otite externa

Otite externa: entenda o que é e como tratar corretamente essa doença bastante comum no verão

Otite é o nome dado a toda infecção no ouvido (orelha externa, orelha média e orelha interna). A otite externa acomete a orelha externa, que consiste no pavilhão auricular (popularmente chamada de “orelha”) e no conduto auditivo, que termina no tímpano. Durante o verão aumentam os casos de “dores de ouvido” após banhos de mar ou de piscinas. Geralmente, essas dores têm como causa a otite externa, uma infecção relativamente comum, na pele do canal do ouvido externo, causada por bactérias presentes na água – ou que têm a água como meio propício para proliferação.

As dores podem ser bastante intensas, principalmente em crianças, e podem levar à perda parcial de audição. Normalmente, esses sintomas cessam logo nos primeiros dias de tratamento.

 

PRINCIPAIS CAUSAS

A causa mais comum desse tipo de dor de ouvido é a infecção por bactérias e fungos. Na maior parte das vezes, esses micro-organismos penetram por meio de lesões na pele que recobre a orelha externa provocadas por objetos (cotonetes, grampos, por exemplo), por atritos ao coçar ou secar o ouvido e pelo contato com água contaminada (mar, piscina, banhos). O contato frequente com a água pode facilitar a remoção da cera que serve de proteção para o canal auditivo. Por isso, a otite externa também é conhecida como otite dos nadadores.

 

SINTOMAS E DIAGNÓSTICO

Os sintomas tendem a aparecer logo no primeiro dia de infecção. As principais características são:

– Dor intensa, latejante;

– Sensação de entupimento do ouvido;

– Perda parcial da audição;

– Secreção;

– Coceira.

O diagnóstico deve ser feito pelo médico otorrinolaringologista, com a avaliação dos sintomas e por exame otológico, que permite visualizar as estruturas do ouvido.

 

COMO É FEITO O TRATAMENTO CONTRA OTITE?

O tratamento da otite externa é simples e consiste em analgésicos (via oral ou de uso tópico), antibióticos ou antifúngicos (dependendo do tipo de micro-organismo causador da infecção) em gotas de uso tópico.

Em alguns casos pode ser necessário aspirar a secreção do meato auditivo externo. No entanto, esse procedimento somente pode ser feito por médico otorrinolaringologista.

 

FORMAS DE PREVENÇÃO

Para evitar otite externa e outras doenças nos ouvidos, é importante tomar alguns cuidados, como:

– Não utilizar hastes de algodão (cotonetes) para limpar ou coçar os ouvidos;

[LEIA MAIS: Como limpar os ouvidos corretamente]

– Não introduzir objetos que possam machucar a pele dos ouvidos;

– Enxugar as orelhas com uma toalha macia e limpa, tomando o cuidado de não pressionar nem inserir profundamente.

– Nunca pingar nos ouvidos soluções caseiras sem o conhecimento médico.

 

sinusite tem cura

Sinusite tem cura! Cirurgia com laser para sinusite traz ótimos resultados: Saiba se você pode fazer

Sinusite é a inflamação dos seios ou cavidades paranasais (popularmente conhecidos como seios da face) e pode ser aguda ou crônica. As cavidades paranasais – frontal, maxilar, etmoidal e esfenoidal – estão ligadas às cavidades nasais por meio de dutos chamados óstios. 

Os óstios têm a função de ventilar as cavidades e drenar a secreção nasal. Quando a drenagem é ineficiente a secreção fica parada e torna-se um meio de proliferação de micro-organismos, como bactérias, fungos e vírus, que podem ser patogênicos. 

De modo geral, a sinusite aguda é tratada com medicamentos (analgésicos e antibióticos), spray antisséptico e soro para limpar as fossas nasais e curada em poucas semanas. Em alguns casos, quando a bactéria é mais resistente, quando o paciente encontra-se com imunidade baixa, em casos de tratamento inadequado ou por outros fatores, como desvio de septo e outras alterações anatômicas a doença pode se tornar crônica.

A sinusite crônica se caracteriza pela duração. Quando os sintomas perduram por mais de oito semanas consecutivas, podendo ou não haver febre e secreção purulenta.

O exame endoscópico nasal e a tomografia computadorizada de seios paranasais identificam as alterações que definem o diagnóstico de sinusite crônica.

 

QUAIS OS SINTOMAS DA SINUSITE?

Os sintomas da sinusite podem ser semelhantes ao de uma gripe, por isso, é preciso ficar atento à duração. Os principais sintomas são: 

– dor intensa na face (mais localizada nas maçãs do rosto e ao redor dos olhos);

– fortes dores de cabeça, que pioram quando abaixa a cabeça ou deita;

– congestão nasal;

– corrimento / secreção nasal amarelada ou esverdeada;

– tosse, que piora ao deitar;

– halitose.

 

QUAIS OS TRATAMENTOS PARA SINUSITE?

O médico otorrinolaringologista é o responsável pelo diagnóstico e pela prescrição do tratamento para sinusite, que deve ser seguido corretamente, para que não haja agravamento do quadro.

De modo geral, a sinusite é tratada com medicamentos – analgésicos, anti-histamínicos, antibióticos e corticoides. Porém, quando a sinusite é causada por alguma disfunção de estruturas nasais, pode ser necessária a cirurgia. 

 

COMO FUNCIONA A CIRURGIA PARA SINUSITE?

A cirurgia consiste em corrigir os defeitos anatômicos ( desvios de septo, conchas nasais grandes , remoção de pólipos , obstrução de óstios sinusais ) promovendo a higiene sinusal e o restabelecimento da passagem do ar pelo nariz e a livre ventilação das cavidades paranasais.

Estas cirurgias exigem muito treinamento e devem ser realizadas por especialistas otorrinolaringologistas com a utilização de videocirurgia e equipamentos adequados. Dentre eles há uma opção que traz mais benefícios e conforto a quem precisa tratar a sinusite por meio de uma operação nasal: a cirurgia a laser, com laser de diodo, que traz uma série de vantagens ao paciente, desde maior precisão durante o processo cirúrgico até um pós-operatório muito mais confortável se comparado ao processo tradicional.

Nas cirurgias nasossinusais, os benefícios no pós-operatório são mínima necessidade de tamponamento nasal; menor risco de sangramento nasal; e menor trauma cirúrgico. A duração de uma cirurgia com o uso do laser também costuma ser mais rápida em virtude do baixo sangramento, o que propicia visualização melhor quando utilizamos a videocirurgia, e o paciente recebe alta mais rapidamente.

Rinite alérgica no verão? Entenda as causas e como tratar

A rinite alérgica é uma das alergias mais comuns que atingem as vias respiratórias e é desencadeada pela exposição a substâncias alérgenas, como polén, poeira, ácaro, epitélio de animais ou, ainda, pelo ressecamento das mucosas, causado pela baixa umidade do ar. Acredita-se que a rinite acontece mais no inverno – quando as doenças respiratórias são mais constantes – e na primavera, por causa do aumento de polén no ar. No entanto, a rinite alérgica também é bastante comum no verão e, com o calor, alguns sintomas, como dor de cabeça, congestão nasal e coriza, podem se tornar mais intensos.

A rinite – assim como outras alergias – se caracteriza pela reação exagerada do organismo, por meio da liberação de uma substância chamada histamina, a algum elemento que, para outras pessoas (sem alergia), habitualmente são inofensivas. No caso da rinite, há uma forte irritação das mucosas do nariz, dos seios da face e dos olhos.

 

CAUSAS DA RINITE ALÉRGICA NO VERÃO

Em geral, as crises de rinite alérgica durante o verão têm como causa:

– Exposição ao vento direto vindo de ventiladores;
– Exposição às baixas temperaturas em ambientes com ar-condicionado;
– Falta de limpeza e manutenção adequadas em aparelhos de ar-condicionado e ventiladores;
– Mudanças bruscas de temperatura (sair de um ambiente refrigerado para a rua, por exemplo);
– Entrar em ambientes (como casas de praia) que ficaram fechados por longos períodos;
Maior contato com cloro em banhos de piscina ;
– Polinização de algumas espécies de flores.

PRINCIPAIS SINTOMAS DE RINITE ALÉRGICA

– Espirros excessivos;
– Coriza de cor clara;
– Coceira nos ouvidos, nos olhos, no nariz e na garganta;
– Congestão nasal.

 

TRATAMENTOS

O tratamento contra rinite alérgica pode ser feito com uso de medicação durante as crises; controle ambiental para diminuir o contato com substâncias que causam a alergia; controle com medicação tópica nasal e imunoterapia (vacina).

É preciso que o tratamento seja acompanhado por um médico, pois a rinite alérgica, quando não tratada corretamente, pode trazer complicações, como:

– sinusite;
– conjuntivite;
– amidalite;
– faringite;
– laringite;
– alterações no sono e apneia;
– asma.

 

Dor de garganta no verão: você precisa tomar alguns cuidados

Normalmente as dores de garganta estão associadas aos dias mais frios. Isso cria uma ideia equivocada de que no verão elas são raras, o que pode fazer com que a pessoa descuide da sua saúde. É preciso manter os cuidados durante todo o ano, inclusive nos dia mais quentes.

QUAIS SÃO AS CAUSAS MAIS COMUNS DAS DORES DE GARGANTA NO VERÃO?

É importante entender que a dor de garganta, em si, não é uma doença, mas sim um sintoma, que pode indicar desde uma simples irritação até uma infecção mais complexa.

Dores de garganta podem indicar:

– gripe ou resfriado;
– laringite;
– faringite;
– amigdalite;
– faringoamigdalite (infecção na faringe e na amígdala);
– epiglotite (inflamação da epiglote);
– uvulite (inflamação da úvula).

As dores de garganta ainda podem ser causadas por irritações por uso de cigarro, bebidas alcoólicas, poluição do ar, respiração bucal ou deglutição de alimento pontiagudo.

No verão, há algumas causas específicas, como:

– permanecer em ambientes com ar-condicionado ligado em temperatura muito baixa;
– falta de manutenção e limpeza adequadas nos aparelhos de ar-condicionado;
– mudanças bruscas de temperatura;
– passar longos períodos na água do mar ou da piscina;
– ficar exposto ao vento direto de ventiladores;
– deixar roupas molhadas secarem no corpo.

A dor de garganta pode vir acompanhada de pigarro, coceira, dificuldade para engolir, sensação de irritação, inchaço nos gânglios linfáticos, mau hálito, rouquidão e febre, entre outros sintomas, que devem ser observados por um médico otorrinolaringologista.

COMO EVITAR DOR DE GARGANTA DURANTE O VERÃO

Embora não seja possível controlar todos os agentes ou comportamentos que podem causar dores de garganta, é possível tomar alguns cuidados para evitar o surgimento do problema, por exemplo:

– Beba ao menos dois litros de água diariamente;
– Mantenha uma alimentação equilibrada, rica em vegetais e alimentos frescos, pois isso melhora o funcionamento do sistema imunológico;
– Prefira tomar banho em temperatura ambiente;
– Não passe muito tempo com roupas molhadas no corpo;
– Faça a manutenção dos aparelhos de ares-condicionados de sua casa;
– Evite permanecer muito tempo com o ar-condicionado ligado;
– Não se exponha ao vento direto dos ventiladores;
– Condicionadores de ar e ventiladores devem ser limpos constantemente;
– Não fume e controle a ingestão de álcool;
– Não se exponha ao sol entre 10h e 16h, para evitar desidratação da mucosa da garganta.

Se a dor de garganta persistir por três dias ou mais, é preciso buscar ajuda médica!

 

Alerta de verão: o cloro da piscina pode afetar ouvidos, nariz e garganta

Nos dias mais quentes, um divertido e refrescante banho de piscina costuma ser o programa ideal para muitas pessoas. No entanto, o contato com o cloro – substância mais utilizada para a limpeza da água de piscinas – pode causar alguns problemas de saúde, principalmente reações otorrinolaringológicas (ouvidos, nariz e garganta) e na pele.

[Leia mais: Zumbido no ouvido: causas e tratamentos]

 O cloro é um elemento químico altamente tóxico e irritante. Ele age rapidamente sobre a pele, as mucosas e os olhos, podendo causar danos graves e irreversíveis. Quando usada em piscinas, essa substância se dissolve na água e se dissocia, formando subprodutos, como o ácido hipocloroso (HOCl) e o íon hipoclorito (OCl), que matam micro-organismos presentes na água das piscinas e agem sobre os lipídios (gordura) presentes na pele humana, oxidando-os. Dessa forma, a gordura da pele não “alimenta” os micro-organismos da água. 

O cloro ainda é a substância mais utilizada para manter a limpeza e a qualidade da água de piscinas, principalmente as de clubes e condomínios, e quando usado corretamente, não costuma oferecer risco à saúde de pessoas saudáveis e com o sistema imunológico fortalecido. O problema é que nem sempre quem cuida das piscinas atenta para o modo correto de aplicação do cloro e acaba usando uma dose muito maior ou muito menor que a indicada pelo fabricante, e é aí que mora o perigo à saúde humana.

Por isso, é importante ficar atento à qualidade da água e evitar tomar banho em piscinas com cheiro muito forte de cloro e/ou onde se desconhece a rotina e o protocolo de limpeza da água. Se, mesmo com esses cuidados, você ou alguém de sua família apresentar reações na pele, nos ouvidos, nos olhos, no nariz ou na garganta após um banho de piscina, busque orientação médica.

 

COMO O CLORO PODE AFETAR O NARIZ E A GARGANTA

Em contato com a água, o cloro libera gases cloraminas que são altamente irritantes da mucosa das vias respiratórias (fossas nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios), causando ou agravando casos de rinite alérgica, asma, tosse com chiado e outras reações alérgicas.

Isso se torna um problema principalmente em crianças com histórico de alergias respiratórias, que apresentam como sintomas:

 

– dificuldades para respirar / falta de ar,

– tosse seca que se intensifica à noite;

– espirros;

– chiado e aperto no peito;

– espirros;

– coriza;

– congestão nasal;

– coceira / irritação na garganta.

O médico faz o diagnóstico com base em avaliação feita no próprio consultório. O tratamento indicado depende dos sintomas, e consiste, basicamente, em medicamentos para controlar os sintomas.

Quando os sintomas persistirem por três dias ou mais, é recomendado buscar orientação médica!

Dor de ouvido no avião: saiba como prevenir

É comum sentir pressão e dor no ouvido durante uma viagem de avião. Essa sensação pode aparecer até mesmo em viagens de carro para lugares altos, como serras. Isso ocorre em função da mudança brusca de pressão durante a decolagem e o pouso. Há pessoas que, além da dor no ouvido, sentem outros incômodos, como dor ou pressão na cabeça, nos dentes e na face (principalmente em torno do nariz).
De maneira geral, todo esse desconforto cessa em alguns minutos após o fim da viagem. Mas dependendo da duração do voo, esse incômodo pode se tornar um suplício. Para evitar esses sintomas, é possível realizar uma série de manobras que aliviam ou acabam com a dor e a pressão no ouvido e na cabeça.

CINCO DICAS PARA EVITAR A DOR DE OUVIDO DURANTE O VOO

Fazer a Manobra de Valsalva

Esse método aumenta a pressão intratorácica e foi criado para equalizar a pressão dos ouvidos. É muito utilizado por fonoaudiólogos e dentistas, para verificar se há comunicação buco-sinusal. Pela sua eficiência em equilibrar a pressão interna do ouvido com a pressão externa e pela facilidade de realização, esse método é o mais indicado para quem sofre de dores no ouvido durante viagens de avião.

A Manobra de Valsalva consiste em inspirar, manter a boca fechada e apertar as narinas com os dedos enquanto força a saída de ar pelo nariz, tomando o cuidado de controlar a força do ar para não piorar ainda mais a dor.

Mastigar

Mascar chicletes ou alimentos, de preferência duros, como maçã ou cenoura, é excelente para ajudar a equilibrar a pressão no ouvido e evitar a dor. A mastigação força os músculos do rosto a se movimentarem. A deglutição ajuda a diminuir a sensação de ouvido tampado.

Provocar bocejo

Forçar bocejos é um movimento que ativa os ossos e músculos da face, liberando a tuba auditiva e favorecendo o equilíbrio da pressão.
Para usar esse método com crianças, crie brincadeiras para que elas façam caretas ou imitem animais conhecidos por abrirem muito a boca, como jacarés ou leões.

 

Usar compressa quente

Fazer compressa quente no ouvido por cerca de dez minutos costuma aliviar muito a dor causada pela pressão. Por mais estranho que isso possa parecer, é possível solicitar água morna e um paninho ou lenço para os comissários de bordo. Acredite, eles estão acostumados a receberem esse pedido!

Utilizar spray nasal

O uso de spray nasal pode ser indicado pelo otorrinolaringologista a pessoas que viajam constantemente e que sofrem com dores causadas pela diferença de pressão. O spray serve para ajudar na passagem do ar para o ouvido, assim, a pressão se reequilibra mais facilmente. No entanto, é preciso que seu uso seja feito conforme recomendação médica, para evitar outros problemas.

E QUANDO A DOR NÃO PASSA?

Essas estratégias podem ser feitas inúmeras vezes até o alívio da pressão e da dor.
Pessoas com gripes, resfriados, sinusites ou outros problemas que impedem a circulação do ar no organismo e/ou causem congestão dos seios da face podem ter dificuldade para aliviar a dor, em alguns casos, ela não passa.
Se você costuma sofrer com dores no ouvido persistentes durante viagens de avião, procure ajuda médica.

 

BEBÊS E CRIANÇAS DE COLO SÃO OS QUE MAIS SOFREM EM VIAGENS DE AVIÃO

Bebês e crianças pequenas (o mesmo vale para pessoas com deficiência que não são capazes de realizar voluntariamente as técnicas para aliviar a pressão) devem ser estimuladas a abrirem e fecharem a boca, após a decolagem ou pouso. Para isso, os pais podem realizar os movimentos que devem ser imitados ou oferecer alimentos para serem mastigados.
É indicado manter os pequenos sentados durante a decolagem e o pouso, para evitar engasgos ou aumento de pressão no ouvido.

 

Zumbido no ouvido: Conheça as causas e os tratamentos para esse problema

Enxame de abelhas, apito, chiado de chaleira, cigarras etc. Esses são alguns dos sons usados por paciente para classificar o zumbido no ouvido. Esse problema acomete quase 30 milhões de pessoas somente no Brasil e cerca de 20% da população mundial, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Geralmente o zumbido no ouvido surge ou se intensifica sem nenhuma causa detectável ou aparente.

Durante o funcionamento normal da audição, a vibração dos sons no ambiente é captada pelas vias auditivas e enviada – como impulso elétrico – para o cérebro. Em pessoas que sofrem com o distúrbio do zumbido no ouvido, as vias auditivas enviam impulsos elétricos ao cérebro mesmo quando não há vibração sonora no ambiente. Ou seja, a pessoa não consegue mais “escutar o silêncio”, e isso causa transtornos como ansiedade, estresse e insônia.

Os zumbidos são, normalmente, agudos e baixos – entre três e sete decibéis (db). O que causa o desconforto na maioria dos pacientes são a constância e a permanência desse ruído. Como a sensação de desconforto não é algo que pode ser medido, pois varia de acordo com a tolerância de cada um, é necessário avaliar caso a caso a forma como os pacientes lidam com o zumbido e amenizar as consequências enquanto trata a causa do problema.

QUAIS AS CAUSAS DO ZUMBIDO NO OUVIDO?

O zumbido no ouvido não é uma doença, e sim um sintoma de algum problema ou disfunção do sistema auditivo, e nem sempre é uma tarefa simples diagnosticar a causa do zumbido, o que, em muitos casos, dificulta o tratamento. Somente um médico otorrinolaringologista pode diagnosticar a causa desse problema. Entre as causas mais comuns, estão:

– Prespiacusia ( perda da acuidade auditiva relacionada com a idade );
– Excesso de cera;
– Infecções;
– Trauma acústico;
– Uso de alguns medicamentos;
– Hipertensão;
– Perfuração de tímpano;
– Acúmulo de líquidos no ouvido;
– Índice alto de triglicerídeos;
– Diabetes;
– Estresse;
– Poluição sonora.

Além dessas causas, é preciso avaliar outros fatores que, em um primeiro momento, parecem não ter relação com problemas no sistema auditivo, por exemplo: desvios de coluna, alterações cardiovasculares, disfunções da ATM (articulação temporomandibular); consumo excessivo de cafeína, álcool e tabaco.

Ainda não se sabe ao certo a razão pela qual o zumbido no ouvido acomete mais mulheres que homens.
É sabido que esse não é um problema necessariamente relacionado à idade. O fato de que a maioria dos diagnósticos acontece em pessoas idosas se explica pela perda auditiva, comum na terceira idade, que faz com que o zumbido fique mais evidente e/ou se torne um problema a ponto de buscar ajuda médica.

DOENÇA DE MÉNIÈRE PROVOCA ZUMBIDO NO OUVIDO E MERECE ATENÇÃO

A doença de Ménière é uma doença crônica, que ainda não tem cura, e que caracteriza por crises súbitas e que podem durar até algumas horas, causando vertigem severa, náuseas e vômitos.

As causas exatas da doença de Ménière ainda são desconhecidas, mas especialistas acreditam que uma das razões que podem desencadear as crises é o aumento da pressão de líquido dentro do ouvido.

Os sintomas variam de pessoa para pessoa. Em geral, nos estágios iniciais da doença, as vertigens e o zumbido no ouvido são as queixas mais comuns.

À medida que o problema avança, é possível ter perda auditiva de baixa e alta frequência, sendo que a pessoa tem a sensação frequente de desequilíbrio.

 

[Leia mais sobre causas e tratamentos da Doença de Ménière]

 

QUAIS OS TRATAMENTOS PARA ZUMBIDO NO OUVIDO?

Muita gente acredita que o zumbido no ouvido é incurável. Entretanto, isso é um mito, já que, dependendo da causa, é possível, sim, tratá-lo, eliminando esse sintoma tão desconfortável.

Após a realização de exames, o otorrino é capaz de indicar o tratamento mais adequado para cada caso, que pode envolver desde o uso de medicamentos até terapias.

 

Como limpar os ouvidos corretamente?

Provavelmente, você já ouviu que não se deve colocar nenhum corpo estranho nos ouvidos. O uso de hastes flexíveis (ou cotonetes) pode trazer uma série de problemas e até causar um trauma físico, como o rompimento do tímpano, caso seja inserido de maneira errada ou com excesso de força. Porém, antes de tratar dos possíveis danos causados pelo uso do cotonete, é preciso acabar com o mito de que a cera de ouvido é uma sujeira e, por isso, deve ser limpa.

A cera (ou cerume) é produzida por cerca de 2.000 glândulas ceruminosas, localizadas na parte externa do canal auditivo. Ela tem a função de proteger o ouvido e a audição, formando uma barreira física, com ação antifúngica e antibacteriana, que evita a entrada de excesso de água, de poeira ou de outros agentes externos que possam causar danos à saúde do órgão. Também tem o papel de lubrificar o ouvido, evitando o ressecamento, que pode causar problemas como alergias e prurido.

Em algumas pessoas, a produção de cerume pode se intensificar, formando um excesso de cera que prejudica a audição e pode causar dores ou desconfortos. Mas essa não é uma condição comum. Por isso, em casos de dor de ouvido, sensação de entupimento e/ou de perda auditiva, é fundamental procurar ajuda de um médico otorrinolaringologista. Ao otorrino cabe avaliar as causas da produção excessiva de cerume e a necessidade ou não de remover a cera do local.

 

COMO LIMPAR OS OUVIDOS SEM COLOCAR A AUDIÇÃO EM RISCO?

A maneira correta de limpar os ouvidos é passando suavemente uma toalha limpa e macia após o banho, somente onde o dedo alcança, sem forçar a entrada do canal auditivo. O cotonete deve ser usado somente para a limpeza da orelha externa (pavilhão auricular).

Caso você perceba alguma disfunção na audição que possa ser causada por cera, procure orientação de um médico. Somente o otorrino é capaz de avaliar se há excesso de cera e fazer a remoção com segurança.

 

POR QUE NÃO DEVO USAR COTONETES PARA LIMPAR OS OUVIDOS?

Os cotonetes, quando passados dentro do canal auditivo, removem a proteção natural do ouvido, deixando o órgão mais suscetível a contaminações por agentes patogênicos. Além disso, há sempre o risco de ferir os ouvidos e até causar perfuração de tímpano, caso as hastes flexíveis não sejam usadas corretamente. Na maioria das vezes o cotonete empurra a cera para o interior do canal auditivo ocasionando compactação da cera junto ao tímpano, piorando os sintomas e os riscos.

Do mesmo modo, não se deve, em hipótese alguma, utilizar objetos para coçar os ouvidos nem pingar substâncias como água oxigenada ou cera de vela dentro do canal auditivo.

Em caso de dúvidas, busque sempre orientação médica!

 

Quando é preciso fazer a cirurgia das amígdalas

A cirurgia para retirada das amígdalas é um dos procedimentos mais realizados na Otorrinolaringologia. Tecnicamente chamada de amigdalectomia, a “cirurgia das amígdalas” é uma intervenção é realizada geralmente em casos de amigdalite crônica ou quando o tratamento com antibióticos não apresenta os resultados desejados, halitose por retenção de alimentos nas amígdalas e  tumores de amígdala. Ela também costuma ser feita quando as amígdalas aumentam muito de tamanho, obstruindo as vias respiratórias, ocasionando apneias do sono.

A cirurgia em si pode ser realizada de várias maneiras. No COF utilizamos há mais de 15 anos o LASER.

O procedimento dura entre 30 minutos e 1 hora. O paciente volta para casa no mesmo dia, após algumas horas de internação. O passo a passo é relativamente simples. Uma pinça é inserida pela boca da pessoa que está sendo operada e a remoção é feita em pouco tempo, sem cortes ou pontos.

[Leia mais: Quando consultar um otorrinolaringologista]

Como é a recuperação após a cirurgia das amígdalas

Para que a cicatrização ocorra sem problemas, é necessário um período de repouso de sete dias. Nos primeiros quatro a cinco dias, o paciente pode sentir algum incômodo e, por isso, o médico costuma receitar remédios analgésicos. Durante o pós-operatório da amigdalectomia podem ocorrer sintomas mais raros como febre, vômitos e náuseas.

É recomendado evitar esforços, não sendo necessário, no entanto, fazer repouso absoluto. Além disso, é importante beber muitos líquidos, especialmente água. Deve-se evitar alimentos duros nos sete dias após a realização do procedimento. Estão liberados sorvetes, caldos e sopas passados no liquidificador (e não muito quentes), sucos e vitaminas, purê de legumes e outros alimentos triturados e de fácil deglutição.

Caso tenha vontade de comer pão, torradas ou outros alimentos mais duros você deve molhá-los na sopa, caldo ou suco antes de levá-los à boca. Seguindo todos esses cuidados, a recuperação será rápida e sem complicações no meio do caminho.  

O COF – Centro Otorrinolaringológico de Florianópolis é especializado em cirurgias da garganta, ouvido e nariz. Somos uma clínica referência e possuímos uma equipe médica qualificada para atendê-lo com qualidade e excelência. Agende uma consulta!     

Sarampo: conheça os riscos e o tratamento da doença

Desde o começo de 2019, o Brasil tem registrado um aumento significativo de casos de sarampo. Se até pouco tempo essa era uma enfermidade considerada controlada no país, hoje é cada vez maior o número de estados que apresentam surto da doença, gerando muita preocupação por parte da população e equipes médicas.

O sarampo é uma virose extremamente contagiosa causada pelo Paramyxovirus do grupo Morbilivirus, um vírus que pode ser fatal. Sua transmissão acontece quando a pessoa infectada tosse, fala, espirra ou mesmo respira próximo de outras pessoas. Algumas pesquisas mostram que 90% dos indivíduos mais suscetíveis adquirem o sarampo quando entram em contato com alguém contaminado.  

Quais são os riscos do sarampo

Durante a evolução da doença, podem haver complicações, principalmente no caso de pessoas com sistema imunológico baixo. Uma das mais comuns é a pneumonia bacteriana, que está entre as maiores causas de morte entre crianças desnutridas. Há situações que desencadeiam também problemas neurológicos, como encefalite transitória ou encefalite crônica. Elas costumam se manifestar anos após o sarampo e embora sejam raras podem levar a óbito.

Os principais sintomas do sarampo são:

  • febre acompanhada de tosse;

  • irritação nos olhos;

  • nariz escorrendo ou entupido;

  • mal-estar intenso.

Entre 3 e 5 dias após a contaminação começam a aparecer também erupções avermelhadas na pele, chamadas de exantema, que iniciam no tronco. Elas não coçam e geralmente duram pouco mais de uma semana.

Como prevenir o sarampo e qual é o tratamento

A única forma de prevenção do sarampo é a vacina. Os critérios são revisados periodicamente pelo Ministério da Saúde e levam em conta características clínicas da doença, idade, ocorrência de surtos, além de outros aspectos epidemiológicos. Confira abaixo como está a indicação atual:

Quem deve se vacinar:

  • Dose zero: devido ao aumento de casos de sarampo em alguns estados, todas as crianças de 6 meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas (dose extra);

  • Primeira dose:  crianças que completaram 12 meses (1 ano);

  • Segunda dose: aos 15 meses de idade, última dose por toda a vida;

  • Para quem tem entre 1 e 29 anos e recebeu apenas uma dose, é recomendado completar o esquema vacinal com a segunda dose da vacina;

  • Quem comprova as duas doses da vacina do sarampo não precisa se vacinar novamente;

  • As pessoas entre 1 e 29 anos que não tomaram nenhuma dose, perderam o cartão ou não se lembram devem tomar as duas doses;

  • Quem tem entre 30 e 49 anos e não tomou nenhuma dose, perdeu o cartão ou não se lembra deve tomar apenas uma dose.

A vacina é contraindicada durante a gestação, por isso recomenda-se que as mulheres com planos de engravidar tomem as doses antes. Mulheres em idade fértil não vacinada antes da gravidez podem apresentar parto prematuro e o bebê pode nascer com baixo peso.

Não existe tratamento específico para o sarampo, ele é apenas sintomático. Ou seja, os medicamentos são utilizados para reduzir o desconforto ocasionado pelos sintomas da doença. Quem ainda tem dúvidas pode acessar a página do Ministério da Saúde específica sobre a doença.