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Existe idade certa para um bebê começar a falar? Saiba quando é preciso fazer exames de audição em bebês

A primeira palavra de um bebê é um momento muito esperado por pais, mães, avós. “Ele já fala?” é uma frase repetida por amigos e familiares que que, algumas vezes pode até causar ansiedade e preocupação, caso o bebê demore a falar. Na maioria das vezes, essa “demora” é normal, afinal, cada bebê tem seu ritmo de desenvolvimento. Entretanto, há casos em que os pais precisam ficar atentos, pois a ausência, o atraso na fala dos bebês ou a deficiência no falar pode estar relacionada a um problema de audição ou neurológico, ou a outras condições como autismo, deficiências cognitivas ou má formação no aparelho fonador.

A audição é fundamental para a aquisição da linguagem, e esse processo começa ainda no período gestacional. O bebê começa a ouvir sons por volta da 12ª semana de gestação, e a partir da 24ª semana, é capaz responder com movimentos aos estímulos sonoros (principalmente à voz materna). Poucos dias após o nascimento, inicia-se o reconhecimento das vozes e de outros sons, que evolui continuamente até que o bebê comece a balbuciar e, meses depois, a emitir as primeiras palavras.

COMO DEVE SE DAR O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM EM BEBÊS

Como já foi falado, a aquisição da linguagem não é um processo que ocorre da mesma forma em todos os bebês. Há diversos fatores que influenciam um bebê falar mais cedo ou mais tarde. De maneira geral, espera-se que o bebê:

Entre zero e três meses: consiga prestar atenção nos sons, se acalmar com a voz dos pais e pessoas mais próximas e emitir alguns sons;
Entre três e seis meses: emita sons com diferentes entonações, com uma conversa, e imite alguns sons;
Entre seis e doze meses: entenda o significado de palavras curtas e muitas vezes repetidas, como “não” e “tchau”, e comece a falar sílabas, como “mamã” e “papa”;
Entre um ano e um ano e meio: seja capaz de combinar palavras simples;
Entre um ano e meio e dois anos: combine palavras e tenha um vocabulário com cerca de 20 palavras.

POSSÍVEIS CAUSAS DE ATRASO NA FALA DOS BEBÊS

São várias as possíveis causas pelo atraso da fala em bebês. Elas podem ser sensoriais, como problemas auditivos; alterações do neurodesenvolvimento, como deficiência intelectual e autismo; distúrbios específicos de linguagem ou apraxia da fala, que é quando a criança sabe que quer dizer, mas há uma espécie de falha no cérebro, que não a permite programar a sequência de movimentos para produzir sons da fala.

PROBLEMAS AUDITIVOS PODEM CAUSAR ATRASO NA FALA DOS BEBÊS OU ATÉ AUSÊNCIA DE FALA

A audição é fundamental no processo de aquisição da linguagem. Quando a criança não tem esse sentido desenvolvido corretamente acaba perdendo não somente a capacidade de adquirir linguagem como, dependendo da demora em se iniciar o tratamento (ou inadequação do tratamento), pode sofrer déficits cognitivos.

Por isso, o diagnóstico correto e precoce é essencial para que se inicie o tratamento adequado e para que a criança se desenvolva sem prejuízos motores e cognitivos. Uma das maneiras de diagnosticar precocemente deficiência auditiva em bebês é pelo “teste da orelhinha”, o teste de emissões otoacústicas, realizado ainda na maternidade, nas primeiras horas após o nascimento. Esse teste é obrigatório, rápido e indolor.

Os distúrbios de audição em bebês e crianças merecem atenção, pois, quando não tratados corretamente, afetam o desenvolvimento educacional, emocional e social dos pequenos, afetando seu bem-estar e qualidade de vida.

QUAL O TRATAMENTO PARA CRIANÇAS COM ATRASO NO DESENVOLVIMENTO DA FALA

Após avaliação e diagnóstico, é possível começar o tratamento, que, obviamente, depende da causa do atraso. Geralmente, a primeira consulta é feita por um médico pediatra, que encaminha o paciente para um otorrinolaringologista ou para um neurologista.

Quando a causa é auditiva, podem ser necessário o uso de aparelhos auditivos ou implante coclear e o tratamento conjunto com fonoaudiólogos, psicopedagogos e psicoterapeutas.

[Leia também: Como funcionam e para que servem os aparelhos auditivos]

Amigdalite: como prevenir, reconhecer os sintomas e tratar

As amígdalas palatinas são gânglios linfáticos existentes na lateral da garganta que têm a função proteger o organismo contra vários germes.

Amigdalite é uma inflamação que causa dor de garganta, pus, mau hálito, febre e inchaço nas amígdalas. A doença afeta especialmente crianças, mas é comum também entre adultos. Crianças e adolescentes são os que mais sofrem com amigdalite porque as amígdalas, por serem praticamente a primeira barreira de proteção do sistema imunológico contra micro-organismos patológicos, acabam sendo mais vulneráveis e suscetíveis a infecções.

A classificação das amigdalites varia quanto à forma de infecção, podendo ser bacterianas, que exigem tratamento à base de antibióticos; ou virais, que são mais comuns e podem ser tratadas com cuidados mais simples. Além desses tipos, a doença de se divide em subtipos quanto à ocorrência: amigdalite crônica, caracterizada por infecções recorrentes (algumas pessoas têm mais de cinco episódios por ano); e amigdalite aguda, que são infecções pontuais, as quais, geralmente, ocorrem no inverno.

PRINCIPAIS SINTOMAS DA AMIGDALITE

– Inchaço e/ou vermelhidão nas amígdalas;
– Presença de placas brancas ou amareladas;
– Dor de garganta;
– Disfagia (dificuldade e dor ao engolir);
– Febre;
– Nódulos linfáticos no pescoço;
– Mau hálito;
– Apneia do sono;
– Cefaleia (Dor de cabeça).

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA AMIGDALITE

Em consultório, o médico otorrinolaringologista considera o histórico, as queixas e avalia clinicamente o paciente em busca de inchaço, placas e nódulos linfáticos. Para auxílio diagnóstico o médico pode solicitar alguns exames, como: teste rápido para detecção do Estreptococo; cultura da secreção da garganta; teste de mononucleose; e contagem de células sanguíneas.

TRATAMENTO DA AMIGDALITE

O tratamento para amigdalite é feito à base de medicamentos anti-inflamatórios (caso seja viral) e antibióticos (caso seja bacteriana) e para o alívio da dor. A remoção cirúrgica das amígdalas pode ser indicada em caso de infecções crônicas ou recorrentes.

Durante o tratamento, é importante:

– Repousar;
– Beber líquidos leves e dar preferência a bebidas mornas;
– Evitar o uso de ar-condicionado ou outros aparelhos que retiram a umidade do ar;
– Lavar as mãos frequentemente;
– Evitar compartilhar talheres, copos ou outros utensílios;
– Manter-se em casa, quando possível, para evitar a propagação do vírus ou da bactéria;
– Substituir a escova de dentes;
– Não tomar remédios (nem pastilhas) sem prescrição médica.

Carnaval com saúde: não descuide da sua voz e da audição

Milhões de brasileiros se preparam o ano todo para o Carnaval. Seja planejando uma viagem ou escolhendo as fantasias para os blocos e as festas. Porém, é comum que se esqueçam de planejar um Carnaval com saúde. E isso inclui tanto má alimentação e excesso de bebidas alcoólicas quanto a falta de atenção com a saúde da voz e dos ouvidos. Isso coloca em risco o funcionamento do organismo em curto, médio e longo prazo. 

 

Como o Carnaval afeta a audição?

Em festas como as do Carnaval, costuma-se ouvir música em volume muito alto. Um indivíduo exposto de maneira contínua a ruídos acima de 50 decibéis pode ter danos na audição. 70 decibéis são suficientes para produzir efeitos fisiológicos, como a diminuição da resistência imunológica. E, para finalizar, poucos minutos de exposição a 100 decibéis podem ser suficientes para causar surdez irreversível. Para se ter uma noção do risco para a audição no Carnaval: um trio elétrico circula com som até 110 decibéis.

Em clubes ou festas em ambientes fechados, o dano pode ser ainda maior. Afinal, alguns aparelhos de som podem chegar a 120 decibéis. Além dos problemas nos ouvidos, como  zumbido, distúrbio no labirinto e perda auditiva, ruídos muito altos podem causar:

  • Crises de ansiedade

  • Hipertensão

  • Impotência sexual

A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) alerta que “o ouvido humano suporta até 85 decibéis. Exposições acima desse índice já podem acarretar em lesões ao ouvido muitas vezes irreversíveis, levando à perda auditiva”. De acordo com a ABORL-CCF, entre 30 e 35% das perdas de audição registradas no Brasil são causadas por exposição a sons intensos.

 

Carnaval com saúde: cuide da sua voz

Nos dias de festa, é comum as pessoas falarem muito mais alto do que o estão habituadas. Isso, aliado ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, bebidas muito geladas e o tabagismo, torna-se um fator bastante nocivo para a saúde da laringe. Isso pode causar ou piorar lesões nas pregas vocais, como pólipos, calos e nódulos.

Quando o dano é recorrente, aumenta o risco de se desenvolver câncer na laringe. Essa doença, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) , afeta em torno de dez mil brasileiros todos os anos. O Brasil aparece em segundo lugar no ranking mundial da Organização Mundial da Saúde (OMS) entre os países com maior incidência de câncer de laringe.

 

Dicas para cuidar da saúde da voz e da audição durante o Carnaval

Para evitar que a folia acabe em problemas de ouvido e garganta, é importante tomar alguns cuidados, como:

 

– Não fique próximo a trios elétricos ou caixas de som;

– Em ambientes fechados, use um tampão auricular para reduzir o volume do som;

– Procure não gritar em ambientes ruidosos;

– Evite ingerir bebidas ou alimentos extremamente gelados, principalmente se o seu corpo estiver muito quente;

– Não fume;

– Pigarrear e sussurrar podem causar prejuízos às pregas vocais;

– Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas;

– Não consuma balas ou pastilhas com efeito calmante ou anestésico;

– Beba muita água;

– Alimente-se de maneira leve e saudável;

– Evite permanecer em ambientes com ar-condicionado por muito tempo;

– Prefira locais sem muita aglomeração;

– Não se automedique;

– Procure um médico otorrinolaringologista se sintomas como dor de garganta, rouquidão, tosse, pigarro, dificuldade para engolir e cansaço ao falar permanecerem após o Carnaval.

O que você precisa saber sobre o coronavírus: sintomas, transmissão e prevenção

Uma nova ameaça à saúde humana ganhou destaque nos noticiários nos últimos dias. O número crescente de pessoas infectadas com o coronavírus, que, em poucas semanas, matou mais de 300 pessoas na Ásia e vem gerando medo nos quatro cantos do planeta. Mas, afinal, o que é coronavírus e quais cuidados devem ser tomados para que não vire uma epidemia mundial?

O correto é falar no plural, já que não há um único tipo de coronavírus. Os coronavírus (CoV) são parte de uma grande família viral descoberta na década de 1960 e causam infecções nas vias respiratórias, apresentando sintomas semelhantes aos de um resfriado. Ao longo das últimas duas décadas, alguns tipos de coronavírus, como o SARS-CoV, que causa uma grave síndrome respiratória e levou a óbito quase 1.000 pessoas entre os anos 2002 e 2003. Ele foi controlado no ano seguinte, a ponto de não haver mais notificações de infecção por essa variedade.

O coronavírus que vem assustando o mundo desde dezembro de 2019 é chamado de 2019-nCoV. Ainda não existem estudos definitivos a respeito do que motivou o surto. Acredita-se que o primeiro contágio aconteceu entre outros animais e seres humanos. Há quem fale que a contaminação se deu por morcegos. Porém, há fortes indícios de que possa ter sido causada por frutos do mar.  Os primeiros casos foram notificados na de Wuhan, capital da província de Hubei, na China, país onde o coronavírus 2019-nCoV fez, até o momento, praticamente 100% das vítimas. 

No entanto, a contaminação entre pessoas tem acontecido de forma bastante rápida. Afinal, o vírus tem como característica se disseminar pelo ar. A Ásia é o continente com maior índice de casos confirmados, mas até o dia 2 de fevereiro de 2020, havia 11 casos confirmados na América do Norte (EUA e Canadá), e cerca de 20 na Europa. No Brasil, 16 pacientes estão sendo monitorados com suspeita de infecção, mas nenhum caso foi confirmado. Por isso, não há razão para pânico no país.

 

QUAIS OS SINTOMAS DA INFECÇÃO POR CORONAVÍRUS?

As manifestações clínicas costumam aparecer entre dois e 12 dias após a contaminação. Elas envolvem principalmente tosse, febre e falta de ar. Idosos e pessoas com doenças cardiopulmonares podem apresentar pneumonia.

 

COMO OCORRE A TRANSMISSÃO DO CORONAVÍRUS 2019-nCoV?

O período de transmissibilidade dura enquanto persistirem os sintomas, e a contaminação entre humanos acontece pelas vias respiratórias, do mesmo modo que gripes e resfriados.

 

COMO PREVENIR E TRATAR INFECÇÕES POR CORONAVÍRUS?

Por ser um tipo muito recente de mutação, ainda não há vacina que previna a infecção pelo coronavírus 2019-nCoV. 

Como a transmissão se dá pelo contato, pelas vias respiratórias, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é tomar os mesmos cuidados que se tem para prevenir a propagação do vírus da gripe, por exemplo: 

  • Lavar as mãos com água e sabão frequentemente, principalmente depois de ir ao banheiro; antes de comer; e depois de assoar o nariz, tossir ou espirrar;
  • Caso não haja disponibilidade de água e sabão, utilizar álcool (mínimo de 60%);
  • Evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca;
  • Usar um lenço de papel descartável ao tossir ou espirrar e descartá-lo imediatamente em uma lixeira;
  • Evitar lugares fechados e/ou com aglomeração de pessoas;
  • Desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência usando produto de limpeza doméstico e pano descartável;
  • Não compartilhar utensílios como copos, talheres e toalhas.

 

Ainda não existe um tratamento antiviral específico para tratar infecção por 2019-nCoV. As pessoas infectadas vêm recebendo cuidados de suporte que ajudam a aliviar os sintomas. Pacientes em estado grave são tratados de modo a preservar as funções vitais dos órgãos.

Qualquer pessoa que possa ter tido contato com alguém contaminado – principalmente em voos internacionais – deve buscar ajuda médica imediatamente caso apresente os sintomas listados anteriormente.

Videolaringoscopia: O que é e quais as indicações desse exame?

A videolaringoscopia é um exame realizado pelo otorrinolaringologista, em consultório. É utilizado para visualizar regiões da cavidade oral, orofaringe, hipofaringe e laringe. 

 

INDICAÇÕES DA VIDEOLARINGOSCOPIA

Entre as indicações clínicas, a videolaringoscopia é usada para auxiliar no diagnóstico de lesões orgânicas ou funcionais da cavidade oral, orofaringe, hipofaringe e laringe, especialmente, das cordas vocais, em casos de:

 

– Rouquidão, disfonia (alterações na voz) ou afonia por longo período;

– Tosse crônica;

– Tosse com sangue;

– Disfagia (dificuldade para engolir);

– Doença do refluxo gastroesofágico;

– Sensação de glóbus faríngeo (desconforto na garganta);

– Pacientes com histórico de câncer de cabeça ou pescoço;

– Fumantes crônicos; 

– Recém-nascidos que apresentam dificuldades respiratórias.

 

A videolaringoscopia é utilizada para diagnosticar ou acompanhar a evolução de doenças como nódulos ou pólipos nas cordas vocais. Além de laringites crônicas, cistos intracordais, sulcos vocais, edema de Reinke, papilomatose laríngea, paralisias, leucoplasias e neoplasias.

Além da função de exame, a videolaringoscopia pode ser utilizada para realizar intervenções terapêuticas. Entre os casos está a retirada de corpos estranhos e cauterização de lesões.

 

COMO É FEITA A VIDEOLARINGOSCOPIA?

Trata-se de um exame indolor, realizado com a utilização de anestesia local (em spray). Para o paciente, a rotina é de uma consulta comum, pois não exige preparo especial nem restrições às atividades. Ou seja, o paciente pode voltar ao trabalho e outras atividades logo em seguida. Durante o exame, o otorrinolaringologista busca lesões ou outros sinais que possam apontar a existência de doenças na boca, garganta, base da língua e pregas vocais.

O exame é feito com um endoscópio rígido acoplado a um sistema de vídeo. Este capta, amplifica e registra as imagens. O som da voz e a imagem são gravadas em DVD ou em um programa de computador e servem para diagnosticar uma doença. É possível acompanhar sua evolução e para constatar a cura.

Durante todo o procedimento, o paciente fica sentado de maneira confortável. Deve manter a boca aberta de modo que o endoscópio seja corretamente posicionado, e é orientado a respirar normalmente, com calma, e a falar quando for solicitado pelo médico.

Em crianças, é indicada a utilização do nasofibroscópio flexível, feito de material mais confortável para os pequenos e que proporciona a mesma qualidade da voz e das imagens.

Como identificar, diagnosticar e tratar o câncer de laringe  

A laringe é um órgão formado por cartilagens, músculos e membranas que faz parte do sistema respiratório, sendo responsável pela fonação (fala) e por permitir a passagem do ar da faringe para traqueia, impedindo que alimentos e água entrem nas vias aéreas. A laringe é dividida em supraglote, glote e subglote, e o câncer pode ocorrer em qualquer uma das três partes. 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), 60% dos casos de câncer de laringe acometem a glote, e o tipo mais comum (mais de 90% dos pacientes) é o carcinoma de células escamosas. Ainda de acordo com o Inca, a cada ano, são notificados cerca de 7600 novos casos entre mulheres e mais de 1200 casos entre homens. A ocorrência é maior entre 50 e 70 anos.

 

Sintomas do câncer de laringe

O sintoma mais comum – e o primeiro, que geralmente aparece – é a rouquidão (persistente, que dura mais de duas semanas). Além disso, muitos pacientes relatam dor de garganta constante, disfagia (dificuldade para engolir) e sensação de “bola” (como se houvesse um corpo estranho) na garganta. Quando o tumor é na subglote, há também dificuldades para respirar.

 

Como é feito o diagnóstico do câncer de laringe?

Quanto mais cedo se detecta o câncer de laringe, maiores são as chances de o tratamento ser bem sucedido. Por isso, o ideal é que se busque orientação médica assim que os primeiros sintomas surgirem. 

Para o diagnóstico, o médico avalia os sintomas, o histórico pessoal familiar e os hábitos do paciente. Em seguida, são realizados os exames de imagem necessários, como a laringoscopia direta e indireta. De acordo com os resultados, o médico pode solicitar uma biópsia, na qual é retirado um fragmento do tumor para determinar o tipo de lesão (se é maligna ou não), para, então, partir para o tratamento oncológico e funcional.

 

Como é feito o tratamento do câncer de laringe?

O tratamento do câncer de laringe é feito de acordo com o estágio em que a doença se encontra no momento do diagnóstico e a localização do tumor, e pode envolver recursos como quimioterapia, radioterapia e cirurgia.Nos quadros iniciais, as chances de cura são superiores a 90%, de acordo com o Inca.

Para preservar o órgão, em casos mais avançados, o protocolo mais comum é a associação de radioterapia e quimioterapia

 A laringectomia total (retirada da laringe) é indicada somente nos casos mais graves, quando não há resposta satisfatórias aos outros tratamentos.

 

Fatores de riscos e recomendações

Tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas são fatores de risco para o surgimento e desenvolvimento do câncer de laringe. Outros menos frequentes, mas que devem ser considerados, são:

  • Infecção por HPV (papiloma vírus humano);
  • poluição ;
  • Doença do refluxo gastroesofágico;
  • Mau uso da voz 
  • Exposição a substâncias químicas tóxicas (solventes, amianto, fuligem, tintas, agrotóxicos, carvão etc.).

Para reduzir o risco de câncer de laringe, é recomendado que se evite ou reduza a exposição a essas substâncias tóxicas e que se adote uma rotina e hábitos de vida mais saudáveis.

 

Dor de garganta no verão: você precisa tomar alguns cuidados

Normalmente as dores de garganta estão associadas aos dias mais frios. Isso cria uma ideia equivocada de que no verão elas são raras, o que pode fazer com que a pessoa descuide da sua saúde. É preciso manter os cuidados durante todo o ano, inclusive nos dia mais quentes.

QUAIS SÃO AS CAUSAS MAIS COMUNS DAS DORES DE GARGANTA NO VERÃO?

É importante entender que a dor de garganta, em si, não é uma doença, mas sim um sintoma, que pode indicar desde uma simples irritação até uma infecção mais complexa.

Dores de garganta podem indicar:

– gripe ou resfriado;
– laringite;
– faringite;
– amigdalite;
– faringoamigdalite (infecção na faringe e na amígdala);
– epiglotite (inflamação da epiglote);
– uvulite (inflamação da úvula).

As dores de garganta ainda podem ser causadas por irritações por uso de cigarro, bebidas alcoólicas, poluição do ar, respiração bucal ou deglutição de alimento pontiagudo.

No verão, há algumas causas específicas, como:

– permanecer em ambientes com ar-condicionado ligado em temperatura muito baixa;
– falta de manutenção e limpeza adequadas nos aparelhos de ar-condicionado;
– mudanças bruscas de temperatura;
– passar longos períodos na água do mar ou da piscina;
– ficar exposto ao vento direto de ventiladores;
– deixar roupas molhadas secarem no corpo.

A dor de garganta pode vir acompanhada de pigarro, coceira, dificuldade para engolir, sensação de irritação, inchaço nos gânglios linfáticos, mau hálito, rouquidão e febre, entre outros sintomas, que devem ser observados por um médico otorrinolaringologista.

COMO EVITAR DOR DE GARGANTA DURANTE O VERÃO

Embora não seja possível controlar todos os agentes ou comportamentos que podem causar dores de garganta, é possível tomar alguns cuidados para evitar o surgimento do problema, por exemplo:

– Beba ao menos dois litros de água diariamente;
– Mantenha uma alimentação equilibrada, rica em vegetais e alimentos frescos, pois isso melhora o funcionamento do sistema imunológico;
– Prefira tomar banho em temperatura ambiente;
– Não passe muito tempo com roupas molhadas no corpo;
– Faça a manutenção dos aparelhos de ares-condicionados de sua casa;
– Evite permanecer muito tempo com o ar-condicionado ligado;
– Não se exponha ao vento direto dos ventiladores;
– Condicionadores de ar e ventiladores devem ser limpos constantemente;
– Não fume e controle a ingestão de álcool;
– Não se exponha ao sol entre 10h e 16h, para evitar desidratação da mucosa da garganta.

Se a dor de garganta persistir por três dias ou mais, é preciso buscar ajuda médica!

 

Alerta de verão: o cloro da piscina pode afetar ouvidos, nariz e garganta

Nos dias mais quentes, um divertido e refrescante banho de piscina costuma ser o programa ideal para muitas pessoas. No entanto, o contato com o cloro – substância mais utilizada para a limpeza da água de piscinas – pode causar alguns problemas de saúde, principalmente reações otorrinolaringológicas (ouvidos, nariz e garganta) e na pele.

[Leia mais: Zumbido no ouvido: causas e tratamentos]

 O cloro é um elemento químico altamente tóxico e irritante. Ele age rapidamente sobre a pele, as mucosas e os olhos, podendo causar danos graves e irreversíveis. Quando usada em piscinas, essa substância se dissolve na água e se dissocia, formando subprodutos, como o ácido hipocloroso (HOCl) e o íon hipoclorito (OCl), que matam micro-organismos presentes na água das piscinas e agem sobre os lipídios (gordura) presentes na pele humana, oxidando-os. Dessa forma, a gordura da pele não “alimenta” os micro-organismos da água. 

O cloro ainda é a substância mais utilizada para manter a limpeza e a qualidade da água de piscinas, principalmente as de clubes e condomínios, e quando usado corretamente, não costuma oferecer risco à saúde de pessoas saudáveis e com o sistema imunológico fortalecido. O problema é que nem sempre quem cuida das piscinas atenta para o modo correto de aplicação do cloro e acaba usando uma dose muito maior ou muito menor que a indicada pelo fabricante, e é aí que mora o perigo à saúde humana.

Por isso, é importante ficar atento à qualidade da água e evitar tomar banho em piscinas com cheiro muito forte de cloro e/ou onde se desconhece a rotina e o protocolo de limpeza da água. Se, mesmo com esses cuidados, você ou alguém de sua família apresentar reações na pele, nos ouvidos, nos olhos, no nariz ou na garganta após um banho de piscina, busque orientação médica.

 

COMO O CLORO PODE AFETAR O NARIZ E A GARGANTA

Em contato com a água, o cloro libera gases cloraminas que são altamente irritantes da mucosa das vias respiratórias (fossas nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios), causando ou agravando casos de rinite alérgica, asma, tosse com chiado e outras reações alérgicas.

Isso se torna um problema principalmente em crianças com histórico de alergias respiratórias, que apresentam como sintomas:

 

– dificuldades para respirar / falta de ar,

– tosse seca que se intensifica à noite;

– espirros;

– chiado e aperto no peito;

– espirros;

– coriza;

– congestão nasal;

– coceira / irritação na garganta.

O médico faz o diagnóstico com base em avaliação feita no próprio consultório. O tratamento indicado depende dos sintomas, e consiste, basicamente, em medicamentos para controlar os sintomas.

Quando os sintomas persistirem por três dias ou mais, é recomendado buscar orientação médica!