
  •         Desvio do septo nasal;
  •         Polipose nasal.

Dependendo da idade, algumas doenças são mais comuns. Por exemplo, nas crianças prevalecem os casos de obstrução nasal, otite (dores de ouvido) ou amigdalite (inflamação na garganta). Já na fase adulta são as rinites e sinusites as principais causas de reclamação. Em pacientes idosos, a surdez e os distúrbios de equilíbrio são as patologias mais frequentes. 

Reunimos a seguir alguns sinais e sintomas das doenças mais comuns relacionadas ao ouvido, nariz e garganta. Você deve procurar um especialista em otorrinolaringologia sempre que identificar/tiver:       

  •         Obstrução nasal;
  •         Dor de cabeça (cefaléia);
  •         Dor na face;
  •         Secreção nasal;
  •         Sangramento nasal (epistaxe);
  •         Dificuldade auditiva;
  •         Zumbido no ouvido;
  •         Tontura;
  •         Secreção no ouvido (otorréia);
  •         Sangramento no ouvido (otorragia);
  •         Dor de ouvido (otalgia);
  •         Dor de garganta;
  •         Rouquidão (disfonia);
  •         Ronco.
  •         Apnéias do sono

 

Onde procurar otorrino em Florianópolis

Sabemos que a escolha do médico nem sempre é fácil. Afinal, estamos falando de saúde, nosso bem mais precioso. Se você possui algum dos sintomas acima e está à procura de um otorrino em Florianópolis saiba que a cidade possui clínicas e médicos referenciados nessa área. Na COF, somos especialistas em otorrinolaringologia, tanto clínica como cirúrgica (funcional e estética). 

Atendemos adultos e crianças e nosso corpo clínico é altamente qualificado. Além disso, contamos com laboratórios modernos, fisioterapia labiríntica e sala de pequenas cirurgias.  Veja em que situações podemos ajudar você:

  •         Problemas da audição;
  •         Distúrbios do labirinto;
  •         Exames auditivos;
  •         Cirurgia estética e funcional de orelhas;
  •         Obstrução nasal e sinusite;
  •         Rinite alérgica;
  •         Ronco e apnéia;
  •         Cirurgia estética e funcional de nariz;
  •         Distúrbios da voz;
  •         Terapia fonoaudiológica.

Para mais informações sobre esse tema continue acompanhando nosso blog ou entre em contato com nossa equipe de especialistas. Marque sua consulta no COF Otorrinolaringologia

 

quando consultar um otorrinolaringologista

Riscos da labirintite para idosos

As quedas são um problema bastante comum na terceira idade. Provavelmente você já ouviu casos ou tem algum parente próximo que precisou ser internado após cair na rua ou mesmo em casa. Entre os principais motivos que levam ao aumento desse risco após certa idade está o que se costuma chamar de labirintite. 

O termo labirintite é usado erroneamente, como veremos a seguir, mas de maneira geral essa doença costuma se manifestar após os 40 ou 50 anos, em razão de alterações metabólicas e vestibulares. O aumento dos níveis de colesterol, triglicérides e ácido úrico pode reduzir a circulação de sangue  no cérebro e labirinto. 

 

O que é a labirintite

As pessoas costumam associar qualquer problema relacionado ao ouvido interno à labirintite, quando o correto seria dizer labirintopatia ou vestibulopatia (a labirintite é apenas uma delas). Essa doença compromete as estruturas responsáveis pela audição (cóclea) e pelo equilíbrio (vestíbulo) e pode ter como causa processos inflamatórios ou infecciosos como otites ou meningites, alterações metabólicas e o próprio envelhecimento.  

Alguns fatores ajudam a aumentar as chances de uma pessoa desenvolver labiritinte como a hipoglicemia, diabetes, colesterol alto, hipertensão, estresse, má alimentação e consumo excessivo de álcool ou café. Somados a eles está o uso de certos medicamentos como antibióticos, anti-inflamatórios e remédios para estresse e ansiedade. 

Os principais sintomas da labirintite são as tonturas (sensação de desequilíbrio e instabilidade, como se estivéssemos pisando no vazio) e as vertigens (impressão de que o ambiente gira em torno de nosso corpo). Eles podem estar associados ainda a outros sinais, como:

 

  •         Náuseas e vômitos;
  •         Sudorese;
  •         Alterações gastrintestinais;
  •         Perda de audição;
  •         Desequilíbrio;
  •         Zumbidos no ouvido;
  •         Audição reduzida.

 

A avaliação clínica e o exame otoneurológico realizados por um especialista são fundamentais para o diagnóstico rápido e correto. Isso porque existem algumas doenças que podem ser confundidas com a labirintite. É o caso hipertensão, diabetes, reumatismo, esclerose múltipla e tumores no nervo auditivo. Devem ser realizados ainda a tomografia computadorizada, a ressonância magnética e testes labirínticos. 

 

Por que a labirintite em idosos é perigosa

A labirintite é considerada uma doença do envelhecimento, pois costuma se manifestar em pessoas a partir dos 40 anos, comprometendo sua qualidade de vida e causando transtornos físicos e muitas vezes emocionais. As tonturas e vertigens são as principais reclamações de indivíduos acima dos 65 anos. Os distúrbios do equilíbrio e a falta de estabilidade podem ter sérias consequências. Uma das mais graves, sem dúvida, é a queda, que pode causar a fratura de ossos importantes, fator de alto risco na terceira idade. 

As medidas preventivas são essenciais para evitar o desenvolvimento da doença. Algumas atitudes que ajudam a evitar as crises incluem uma dieta saudável, atividades físicas, a ingestão de líquidos e reduzir o intervalo entre as refeições. Não fumar, abolir ou diminuir o consumo de bebidas alcóolicas e recusar bebidas gaseificadas também previnem o aparecimento do problema.  

A labirintite é tratada com o uso de remédios como os vasodilatadores e labirinto-supressores. É importante ressaltar que a medicação deve ser receitada por um especialista, que vai indicar a dosagem correta e duração do tratamento. A automedicação é uma prática perigosa e pode trazer graves consequências. 

 

labirintite

 

Processamento Auditivo Central

Processamento Auditivo Central: exame e tratamento

O Processamento Auditivo Central é conjunto de habilidades especificas das quais o indivíduo depende para interpretar o que ouve. Pessoas que têm dificuldade para se concentrar, ler e escrever e eventualmente pedem para repetir o que lhe foi dito podem apresentar Transtorno do Processamento Auditivo Central (TPAC).

Pacientes com essas características detectam os sons, mas não conseguem fazer a interpretação, pois não basta somente ouvir a mensagem, é preciso enviá-la ao cérebro para que essa informação seja processada e entendida pelo ouvinte. Consequentemente, esses pacientes apresentar dificuldades no aprendizado e localizar de onde o som está vindo.

A indicação nesses casos é realizar uma avaliação do Processamento Auditivo Central, que fornece informações sobre as habilidades auditivas e processos mais complexos como a linguagem, atenção e memória. Pode ser feito com crianças maiores de cinco anos, assim, a partir dessa análise é possível diagnosticar como o cérebro está interpretando as mensagens.

O exame é indolor e precisa da colaboração do paciente. É realizado em cabine acústica por meio de fones de ouvido. O paciente receberá estímulos verbais e não verbais e precisará ouvir e produzir oralmente as solicitações ou apontar para uma figura com a resposta.

Diante do diagnóstico de TPAC, considera-se o Treinamento Auditivo como método de reabilitação terapêutica essencial para tratar as inabilidades auditivas, na qual é definido como um conjunto de tarefas acústicas que propõe a ativação do sistema auditivo.

fones de ouvido

Fone de ouvido: como usar sem prejudicar a audição?

O uso de fones de ouvido está cada vez mais presente no dia a dia de muitas pessoas: desde os mais jovens aos adultos, o dispositivo está sempre por perto, seja para ouvir música durante uma viagem ou nas atividades físicas, ou até mesmo para ouvir palestras e cursos. O que muita gente não se dá conta é que o uso constante dos fones de ouvido pode prejudicar a audição de forma séria e muitas vezes até permanente. Por isso, reunimos nesse conteúdo algumas dicas para evitar problemas graves com o uso constante dos fones.

Mas não se preocupe: você não vai precisar deixar de utilizar os fones para ter uma audição saudável. Basta apenas utilizar da forma correta!

 

– comece colocando o fone no volume mais baixo e vá aumentando aos poucos. Dessa forma o seu sistema auditivo vai se preparar para receber o som. Se fizer ao contrário, colocando diretamente o som no volume mais alto, o sistema entrará em fadiga, o que deixa seu ouvido desprotegido.

– opte pelos fones em formato de concha. Eles abafam melhor o som externo e, como consequência, você não precisará colocar o volume mais alto para escutar o som com melhor qualidade.

– não ultrapasse o volume do aparelho a 80% da potência total.

– evite ficar mais de uma hora seguida com fones de ouvido.

– faça um teste: peça para uma pessoa ficar ao seu lado enquanto você estiver ouvindo música com fones de ouvido. Se ela conseguir escutar o som que vem do seu fone, esse é um sinal para você reduzir o volume.

 

Importante: ao perceber qualquer tipo de ruído ou incômodo no ouvido após o uso constante dos fones, procure um otorrinolaringologista.

 

fones de ouvido

coclear

Implante coclear: como funciona? Quem pode fazer e como é a recuperação?

São vários os níveis de perda de audição: em alguns casos, o uso de um aparelho auditivo pode resolver a situação e permitir que o paciente tenha uma vida confortável, ouvindo adequadamente os sons. Entretanto, quando as perdas auditivas são mais graves é possível que o médico otorrinolaringologista indique um implante coclear, que muitas vezes é chamado de ouvido biônico.

Por meio desse dispositivo de alta tecnologia, é possível fazer com que esses pacientes voltem a ouvir. Diferentemente do aparelho auditivo que amplifica o som, o implante coclear restaura a capacidade do indivíduo de captar e reproduzir os sons estimulando diretamente o nervo auditivo através da cóclea.

 

Como funciona o implante coclear?

São dois sistemas que formam o implante coclear: o externo e o interno.

Na parte interna está o receptor e os eletrodos que são colocados dentro da cóclea do paciente. Estes decodificam o som que vem do receptor externo e é conectado ao  receptora implantado  na região atrás da orelha, por baixo da pele.

Na parte externa está o processador sonoro, que fica atrás da orelha e está ligado magneticamente à pele com a parte interna do implante.

 

coclear

Como é a cirurgia para colocação do implante coclear?

O implante coclear exige uma cirurgia. Os procedimentos são efetuados pelo médico otorrinolaringologista com especialização em otologia após os casos serem avaliados individualmente.

 

Quem pode fazer o implante coclear?

Essa intervenção cirúrgica é indicada para pessoas que têm perdas auditivas severas e profundas que não tiveram resultados positivos com os aparelhos auditivos. O implante coclear pode ser feito em crianças, adolescentes e adultos. Em crianças, dependendo da indicação médica, é possível até realizar a cirurgia em bebês a partir dos seis meses.

 

Sobre a recuperação:

O tempo que o paciente permaneceu sem ouvir é um fator importante para a recuperação do implante coclear. Quanto mais tempo de surdez prévia à cirurgia, mais difícil é a reabilitação e recuperação auditiva.

O implante coclear é uma solução de altíssima tecnologia para a recuperação auditiva que  devolve a audição social para pessoas que não apresentam ganhos funcionais com os aparelhos auditivos convencionais.

 

coclear

audiometria

O que é a audiometria tonal e como ela pode ajudar a identificar problemas de audição?

Os pacientes muitas vezes chegam ao consultório otorrinolaringológico relatando dificuldades em ouvir o telefone tocando, ou até mesmo de conversar com um grupo de amigos ou colegas de trabalho porque não conseguem entender exatamente o que está sendo falado. Em muitos casos as primeiras suspeitas de perda de audição são identificadas em casa, quando os familiares que percebem a dificuldade que aquela pessoa tem para ouvir.

Por isso, sempre que essa condição for percebida, a primeira medida é procurar um médico otorrinolaringologista. É ele quem vai pedir as avaliações necessárias para entender o que realmente está causando os problemas de audição.

Um dos exames mais comuns para identificar essa situação é a audiometria tonal, procedimento que avalia a capacidade do paciente em ouvir os sons.

 

Como é feito o teste?

O teste é rápido e indolor. O paciente precisa ser colocado em uma cabine acústica isolada de qualquer ruído do ambiente e deve usar fones de ouvido.

Na audiometria tonal o objetivo é estimar o grau e qual o tipo de perda auditiva. Para obter o diagnóstico, o paciente precisa participar de forma ativa do procedimento, demonstrando ao médico ou fonoaudiólogo quando ouviu os sons emitidos pelo teste.

Apesar de ser um teste simples, muitas vezes a audiometria não é suficiente para um diagnóstico totalmente preciso. Por isso, em alguns casos o médico otorrinolaringologista pode solicitar outras avaliações, como é o caso da imitanciometria. Em algumas situações também podem ser realizadas radiografias e tomografias do crânio que vão auxiliar a determinar o tratamento.

A imitanciometria, por exemplo, é um exame rápido que avalia a orelha média e traz informações sobre o tímpano. Para a sua realização é colocado um pequeno fone no canal auditivo.

A partir dos resultados da impedanciometria é possível entender o funcionamento das estruturas da orelha média e da tuba auditiva. Normalmente esse exame é realizado como forma de confirmar o que foi diagnosticado na audiometria tonal.

 

O que preciso saber antes de fazer uma audiometria tonal?

Normalmente não é necessário suspender qualquer tipo de medicamento ou tratamento para realizar a audiometria tonal. Em alguns casos o médico pode solicitar para que o paciente faça um repouso acústico de 14 horas antes de realizar a avaliação. Ou seja, não ser exposto a nenhum ruído forte ou constante nesse período.

Nos resultados é possível identificar o grau de perda auditiva em cada ouvido de forma isolada. Essas perdas auditivas podem ser causadas por traumas acústicos, infecções do ouvido, condições hereditárias, perdas ocupacionais e até casos de tímpano perfurado.

 

audiometria