Processamento Auditivo Central

Processamento Auditivo Central: exame e tratamento

O Processamento Auditivo Central é conjunto de habilidades especificas das quais o indivíduo depende para interpretar o que ouve. Pessoas que têm dificuldade para se concentrar, ler e escrever e eventualmente pedem para repetir o que lhe foi dito podem apresentar Transtorno do Processamento Auditivo Central (TPAC).

Pacientes com essas características detectam os sons, mas não conseguem fazer a interpretação, pois não basta somente ouvir a mensagem, é preciso enviá-la ao cérebro para que essa informação seja processada e entendida pelo ouvinte. Consequentemente, esses pacientes apresentar dificuldades no aprendizado e localizar de onde o som está vindo.

A indicação nesses casos é realizar uma avaliação do Processamento Auditivo Central, que fornece informações sobre as habilidades auditivas e processos mais complexos como a linguagem, atenção e memória. Pode ser feito com crianças maiores de cinco anos, assim, a partir dessa análise é possível diagnosticar como o cérebro está interpretando as mensagens.

O exame é indolor e precisa da colaboração do paciente. É realizado em cabine acústica por meio de fones de ouvido. O paciente receberá estímulos verbais e não verbais e precisará ouvir e produzir oralmente as solicitações ou apontar para uma figura com a resposta.

Diante do diagnóstico de TPAC, considera-se o Treinamento Auditivo como método de reabilitação terapêutica essencial para tratar as inabilidades auditivas, na qual é definido como um conjunto de tarefas acústicas que propõe a ativação do sistema auditivo.

doenças respiratórias

Doenças respiratórias de outono: saiba como identificar e prevenir

Com a chegada do outono, aumentam as preocupações com doenças respiratórias, como gripes, sinusites e alergias. A temperatura mais amena, especialmente à noite, e a queda da umidade do ar são características da estação que acabam agravando quadros dessas doenças.

Mas, apesar de ser preocupante, é possível prevenir e aproveitar o que há de melhor nos dias mais frios. A grande dica é evitar aglomerações, lavar as mãos e manter janelas abertas. Com essas atitudes bem simples evita-se a proliferação dos vírus que acabam ocasionando ou piorando as doenças típicas da estação.

Conheça as principais doenças do outono e entenda como preveni-las:

 

Gripe: a doenças de inverno mais conhecida, é provocada pelo vírus Influenza. A transmissão acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada. Entre os principais sintomas estão: febre, tosse, dor de garganta, dor nas articulações e nos músculos.

Resfriado: trata-se de uma infecção viral que tem sintomas muito parecidos com o da gripe, porém, eles aparecem de maneira muito mais leve. O paciente se recupera entre 7 e 10 dias.

Rinite: conhecida como doença do outono e inverno, a rinite é uma inflamação da mucosa do nariz, provocada por agentes externos. Entre os principais sintomas estão: nariz escorrendo, crise de espirro, coceira nos olhos, obstrução das vias respiratórias e, em alguns casos, febre baixa. É importante evitar ambientes fechados para prevenir a rinite.

Bronquite: é provocada por alergias do trato respiratório ou pela exposição a agentes que irritam as vias aéreas, como fumaça. Os principais sintomas da bronquite são: catarro excessivo, febre, tosse seca, fadiga e dor no peito. O paciente que apresenta essas características precisa procurar um médico, já que a bronquite pode evoluir para a pneumonia.

Sinusite: inflamação dos seios da face, a sinusite é uma doença muito comum no período do outono e inverno. É desencadeada por ação viral, bacteriana ou reações alérgicas. Entre os principais sintomas estão: dificuldade de respirar pelo nariz, dor de cabeça, febre, tontura, corrimento e congestionamento nasal.

 

Importante:

Independente dos sintomas, não se automedique.  Procure um médico sempre que apresentar alguma das características de doenças de inverno.

Lembre-se que a prevenção é a melhor maneira de evitar as doenças de outono inverno: alimente-se de forma saudável, hidrate-se, na hora do banho deixe as janelas fechadas para evitar que o corpo passe por mudanças bruscas de temperatura.

 

doenças respiratórias

fones de ouvido

Fone de ouvido: como usar sem prejudicar a audição?

O uso de fones de ouvido está cada vez mais presente no dia a dia de muitas pessoas: desde os mais jovens aos adultos, o dispositivo está sempre por perto, seja para ouvir música durante uma viagem ou nas atividades físicas, ou até mesmo para ouvir palestras e cursos. O que muita gente não se dá conta é que o uso constante dos fones de ouvido pode prejudicar a audição de forma séria e muitas vezes até permanente. Por isso, reunimos nesse conteúdo algumas dicas para evitar problemas graves com o uso constante dos fones.

Mas não se preocupe: você não vai precisar deixar de utilizar os fones para ter uma audição saudável. Basta apenas utilizar da forma correta!

 

– comece colocando o fone no volume mais baixo e vá aumentando aos poucos. Dessa forma o seu sistema auditivo vai se preparar para receber o som. Se fizer ao contrário, colocando diretamente o som no volume mais alto, o sistema entrará em fadiga, o que deixa seu ouvido desprotegido.

– opte pelos fones em formato de concha. Eles abafam melhor o som externo e, como consequência, você não precisará colocar o volume mais alto para escutar o som com melhor qualidade.

– não ultrapasse o volume do aparelho a 80% da potência total.

– evite ficar mais de uma hora seguida com fones de ouvido.

– faça um teste: peça para uma pessoa ficar ao seu lado enquanto você estiver ouvindo música com fones de ouvido. Se ela conseguir escutar o som que vem do seu fone, esse é um sinal para você reduzir o volume.

 

Importante: ao perceber qualquer tipo de ruído ou incômodo no ouvido após o uso constante dos fones, procure um otorrinolaringologista.

 

fones de ouvido

coclear

Implante coclear: como funciona? Quem pode fazer e como é a recuperação?

São vários os níveis de perda de audição: em alguns casos, o uso de um aparelho auditivo pode resolver a situação e permitir que o paciente tenha uma vida confortável, ouvindo adequadamente os sons. Entretanto, quando as perdas auditivas são mais graves é possível que o médico otorrinolaringologista indique um implante coclear, que muitas vezes é chamado de ouvido biônico.

Por meio desse dispositivo de alta tecnologia, é possível fazer com que esses pacientes voltem a ouvir. Diferentemente do aparelho auditivo que amplifica o som, o implante coclear restaura a capacidade do indivíduo de captar e reproduzir os sons estimulando diretamente o nervo auditivo através da cóclea.

 

Como funciona o implante coclear?

São dois sistemas que formam o implante coclear: o externo e o interno.

Na parte interna está o receptor e os eletrodos que são colocados dentro da cóclea do paciente. Estes decodificam o som que vem do receptor externo e é conectado ao  receptora implantado  na região atrás da orelha, por baixo da pele.

Na parte externa está o processador sonoro, que fica atrás da orelha e está ligado magneticamente à pele com a parte interna do implante.

 

coclear

Como é a cirurgia para colocação do implante coclear?

O implante coclear exige uma cirurgia. Os procedimentos são efetuados pelo médico otorrinolaringologista com especialização em otologia após os casos serem avaliados individualmente.

 

Quem pode fazer o implante coclear?

Essa intervenção cirúrgica é indicada para pessoas que têm perdas auditivas severas e profundas que não tiveram resultados positivos com os aparelhos auditivos. O implante coclear pode ser feito em crianças, adolescentes e adultos. Em crianças, dependendo da indicação médica, é possível até realizar a cirurgia em bebês a partir dos seis meses.

 

Sobre a recuperação:

O tempo que o paciente permaneceu sem ouvir é um fator importante para a recuperação do implante coclear. Quanto mais tempo de surdez prévia à cirurgia, mais difícil é a reabilitação e recuperação auditiva.

O implante coclear é uma solução de altíssima tecnologia para a recuperação auditiva que  devolve a audição social para pessoas que não apresentam ganhos funcionais com os aparelhos auditivos convencionais.

 

coclear

audiometria

O que é a audiometria tonal e como ela pode ajudar a identificar problemas de audição?

Os pacientes muitas vezes chegam ao consultório otorrinolaringológico relatando dificuldades em ouvir o telefone tocando, ou até mesmo de conversar com um grupo de amigos ou colegas de trabalho porque não conseguem entender exatamente o que está sendo falado. Em muitos casos as primeiras suspeitas de perda de audição são identificadas em casa, quando os familiares que percebem a dificuldade que aquela pessoa tem para ouvir.

Por isso, sempre que essa condição for percebida, a primeira medida é procurar um médico otorrinolaringologista. É ele quem vai pedir as avaliações necessárias para entender o que realmente está causando os problemas de audição.

Um dos exames mais comuns para identificar essa situação é a audiometria tonal, procedimento que avalia a capacidade do paciente em ouvir os sons.

 

Como é feito o teste?

O teste é rápido e indolor. O paciente precisa ser colocado em uma cabine acústica isolada de qualquer ruído do ambiente e deve usar fones de ouvido.

Na audiometria tonal o objetivo é estimar o grau e qual o tipo de perda auditiva. Para obter o diagnóstico, o paciente precisa participar de forma ativa do procedimento, demonstrando ao médico ou fonoaudiólogo quando ouviu os sons emitidos pelo teste.

Apesar de ser um teste simples, muitas vezes a audiometria não é suficiente para um diagnóstico totalmente preciso. Por isso, em alguns casos o médico otorrinolaringologista pode solicitar outras avaliações, como é o caso da imitanciometria. Em algumas situações também podem ser realizadas radiografias e tomografias do crânio que vão auxiliar a determinar o tratamento.

A imitanciometria, por exemplo, é um exame rápido que avalia a orelha média e traz informações sobre o tímpano. Para a sua realização é colocado um pequeno fone no canal auditivo.

A partir dos resultados da impedanciometria é possível entender o funcionamento das estruturas da orelha média e da tuba auditiva. Normalmente esse exame é realizado como forma de confirmar o que foi diagnosticado na audiometria tonal.

 

O que preciso saber antes de fazer uma audiometria tonal?

Normalmente não é necessário suspender qualquer tipo de medicamento ou tratamento para realizar a audiometria tonal. Em alguns casos o médico pode solicitar para que o paciente faça um repouso acústico de 14 horas antes de realizar a avaliação. Ou seja, não ser exposto a nenhum ruído forte ou constante nesse período.

Nos resultados é possível identificar o grau de perda auditiva em cada ouvido de forma isolada. Essas perdas auditivas podem ser causadas por traumas acústicos, infecções do ouvido, condições hereditárias, perdas ocupacionais e até casos de tímpano perfurado.

 

audiometria

sangramento nasal

Sangramento nasal: quando devo procurar ajuda médica?

Os sangramentos que acontecem no nariz são muito comuns nas crianças, mas podem ocorrer em qualquer idade. As causas são variadas e vão desde simples traumas ao limpar o nariz, ressecamento nasal pela baixa umidade do ar, alterações na anatomia nasal como desvios do septo nasal até problemas mais sérios, como alterações da coagulação do sangue ou tumores.

Apesar de parecer algo simples, quando o sangramento nasal é recorrente, demora muito para cessar ou o volume de sangramento é muito grande, é necessário procurar um pronto-atendimento otorrinolaringológico para identificar a causa do problema.

 

Algumas causas do sangramento nasal

Alterações da anatomia nasal: o ar necessita passar por dentro do nariz sem obstáculos, por isso, quando existem alterações da anatomia nasal como desvios do septo nasal, aumento dos cornetos, entre outros, o fluxo de ar sobre esses pontos de bloqueio geram ressecamento do nariz. Isso acaba inflamando a mucosa nasal, criando crostas no local que muitas vezes, acabamos removendo sem muito cuidado, gerando sangramentos.

 

Inflamações: Nos quadros de rinite ou sinusites, o sangramento nasal pode acontecer devido à inflamação da mucosa, alteração da quantidade e do tipo das secreções, bem como traumas devido à necessidade mais frequente de limpeza nasal. Por isso, tratar essas doenças durante as crises e, principalmente de forma preventiva, é uma das formas mais eficientes de evitar os sangramentos nasais.

 

Traumas: a colocação de corpos estranhos no nariz ou até mesmo o dedo pode causar o sangramento nasal. Esses casos ocorrem mais frequentemente nas crianças pequenas. Por isso, os pais devem ficar sempre atentos para evitar que pequenos objetos sejam colocados dentro do nariz, podendo causar os ferimentos. Também recomenda-se manter as unhas das crianças sempre curtas e tratar precocemente qualquer sinal de gripes, resfriados, aumento ou mudança de cor das secreções nasais.

 

Idosos: algumas doenças crônicas, muitas vezes associadas às alterações nasais já citadas (desvios do septo, rinites, sinusites, etc), favorecem a ruptura de artérias maiores que existem na parte mais interna do nariz, gerando sangramentos muito volumosos e de grande risco. Estes sangramentos são mais comuns nos idosos e, na maioria das vezes, geram uma situação de urgência onde somente um tamponamento nasal eficaz ou uma cirurgia conseguirá solucionar.

 

Tumores: O nariz, internamente, é bastante espaçoso e alguns tumores nasais podem se desenvolver dentro dele sem apresentarem muitos sintomas. Normalmente o sangramento é o primeiro a aparecer. O nasoangiofibroma é um tipo de tumor que acontece em jovens, de natureza benigna, porém, costuma apresentar sangramentos nasais.

 

Outras possíveis causas: pacientes que usam medicamentos que interferem na coagulação sanguínea como aspirina e ácido acetilsalicílico, bem como pacientes que usam outros anticoagulantes podem apresentar sangramento nasal. Algumas doenças específicas como hemofilia, leucemia, linfomas, insuficiência renal e insuficiência hepática também entram nos grupos de risco dessas hemorragias.

 

O que fazer quando acontecer o sangramento nasal?

No momento em que você percebe o sangramento nasal deve comprimir com firmeza a ponta do nariz, como se fizesse uma “pinça” com os dedos. A orientação é que nesse momento a pessoa fique em uma posição que a cabeça estará mais alta que o restante do corpo. A respiração deve ser feita pela boca, de forma tranquila.

 

IMPORTANTE: nunca recline a cabeça para trás ou deite durante o sangramento do nariz. Essa ação faz com que o sangue vá em direção à faringe, fazendo com que a pessoa engula ou até aspire o sangue.

 

A ação de compressão do nariz deve durar 15 minutos e o sangramento deve cessar nesse período. Caso a pessoa pare de fazer a pressão e o sangramento persista, deve procurar ajuda no pronto atendimento otorrinolaringológico onde o especialista irá avaliar o paciente e irá trata-lo de acordo com cada caso. Em algumas situações poderá ser necessária uma cauterização das veias ou artérias, tamponamentos do nariz e, nos sangramentos persistentes ou mais intensos, uma cirurgia para cauterização ou ligadura destes vasos, em centro cirúrgico, poderá ser indicada.

 

Casos de sangramento nasal persistentes devem ser investigados

Os sangramentos nasais podem ocorrer devido a causas mais simples ou mais complexas. Se o sangramento nasal for intenso ou muito frequente, a pessoa deverá procurar ajuda de um otorrinolaringologista. O otorrinolaringologista é o profissional indicado para avaliar estes casos. O mesmo dispõe de equipamentos especializados, inclusive endoscópios nasais, que auxiliam na identificação do local do sangramento e poderá então, tratar o sangramento de forma adequada.

 

sangramento nasal

uso excessivo da voz

Principais problemas causados pelo uso excessivo da voz

Todos os dias usamos a voz para nos comunicarmos com a família, no trabalho, com os amigos. Mas o que muitos não se dão conta é que esse importante meio de comunicação também precisa de cuidados, principalmente entre os profissionais que utilizam a voz como ferramenta de trabalho. É o caso de professores, cantores, vendedores e apresentadores de televisão e até os próprios médicos que sempre se preocuparam com sua formação e nunca foram orientados que no futuro seriam profissionais da voz. O uso excessivo da voz sem os devidos cuidados, pode causar doenças que devem ser tratadas por um otorrinolaringologista.

Antes de saber quais são as doenças mais comuns, precisamos entender como é o funcionamento da voz. Basicamente, o ar que sai dos pulmões, passa através da laringe onde vibra as cordas vocais que, ao se aproximarem uma da outra, permitem a passagem de uma pequena quantidade de ar entre elas, o que forma um mecanismo semelhante à quando unimos os lábios para assoviar. Isso produz um som que é amplificado e modulado até chegar à boca. Essa modulação depende de vias aéreas funcionando por isso, quem usa a voz precisa tratar problemas como roncos, rinites, sinusites, amigdalas aumentadas de volume, desvios de septo e outras causas de obstruções nasais.

Como a laringe é uma estrutura mais interna que só é adequadamente visível através de exames vídeo-endoscópicos, em qualquer caso de falha da voz, rouquidão, dor ou cansaço para falar ou engolir, o otorrinolaringologista deve ser consultado para determinar qual o diagnóstico e a melhor forma de tratamento.

 

As principais doenças da voz

Disfonia/Afonia: qualquer alteração na voz é chamado disfonia. Naqueles casos em que “perdemos” a voz completamente, chamamos de afonia. Normalmente, a disfonia se apresenta como uma voz muito baixa ou rouca. Ambas podem ser causadas pelo uso excessivo da voz que podem gerar lesões nas pregas vocais como os nódulos. Inflamações como laringites, malformações das cordas vocais ou até tumores podem ser causadores de alterações na voz.

 

Laringite: a inflamação na laringe pode causar rouquidão, falhas e até a perda da voz. Além disso, o paciente pode ter tosse, febre e dificuldade para engolir. A laringite pode ser aguda ou crônica. No primeiro caso, ela dura até sete dias e pode ser semelhante a um resfriado. Na laringite crônica, pode durar semanas ou até anos.

 

Nódulos nas pregas vocais: essas lesões são benignas e são popularmente conhecidas como “calos” nas cordas vocais. Entre as principais causas está o uso incorreto da voz inclusive em crianças. Com os nódulos, a pessoa fica rouca, tem dificuldades ou cansaço para falar ou cantar. Sempre que esses sintomas persistirem por mais de 15 dias, o otorrinolaringologista deve ser procurado.

 

Alterações estruturais mínimas da laringe: são pequenas malformações congênitas, muitas vezes muito difíceis de serem diagnosticadas, que podem ocorrer nas pregas vocais e que persistem pela vida toda gerando quadros de disfonia bastante variados, desde disfonias leves mas recorrentes àquelas bastante acentuadas e persistentes. Algumas destas alterações são os sulcos vocais, cistos epidermóides, cisto aberto, ponte de mucosa, microdiafragma, vásculodisgenesias. O diagnóstico é realizado pela estória do paciente de uma rouquidão que, na maioria das vezes já existia na infância, em menor intensidade mas que foi piorando coma idade e o uso da voz, confirmada naturalmente pelos exames vídeo-endoscópicos da laringe.

 

Câncer de laringe: este é um dos cânceres mais comuns que atingem a região da cabeça e pescoço, representando, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), 25% dos tumores malignos que acometem essa área. A ocorrência pode se dar em uma das três áreas em que se divide o órgão:  supraglote, glote e subglote. Aproximadamente 2/3 dos tumores surgem na corda vocal verdadeira, localizada na glote, e 1/3 acomete a laringe supraglótica (acima das cordas vocais).

Os sintomas mais comuns são a rouquidão e a disfagia que pode se apresentar como uma dor de garganta ou uma sensação de “caroço” ou “embucho” na garganta,  principalmente durante a deglutição.

Nas lesões avançadas estes sintomas podem se tornar mais intensos e podem apresentar dispneia (dificuldade para respirar ou falta de ar). De acordo com a localização e a extensão do câncer, ele pode ser tratado com cirurgia e/ou radioterapia e com quimioterapia associada à radioterapia. Quanto mais precocemente for feito o diagnóstico, maior a possibilidade de o tratamento evitar deformidades físicas e problemas psicossociais.

 

Como proteger a sua voz?

Alguns cuidados são fundamentais para prevenir as doenças da voz.

– beba mais de 2 litros de água por dia

– não faça automedicação quando sentir algum desconforto na voz

– evite o consumo de gorduras, condimentos e refrigerantes

– evite o consumo de bebidas alcoólicas

– não fume

– consuma café de forma moderada

– evite passar muito tempo em ambientes poluídos

– evite gritar ou alterar o tom de voz

– a laringe é formada por cartilagens e músculos. As pregas ou cordas vocais inclusive, são músculos. Como todo músculo, estes também necessitam de exercícios regulares. Se você usa a voz constantemente, faça exercícios para relaxar as cordas vocais. Um fonoaudiólogo poderá lhe sugerir exercícios corretos para cada situação e tratar determinadas lesões vocais.  Uma aula de técnica vocal é uma maneira divertida de unir os exercícios de fortalecimento vocal com a arte do canto.

 

uso excessivo da voz

Dor de ouvido após banho de mar ou piscina

Dor de ouvido após banho de mar ou piscina: como identificar e tratar

Com a chegada do verão, muitas pessoas aproveitam os dias mais quentes para tomar um banho de piscina ou de mar. Mas como consequência, as férias podem ficar marcadas pela dor de ouvido. A otite externa – nome dado para a infecção na orelha – normalmente é causada pelo excesso de água acumulada. A umidade auxilia na proliferação de bactérias e fungos, que causam a infecção.

Se não tratada corretamente, a otite externa pode evoluir para casos mais graves de otites recorrentes e até dores de ouvido crônicas.

Quais os sintomas da otite externa?

Normalmente a otite externa é caracterizada pela dor e pela sensação de ouvido entupido. Em alguns casos pode acontecer a perda temporária de audição, além de secreção e prurido. As crianças são as mais propensas a terem otite, por suas características anatômicas. Assim que aparecerem os sintomas, é importante procurar um otorrinolaringologista e não tentar introduzir algum tipo de objeto ou usar soluções ou medicamentos por conta própria para tentar amenizar a dor.

Como prevenir e tratar a otite externa?

Para prevenir a infecção é importante tomar alguns cuidados:

– Ao sair da piscina ou do banho de mar, enxugue a orelha com cuidado. Para isso, use uma toalha macia para retirar a água que ficou acumulada.

– Pessoas que praticam natação ou estão constantemente tomando banhos de piscina ou de mar podem usar protetores específicos para a orelha. Estes evitam a entrada de água e, consequentemente, previnem a otite.

– Se você percebeu que já está com a infecção, procure um otorrinolaringologista o quanto antes.

O que NÃO fazer:

– Não introduza objetos como hastes flexíveis de algodão, grampos ou palitos para tentar eliminar a cera. A cera do ouvido é uma importante defesa do canal auditivo e, ao retirá-la, você facilita a proliferação dos fungos e bactérias que podem causar a otite.

– Não coce o ouvido com força.

– Não faça automedicação nem use soluções caseiras. Esse tipo de ação pode aumentar ainda mais a infecção.

Como é o tratamento da otite externa?

O seu médico otorrinolaringologista é quem vai indicar qual o melhor tratamento dependendo do caso. Muitas vezes é necessário recorrer a antibióticos e gotas otológicas que devem ser colocadas na orelha.

Durante o tratamento, é importante evitar o contato com a água.

Dor de ouvido após banho de mar ou piscina
Bonebridge

Implante auditivo de condução óssea: entenda como funciona o Bonebridge

Pessoas com perda auditiva mista, perda auditiva após cirurgia de ouvido médio, malformações, perda auditiva condutiva ou surdez unilateral podem ser beneficiadas pelo Bonebridge. O implante ativo de condução óssea é uma tecnologia austríaca que permite ao paciente voltar a receber as ondas sonoras que são transmitidas diretamente ao ouvido interno, onde são processadas como o som natural.

O implante pode ser colocado em adultos e crianças a partir dos cinco anos. Diferente de outros sistemas, o Bonebridge reduz as chances de irritação na pele, já que ele mantém a pele intacta e fica invisível.

Como funciona o implante de condução óssea

No caso de pessoas com perda auditiva condutiva ou mista, o som não segue o caminho natural do ouvido externo, passando pelo médio até chegar ao interno. Com o implante de condução óssea, as ondas sonoras são transmitidas diretamente do osso do crânio até o ouvido interno, onde o som é processado e o paciente volta a ouvir.

A colocação do implante é feita por meio de cirurgia. O procedimento é considerado minimamente invasivo e dura de 30 minutos a 1 hora. O implante é colocado sob a pele, que é mantida intacta, o que reduz o risco de complicações.

Depois da cirurgia o sistema já começa a funcionar, mas dependendo do caso, o paciente precisa passar por um acompanhamento com fonoaudiólogo para realizar os ajustes necessários na intensidade e volume do som.

Como é o sistema Bonebridge

O Bonebridge é composto por duas unidades distintas: a interna, que é formada por uma antena receptora, imã, demodulador e FTM. Já a externa consiste no processador de fala, microfone e a bateria. Esse sistema é chamado de SAMBA, que é colocado sob o cabelo e faz a conexão com a unidade interna.

A tecnologia foi desenvolvida para que o processador de áudio seja o mais fino possível, consequentemente, torna-se confortável durante o uso.

Entre outros benefícios do implante ainda está a possibilidade de atualização do processador, mesmo após a sua colocação. Isso garante que o sistema estará sempre funcionando conforme as tecnologias mais recentes lançadas.

Bonebridge
descongestionantes nasais

Descongestionante nasal: não use sem orientação médica

Um dos sintomas mais comuns entre pessoas que têm rinite, sinusite ou que estão com resfriado é o nariz entupido. Quando isso acontece, muita gente recorre para o uso de descongestionantes nasais que, se usados indiscriminadamente e sem o acompanhamento de um médico otorrinolaringologista, podem se tornar perigosos e até desenvolver uma dependência a estes medicamentos.

Mas antes de falar dos riscos de usar os descongestionantes nasais, é importante entender como que o nariz fica entupido e qual a ação destes remédios.

Quando temos quadros como resfriados fortes, rinite alérgica ou sinusite, normalmente apresentamos a congestão nasal. Ou seja, o nariz fica entupido e temos dificuldade de respirar. Isso acontece porque os vasos sanguíneos das conchas nasais dilatam causando a obstrução da passagem do ar.

 Os descongestionantes nasais atuam no processo de contração dos vasos e isso melhora a congestão nasal. Normalmente, o efeito destes medicamentos acontece de forma muito rápida.

Quais os riscos de usar descongestionantes nasais?

Apesar de aliviarem a congestão rapidamente, os descongestionantes nasais fazem uma vasoconstrição “artificial” e logo os vasos sanguineos voltam a expandir e a entupir o nariz.

Neste processo, a pessoa acaba tendo que utilizar o remédio constantemente para liberar as vias aéreas e, como consequência, usar quantidades maiores de descongestionante.

O uso indiscriminado e sem acompanhamento médico pode irritar a mucosa do nariz e até elevar a pressão arterial, já que o medicamente atua na vasoconstrição.

Mas quando é possível usar os descongestionantes nasais?

Normalmente os médicos otorrinolaringologistas indicam o uso de descongestionantes nasais em casos específicos e por breves períodos de tratamento. Por exemplo, quando o paciente está com o nariz entupido e tem dificuldades para dormir. Entretanto, a quantidade do medicamento e a dosagem devem ser definidas pelo médico.

Soro fisiológico é uma boa opção para a limpeza nasal

Uma maneira simples para auxiliar a descongestionar o nariz é usar soro fisiológico. A solução ajuda a deixar as narinas limpas, evita o ressecamento e não tem efeitos colaterais. Usar o soro é uma importante medida na prevenção de resfriados, crises de rinite e até mesmo sangramentos na narina.

descongestionantes nasais